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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Brincadeira Para Todos

Muito se fala em atividades lúdicas, mas você sabe o que isso significa? Atividade lúdica é toda ação que promove prazer e divertimento. Geralmente não propõe competição nem mesmo regras. Praticar uma atividade lúdica significa simplesmente brincar.

Pode parecer algo simples, mas brincar é importante ferramenta de aprendizado. Uma pena que as brincadeiras acabaram virando privilégio apenas das crianças. Parece que a sociedade quer que os adultos sejam sérios demais, trabalhem demais, e sejam competitivos demais. Assistindo a um documentário, ficamos horrorizados em saber que no Japão já existe uma denominação para aqueles que morrem de tanto trabalhar - karoshi - o corpo entra em colapso e simplesmente entra em falência. Acabou...

A brincadeira é fundamental para o desenvolvimento da criança, e uma pena constatar que mesmo essas tem brincado cada vez menos. Sabe aquelas brincadeiras simples, pião, bola de gude, futebol, castelo de areia... aquelas brincadeiras que são criadas simplesmente pela imaginação de cada criança? Estão desaparecendo. O momento de brincadeiras foi substituído por um tablet, TV ou video game. Não sou radical a ponto de abominar os equipamentos eletrônicos. São de bastante utilidade quando a mãe precisa lavar uma louça ou fazer o jantar. Muitos são até educativos. Mas jamais podem substituir o momento da imaginação e do brincar desconstruído.

A brincadeira estimula a memória, a criatividade e a sociabilização. Dividir os brinquedos, saber esperar a vez, são aulas de cidadania que a brincadeira ensina a todos.

Como as crianças vão cada vez mais cedo para a escola, por inúmeros motivos, muitos profissionais se utilizam das brincadeiras para estimular o desenvolvimento e o aprendizado das crianças, em seu âmbito afetivo, motor, mental, social e cognitivo.

Dizem os especialistas que a criança pequena não deve ser exposta a aparelhos eletrônicos. De fato, quanto mais brincadeiras a criança tiver contato, maior capacidade de desenvolvimento apresentará, construindo uma identidade física, socioafetiva e intelectual de maneira adequada. 

Valores como solidariedade, liberdade, cooperação, respeito, ecologia, são construídos logo no início e definem características para toda a vida.

Portanto, aproveite as férias da criançada e tente estimular ao máximo suas habilidades:
Dançar, 
Peças de montar ou jogos,
Ler
Pintar com giz, lápis ou tinta
Massinha de modelar
Corda
Bolas para chutar, lançar e arremeçar 
Vale bola de meia, bola de gude, bola de futebol, bola de volei, bola de basquete

Lembre-se dos momentos gostosos que viveu enquanto criança e tente reproduzir com sua criança. Liberte sua vontade de brincar. Planeje seu dia para ter tempo de desligar tudo e brincar de verdade. Utilize um parque onde haja espaço e vocês saiam da rotina. (mesmo que seja ao final de semana)

Afinal! As férias começaram!!!


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Arthur Arteiro e Sua Adaptação à Escola

Hoje Arthur completa 2 anos e 1 mês. Hoje também estamos no 8° dia de início das aulas.

Decidimos matricular Arthur na escola pois víamos nele uma necessidade de interação com outras crianças. Apesar de estarmos muito presentes no seu cotidiano, brincando no chão, interagindo, praticando atividades físicas e lúdicas, percebemos que o convívio social estava comprometido, uma vez que sua relação com crianças de sua idade, ou outras idades, ficava limitado a nossas saídas. 

Por volta dos 2 anos, a criança passa a interagir efetivamente com outras crianças e a escola, em tempos modernos, passa a ser uma boa opção. E isso tudo depende de cada família, de seus valores, crenças, condições sociais e financeiras.

Me planejei emocionalmente para esse processo por cerca de 6 meses, enquanto isso procuramos a escola. Não existe escola perfeita para nossos pequenos. Cada mãe tem um olhar de exclusividade e sabe que não há lugar melhor que sob suas asas, por isso a escola deve ser muito parecida com os valores pregados em casa, pois acaba sendo uma extensão da família.

Uma decisão muito acertada foi escolher uma escola bem próxima ao meu trabalho, pois ele vai e volta comigo, e ficamos a tarde juntos. Como sou professora e entro cedo, cada minuto é valioso. Essa semana resolvi chegar alguns minutos antes, pois também gosto de estar preparada para receber meu alunos com um pouco de antecedência, a escola ainda estava abrindo. Se fosse próximo a minha casa, por exemplo, teria problemas como horário. Muita sorte que essa escola ficou em nosso Top 3!!!

Arthur participou busca pela escola, teve oportunidade de interagir e conhecer os locais. Sentimos que ele ficou a vontade naquele lugar, além de eu ter várias referências positivas de pais que tem seus filhos lá, além de funcionários conhecidos. Foi conosco à reunião antes do início das aulas, conheceu os coleguinhas e as professoras.

Todo esse processo já faz parte da adaptação da família, sim, porque a criança não está sozinha nessa. Visitar, colher informações, participar de atividades extracurriculares como apresentações, quando possível, para perceber um pouco de como é o funcionamento da escola, se faz muito importante para que, após escolhida, não restem tantas dúvidas quanto a decisão ser correta ou não.

Digo isso porque é raro a criança que não chora!

O procedimento de adaptação, que varia de escola para escola, é que a criança seja deixada lá, um breve tchau e com pouca emoção (difícil ser nula!), depois podemos ligar para saber como a criança está, ou caso necessário, a escola liga. O deixei por 2:30h no primeiro dia. No primeiro dia não chorou. Mas logo imaginei que quando percebesse que aquilo seria uma rotina para ele, que estaria longe da gente, com estranhos, iria reclamar.

Dos 8 dias, tem reclamado 7. Digo reclamado porque resmunga para não ir, hora quando põe o uniforme, hora a caminho, outras vezes somente na porta. Teve um dia que mesmo chorando e dizendo que não queria, estendeu os braços e foi no colo da diretora, que recepciona as crianças.

Nos primeiros 4 dias liguei, ele estava bem e logo havia parado de chorar. Todos os dias voltou tranquilo, em paz e falante. Já percebo uma diferença em seu comportamento. Já havíamos superado (espero que em definitivo), aquela terrível crise de birras e choros que durou uns 20 dias. Agora meu menino está em outro extremo: De um carinho maravilhoso, onde muitas vezes no dia pede beijos e braços, diz que ama, quer ficar perto, assistindo seus programas em nosso colo, lendo seus livros em nosso colo, brincando no chão. Mais interessado por escrever. Uma delícia. Mesmo hoje após ter levado uma unhada!

Estamos em adaptação ainda e pena que logo chega o carnaval, uma semana sem aula... creio que na semana seguinte mais alguns dias de choro. 

Nós pais, durante esse período temos que ser fortes e não chorar! Especialmente em frente a criança: "Ora, que lugar é esse que minha mãe me deixa chorando? Coisa boa não deve ser", mesmo que seja um choro de emoção, a criança não sabe filtrar, choro é choro! Deixe-a tranquila e em paz. Chore depois. No primeiro dia, deixei Arthur e fui a academia, ainda estava em férias. Os olhos encheram de lágrimas, meu pequeno deixando de ser um bebê, saindo de minha vista e conquistando seu espaço na sociedade... passou um filme na cabeça, estava emocionada!

Antes de deixar a criança na escola, evitar falar muito sobre o assunto, tipo "Vamos pra escola hoje!", "Onde estamos indo?" , frases e atitudes como essa podem deixar a criança ansiosa e atrapalhar o processo. Agir naturalmente, claro que nunca mentir dizendo que vai a outro lugar. Simplesmente manter a rotina, fazendo com que o ir a escola seja entendido como parte dessa nova e natural rotina.

Ao receber a criança, mesmo que ela ainda não fale, pergunte como ela se SENTIU na escola. A criança é o foco! Ela é o elemento principal de todo esse processo e seu sentimento é o que mais importa. O que ela fez ou deixou de fazer é secundário. Criança feliz e tranquila produz mais.

Estamos muito felizes com nossa decisão e por enquanto pensamos que é a melhor opção para ele. Além disso, ainda temos a tarde toda juntos, como sempre foi...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Lua de Mel Após Filhos

Com o passar dos anos e, especialmente com a chegada do primeiro filho (porque tudo é novidade), a vida do casal corre o risco de ficar um pouco comprometida. Vida profissional tomando cada vez mais espaço para homens e mulheres em um mercado de trabalho competitivo, o trânsito das grandes cidades fazendo que que pessoas percam muito tempo em deslocamentos, a necessidade da qualificação continuada leva os adultos a se manterem estudando e se atualizando com maior frequencia.
Namorar Sempre

Ao chegar em casa, muitos querem um banho quente, seus minutos de lazer à tv, leitura ou outra qualquer coisa que lhes tragam conforto ao corpo castigado pelo cansaço.

Após a chegada do primeiro filho, se a situação já estava difícil, a atenção ao pequeno exige o pouco de tempo que aparentemente sobrava. A necessidade, para um bom desenvolvimento da criança, é dividir a atenção, cuidados e brincadeiras entre os pais, preferencialmente juntos em ambiente familiar, dividindo também os afazeres domésticos.

Parece que a vida moderna não está muito amistosa. O relógio permanece o mesmo mas o tempo parece correr mais que o normal. Ouço de tantas pessoas, na maioria mulheres, não porque os homens não pensem da mesma forma, mas porque as mulheres não tem a vergonha de expor seu cansaço e pedir para "passar a vez" quando o assunto envolve o namoro com o parceiro. E claro, em meio a tantas obrigações, mais uma??

Quero aqui deixar uma reflexão para o bem da família, não é uma receita de bolo, mas algumas dicas daquilo que funciona bem na minha família e poderá servir também para a sua:

1) Entender que sim, a vida mudou com a chegada dos filhos, mas isso não é o fim do mundo. É preciso ter calma, manter a paciência e entender que isso é apenas uma fase, buscando assim a maneira mais confortável para atravessá-la

2) Se seu relacionamento deu certo a ponto de desejarem filhos, faça valer a química que os uniu.

3) ORGANIZAÇÃO é algo de extrema importância, pois com tudo organizado, economizamos tempo que podemos e devemos dedicar a atividades prazerosas com a família.

4) O "namoro" de um casal começa no primeiro momento do dia - Não adianta engolir o café da manhã, passar o dia todo longe, sem uma mensagem ou telefonema durante a tarde e querer "graça" a noite... não rola ou então rola como mais uma obrigação entre tantas que dali a pouco queremos evitar.

5) Palavras de gentileza são espelhos também para nossos filhos, assim como atitudes carinhosas entre o casal. Não custa muito deixar aquele bilhetinho carinhoso escondido na carteira, deixar um bombom na bolsa, uma mensagem por celular dizendo o quanto "o parceiro" é importante.

6) Deixar a criança (ou crianças) com alguém de confiança e tirar uns momentos a dois é de suma importância para manter a harmonia entre o casal. Sair com os amigos que não tem filhos também trazem um ar de novidade, pois estando nesse mundo infantil, tantas vezes substituímos o noticiário por desenhos infantis, ter um papo de adulto ajuda e muito.

7) Fazer uma programação em comum é excelente! Aqui temos a academia, mesmo que cada um vá no seu horário, pois nos revezamos para ficar com Arthur, temos esse assunto em comum, algo prazeroso e de lazer para ambos. Culinária, música, dança, enfim, um assunto em comum que saia do universo filhos-trabalho-obrigações domésticas.

8) Ter uma meta em comum também pode trazer união ao casal. Trocar de carro, de casa, fazer uma grande viagem.

9) Momentos de lazer ao ar livre com equipamentos eletrônicos desligados - levar o celular ou máquina fotográfica apenas para registrar os bons momentos em família e rever as recordações em casa, juntos, mantendo em mente o quanto é bom investir tempo em atividades prazerosas e em família.

10) DIÁLOGO - Aqui é a palavra de ordem! Quando digo que ao longo desses 10 anos que iremos completar juntos, entre namoro e casamento, brigamos apenas 4 vezes, muitos se surpreendem. Não somos aquele tipo de casal que dá asia em sal de fruta de tão doces, bem o contrário, levamos tudo na base do respeito, bom humor, mas acima de tudo diálogo. Elliot diz e concordo "o combinado não sai caro". Combinar ações e reações prevendo situações problema é um grande passo para evitar o confronto e manter-se em eterno namoro. 

Estar de bem com o parceiro mantendo o astral positivo em casa é o melhor caminho para a lua de mel. Se a "frequencia" e a "duração" do tempo junto já não é mais a mesma, ao menos a qualidade tem que estar em alta. Aos poucos as crianças crescem e restam novamente o casal, por isso a manutenção de um bom relacionamento é fator fundamental para a saúde do casamento e uma boa qualidade de vida.

Entendeu agora o conceito de Namorar Sempre??

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Baby Blue

Às segundas gosto de falar sobre atividade física. Acho legal começar a semana com essa vibe, afinal, segunda é o dia internacional do "Agora Vai", e dar uma ajudinha nesse sentido sempre faz bem. Mas hoje quero falar um pouco sobre como a atividade física é importante em momentos delicados de nossa vida.

Arthur foi um bebê planejado, vindo quando sentimos que estávamos prontos e maduros. Minha gravidez foi deliciosa, cheia de mimos e paparicos, da família, dos amigos, dos alunos e principalmente do papai. O parto aconteceu como o planejado, salvo a dor e falta de anestesia, queria muito ter natural - consegui. Isso tudo não impediu que eu sentisse algo pelo qual jamais imaginei passar nessa vida.

Quem me conhece sabe o quanto sou animada, positiva e bem disposta. Apesar disso, após o nascimento do bebê, me senti fracassada e impotente. Aquele bebê tão frágil nesse colo tão inexperiente... puxa! Sobreviveríamos? Sei que muitas das coisas que vivi naqueles meses iniciais estavam dentro da minha mente, e eu não entendia!

A depressão pós parto é algo muito mais poderoso sobre o qual cerca de 10% das mulheres são acometidas, mas essa melancolia, essa impotência, essa preocupação, esse chororô recebe o nome de "Baby Blue", pois para os americanos, quando a coisa está Blue é porque está triste.

Isso se deve ao estresse enorme e a quantidade de hormônios a que as mulheres são submetidas nos dias próximos ao parto (antes, durante e depois).

Elliot, um amigo e sempre atento, foi fundamental para que esses sintomas todos não ultrapassassem o limite seguro, pois uma simples louça sem lavar já era um tormento enorme na minha cabeça. Quem ler as postagens que escrevi após o nascimento do Arthur perceberá em minhas palavras todo meu incômodo.

Prontamente Elliot foi me mostrando, porque eu não conseguia perceber, o quanto estava chateada e melancólica. Logo me incentivou a ir a academia, sair de casa, deixar o bebê com ele e tirar um tempo só para mim. Como sabe o quanto a atividade física nos faz bem, foi nossa primeira opção. Ver pessoas diferentes, respirar um outro ar que não fosse de fraldas, seria muito bom para minha recuperação. A lém disso, a liberação dos "hormônios de bem estar" adrenalina, serotonina e endorfina certamente me trariam benefícios físicos, químicos e psicológicos que se estenderiam a nossa família, que naquele momento estava tão dependente de mim.

Escrevo isso hoje por constatar que naquela época me sentia tão incapaz apesar de ter me preparado tanto para esse filho, que mal tinha vontade de sair com ele de casa, o cansaço me consumia.

Portanto deixo essa mensagem hoje, para as mamães frescas, procurem algo que possam trazer benefícios físicos e psicológicos pois o bebê precisa de nós e precisamos estar bem para o bem de nossa família. Esse negócio de se fechar em casa não é legal. Academia, já sabem os benefícios, mas fazer uma unha, uma caminhada, algo que possa fazer viver a mulher e não somente a mãe que existe em você é fundamental.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Amamentação e Atividade Física

Como tantas mães de primeira viagem e fisicamente ativa, também pesquisei muito durante a gestação como seria minha vida durante a amamentação: medo de "estragar" o gosto do leite, medo de secar o leite, medo de atrapalhar a qualidade do leite e tantos outros medos por conta da responsabilidade natural da maternidade.

Eu e Arthur na academia, logo após o treino


Infelizmente não há tanta pesquisa científica, é de compreender pois em um momento tão delicado não é fácil quem vai querer se submeter a pesquisas de campo enquanto amamenta, afinal, somam-se as atividades com a chegada do bebê, dali a um tempo mãe volta ao trabalho, criança é desmamada ou desmama, a vida torna-se realmente mais dinâmica.

O que vou escrever aqui tem um pouco sim de minhas pesquisas, feitas com pesquisadores brasileiros ou americanos. Algumas pesquisas indicam, mas pouco conclusivas, que exercícios muito intensos poderiam afetar o sabor do leite, por conta da produção de acido lático. Mas veja - Exercícios Muito Intensos. A grande maioria das mulheres faz realmente o repouso pós parto e durante a amamentação. Até porque, os hormônios responsáveis pela amamentação são contrários aos hormônios da produção de força, o que praticamente nos impedem de executar exercícios extenuantes. Ou seja, nosso maravilhoso organismo já regula aquilo que podemos ou não realizar durante esse período em que precisamos nos dedicar à nossa cria.

Já exercícios moderados podem inclusive auxiliar na questão da amamentação: Estando a mulher mais relaxada, tendo ela liberado hormônios de bem estar durante a atividade física (adrenalina e endorfina), ocorreria uma produção elevada de hormônios de um modo geral, inclusive prolactina (leite) e ocitocina, justamente por conta de uma maior oxigenação das células por conta da atividade.

Sem contar que atividade física durante a amamentação auxilia na perda do peso ganhado durante a gravidez, e claro que qualquer mulher vaidosa se interessa por isso.

Engraçado todo esse nosso questionamento.... para comer uma pizza ou embutidos, logo que passa a fase de cólica do bebê tem gente que não se aguenta, mas para fazer atividade física tantos empecilhos... Até hoje amamento meu bebê em livre demanda, ele com 1 ano e 6 meses, nada de diminuir o leite, ao contrário, já treinei recentemente e tive que esconder o peito com o cabelo porque ao final o leite estava vazando ...rs.

Portanto mamães e futuras mamães (e papais também, pois muitos meninos visitam esse espaço), atividade física pode ser mantida durante todas as etapas da vida familiar, é inclusive indicado.

Mas atenção:

Hidratação - Você já deve saber que a mulher precisa de muitos liquidos durante a amamentação, ainda mais durante a atividade física
Alimente-se - Durante a amamentação a mulher gasta cerca de 500 kcal a mais para a produção de leite, então nada de fazer dietas rigorosas, a hora é de pensar no bebê e também na sua saúde

Atividade física regular, alimentação saudável e livre de besteiras é sempre a melhor pedida!



quarta-feira, 25 de junho de 2014

Escolhendo a Escola do Seu Filho - Waldorf

Acredito ser a queridinha do momento por parecer um oásis em meio a multidão de extrema competitividade e egocentrismo, a pedagogia Waldorf é quase centenária. Utilizada desde 1919, foi desenvolvida pelo austro hungaro Rudolf Steiner e aplicada com os filhos de operários da indústria alemã Waldorf Astoria.

Pintura que simboliza os a base da Pedagogia Waldorf


A Pedagogia Waldorf é baseada na Antroposofia que é o estudo do Universo e do Homem, respeitando a liberdade espiritual de cada um, apesar de Antroposofia não ser entendida como religião ou seita religiosa. É uma ciência que procura conciliar a observação, descrição e interpretação de fatos concretos, sem a esoterização. Observa o corpo físico, corpo etérico (força vital, responsável pela vida) e corpo astral, responsável pela conexão do homem com impulsos físicos superiores. É dessa maneira que o homem reage, pensa e entra em contato com sua realidade, sob uma ótica absolutamente particular. 

A Pedagogia Waldorf leva em consideração a individualidade biológica de cada ser humano, conceito esse muito respeitado em educação física, ou seja, cada indivíduo é absolutamente diferente do outro, e isso deve ser respeitado. Em pedagogia, não considera apenas a individualidade física, mas emocional, mental, social, familiar. Além disso, o meio e a criação em que vive fazem parte de sua existência e formação como pessoa.

A criança tem seu tempo de aprendizado, e as informações devem ser apresentadas de diversas maneiras para que compreenda seu integral significado. Melhor ainda, cada informação deve ter significado para cada criança, a informação deve fazer parte de seu cotidiano, e esta assimila conforme sua maturação, informações anteriores, conforme seu nível de compreensão.

A Pedagogia Waldorf pretende uma educação baseada no ser humano, portanto não tem necessariamente uma metodologia sistematizada, apesar de existir sim uma orientação e alguma condução por parte do professor, que tem mais uma função de orientador para manter a harmonia do ambiente, dos alunos e das atividades, suas atitudes e consequências. Respeita-se as qualidades dos alunos, e a aprendizagem é orientada através desses aspectos positivos. Dessa forma busca-se o prazer no conhecimento, pois o aluno buscará saber em seu tempo e através daquilo que lhe é mais fácil 

Em escolas de Pedagogia Waldorf é possível ver no jardim de infância, alunos de diversas idades juntos, pois as crianças não são distribuídas por ciclos. Portanto, não se assuste ao ver crianças de 3 anos e outras de 7 anos em um mesmo ambiente, a Pedagogia não entende que a educação é como uma linha de produção, todos iguais, ao mesmo tempo. Nessa pedagogia, os maiores recebem a responsabilidade sobre os menores. Assim como em uma família, e o aprendizado acontece também por imitação. Aliás, haverá sempre a presença de 2 professores. Harmonia e convivência social é mais valorizado que o ensino de conteúdos nessa idade, tudo realizado de maneira coletiva. 

O ambiente na escola deve ser acolhedor como em uma casa, transmitindo assim segurança que os pequenos precisam ter para seu desenvolvimento como ser humano, total e completo. A valorização daquilo que é natural como madeira, fibras, tecidos, pedras, a natureza em si. As coisas sintéticas não são toleradas pois são consideradas símbolo de um mundo de mentiras.

Atividades como pintar, modelar, dramatizar, dançar, cantar, recortar, colar são fundamentais para a criança e absolutamente utilizadas nas escolas Waldorf. Possuem áreas livres em contato com a natureza como jardins com obstáculos e brinquedos como gangorras, balanços, escorregas, etc, isso tudo desenvolve o ser etério que existe em cada um. Objetos e brinquedos naturais, que estimulem a interação homem/universo, e estimulem atividades de imaginação 

A presença dos pais é fator essencial para o desenvolvimento da criança sob o olhar da Pedagogia Waldorf, acompanhando, participando e interagindo. As atividades propostas para serem feitas em casa são coletivas, a família colabora. Também não se deve comparar o estágio de aprendizagem com alunos de outras pedagogias, aliás nunca se deve comparar. Como a pedagogia respeita o tempo de aprendizagem de cada indivíduo, muitas vezes pode parecer demorar a aprender gramática ou matemática, por exemplo.

Para ensino fundamental os alunos ficam apenas com 1 professor que será responsável por ensinar as matérias tradicionais como português, matemática, história, geografia, etc... outras matérias são ensinadas por outro professor e a classe formada por afinidades, como música, dança, jardinagem, línguas estrangeiras etc... O professor tem um papel fundamental de observar o aluno e conhecê-lo em seu âmbito pessoal, agindo como um orientador e capaz de avaliá-lo conforme suas potencialidades e habilidades e não uma avaliação tradicionalista.

Da mesma maneira acontece no ensino médio, porém algumas modificações estruturais para que o aluno saia em condições para o mercado de trabalho, lembrando que o objetivo principal da Pedagogia Waldorf é formar o ser humano, capar de aprender e evoluir.

De uma forma geral, a Pedagogia Waldorf busca a educação humana, integralizada, não somente a transmissão de conteúdos, mas aprender a aprender.

Visite o site da Federação de Escolas Waldorf para maiores informações.

*Pesquisas baseadas em artigos científicos e estudos de caso


Deixo aqui registrado então um breve resumo da Pedagogia Waldorf. Uma pedagogia é feita através de estudo de vários anos, e através de vários fatores. Por vezes fica muito complicado resumir em tão poucos parágrafos, toda uma filosofia, anos e anos de estudo. Quero aqui, apenas tentar esclarecer um pouquinho e de maneira bem didática, alguns questionamentos quanto a escolha da escola. Como já disse em um post anterior, a escolha deve ser feita através de muita pesquisa e visita: Leitura de artigos, conversas com pais, e acima de tudo, respeitando a individualidade da criança e da família. 

Qualquer dúvida, deixe no campo de comentários.
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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Escolhendo a Escola Para Seu Filho - Parte 1

Cada vez mais cedo as crianças tem que ir para a escola. Hoje, a lei brasileira prevê que as crianças devem frequentar a escola a partir de 4 anos, regularmente. Porém, com a independência das mulheres, e ainda mais, com a necessidade da mulher também trazer o sustento financeiro para casa, muito mais cedo as crianças passam a frequentar escolas e creches.

Por mim, seguiria os caminhos da lei. Deixaria Arthur conosco até 2017, quando completará 4 anos. Estará mais independente e seguro. Por outro lado, também entendo que a escola faz seu papel social, pois estão entre outros da mesma idade, coisa que em meu tempo a sociabilização era na rua. Talvez tenha que colocar Arthur na escola em breve, quem sabe em 2015, portanto já estou estudando e visitando lugares. Não quero fazer nada com pressa.

Quando pensamos em escola para crianças (tão pequenas), a primeira preocupação é que a criança se sinta bem e acolhida, afinal, o filho é nosso maior bem! Precisamos ter confiança que ali será um ambiente saudável para que ela sinta prazer e continue crescendo e se desenvolvendo da melhor maneira possível. Visitar escolas se faz muito necessário e não pode ter pressa. Antecipe-se, mesmo que ainda não precise colocá-la neste momento. Conversar com famílias, pesquisar na internet, ainda mais hoje que a informação está em todo lugar. Peneirar as informações...

A oferta de escolas é imensa e a dúvida acompanha essa oferta. Como escolher? Qual a melhor? 

Minha formação profissional me deu uma base pedagógica muito importante, que hoje relembro, revejo e estudo muito por conta do Arthur. Afinal, independente do quanto estudamos, aprendemos mesmo na prática. Arthur é minha revisão de caso.

Vou compartilhar aqui algumas de minhas pesquisas com relação às pedagogias mais populares na questão de educação infantil. 

Em primeiro lugar temos que pensar na praticidade. Os grandes centros urbanos brasileiros estão cada vez piores no quesito mobilidade urbana. Trabalhar perto de casa é um sonho, infelizmente longe do alcance de muitos. Para a escolha da escola não pode ser diferente. Imagina ter que atravessar a cidade com a criança no carro, ou em transporte coletivo (mesmo o transporte escolar)? Outro ponto a ser avaliado é quando a criança ficar doente. Não é indicado mandá-la para escola, e caso tenha que voltar, quem irá buscar? Estáá acessível?  Já começam os questionamentos...

Preço. Não adianta a escola ser um sonho não possível. O ideal é trocar o mínimo possível de escola, por questões de afinidade mesmo, tanto com a escola quanto com os colegas. Isso também influencia no processo de aprendizagem, mesmo dos menores enquanto isso não é exigido.

Com relação a parte pedagógica, ou seja, que linha de educação a escola resolveu seguir, muitos outros questionamentos. Tantos são os teóricos da educação, em tantas forma de pensamento, para quem não é da área é uma confusão danada! Nós que trabalhamos na educação também temos nossos questionamentos.

De antemão quero adiantar que não existe escola perfeita. Cada uma, em sua linha pedagógica irá se adequar ao estilo da família. Há alguns anos atrás seguíamos, quase exclusivamente, a linha tradicional, onde as crianças aprendiam pelo alfabeto e usávamos a cartilha. As crianças estavam padronizadas e aquilo que saía do padrão estava errado. Quantos antigos foram forçados a usar a mão direita, quantos receberam palmatória... claro que em tempos remotos. Através dos estudos descobriram então que cada ser humano tem seu tempo e a metodologia que se aplica a cada perfil pessoal. Da mesma forma que hoje se valoriza a Inteligência Emocional como fator fundamental para o sucesso, as diversas linhas pedagógicas também devem ser observadas para o sucesso do aprendizado da criança.

Com relação ao perfil da família, vale lembrar que muitos ainda preferem o B+A=BA, enquanto outros valorizam a relação interpessoal e sustentável. Há ainda aquelas que já se preocupam em oferecer uma educação bilíngue, e as escolas devem seguir também essa orientação. Porém a criança, que é o alvo central de toda essa discussão, deve ser constantemente acompanhada e "avaliada", e se aquele ambiente está extraindo todo seu potencial.

Para os menores, higiene, espaço, disponibilidade de cuidadores, preparação desses cuidadores/professores, alimentação, são os principais fatores que devem ser observados ao procurar uma escola. A parte pedagógica, pensando em alfabetização, vem em segundo plano pois ocorre mais adiante, aos 5 anos aproximadamente. Mas já deixar a criança em um ambiente que já indique como será sua aprendizagem, já o deixa preparado e adaptado.

Fique atento às próximas semanas onde estarei detalhando em linguagem simplificada, como sempre, um pouco sobre as principais pedagogias da aprendizagem que temos atualmente: Tradicional, Waldorf, Montessori, Piaget, e também um pouco da educação Bilingue.

Participe, deixe sua dúvida aqui no blog ou na fanpage NamorarSempre





quarta-feira, 28 de maio de 2014

Nem Uma Palmada - Lei Menino Bernardo

O vizinho bateu no meu carro no estacionamento, dei-lhe uma palmada para aprender a ser mais atento.

Meu marido insiste em deixar a toalha molhada sobre a cama, precisei usar a varinha no bumbum para fazê-lo aprender que aquilo não era correto.

Levei uma fechada no trânsito, um absurdo!! Desci do carro e mostrei a ele como deveria dirigir direito!!

As situações acima parecem inusitadas né?? E são! Até parece que alguém consegue agir dessa maneira, entre adultos. Na verdade, em nossa vida, engolimos muito sapo, e por mais que sejamos contrariados e por mais que estejamos certos, nas relações interpessoais, geralmente não empregamos a força física.

Semana passada foi aprovada no Congresso Nacional o Projeto de Lei 7672/10, que passou a ser chamado de "Lei Menino Bernardo". Antes conhecida como Lei da Palmada, o texto que ainda será votado no Senado, prevê que crianças e adolescentes devem ser educadas sem o uso de castigos físicos.

Na prática, ainda não tem definida a pena para quem descumprir a futura lei, porém fica o alerta às famílias e responsáveis para olharem com mais carinho as crianças que estão sob nossos cuidados.

Existem abusos, e estes são fáceis de identificar, e hoje, há consenso de que só trazem mal àqueles que sofrem a agressão, e afasta os laços. Porém castigo físico, ao meu ver, não ensina, adestra!

Longe de mim interferir na criação da família de ninguém, nem ao menos criticar, pois cada um sabe o que tem dentro de casa, mas sinceramente me sinto incomodada quando vejo alguém agredindo fisicamente, ou mesmo com palavras, alguém na rua, especialmente uma criança. É humilhante, e o fato de não vermos, da situação estar guardada no sigilo do lar, também não significa que não seja humilhante para a criança.

Assim como a maioria das crianças da minha geração, também fui corrigida em algumas situações com uso da palmada, não fiquei traumatizada e minha mãe é hoje minha melhor amiga, não guardo mágoa e mal me lembro das vezes ou motivos que me levaram a apanhar, ou até mesmo, das vezes que apanhei, até porque fui uma criança razoável, porém isso não quer dizer que concorde com os tapinhas que levei ou que as coisas não possam ter evoluído ao ponto de eu entender que aquilo era, no mínimo, desnecessário.

Como já disse, penso que até muito pouco tempo negros tiveram que lutar por seus direitos civis nos Estados Unidos e África do Sul, pois sequer tinham direito a voto. Mulheres queimaram soutien para garantir seus direitos e a Lei Maria da Penha, que garante no Brasil a defesa das mulheres que sofrem agressões, é coisa super recente.

As crianças estão em aprendizado e desenvolvimento, muitas vezes não sabem sequer falar. Tem uma curiosidade natural e inquietante, tá certo que muitas vezes irritante, mas e os adultos não? Apresentam reações diante de frustrações. E gente grande que teima, não irrita? E porque não apanha? Quando adulto apanha é agressão, quando a criança apanha, mesmo que uma palmadinha, é correção? Não consigo compreender! Até porque a criança, menor e indefesa, acaba ficando sem opção.

Creio que nós, adultos, tenhamos outras alternativas para educar nossas crianças, a conversa diária e repetidamente. Não quero dizer com isso que os "Nãos" não são necessários, e eles acontecem muito, mas salientar aquilo que a criança faz de positivo poderá trazer melhor resultado do que focar nos erros. Desviar o foco dos pequenos daquilo que não devem fazer, poderá trazer mais harmonia e evitar confrontos.

Fiquemos portanto com essa reflexão. "Menino Bernardo" ainda não é lei, está em vias de ser, mas dentro de casa podemos colocar em prática atitudes positivas e saudáveis, que tragam mais proximidade entre as partes e não nos afastem de quem amamos.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

2013 - O ano em que nasci

Aqui escrevi que em 2013 foi o ano que morri. Após 04/01/2013 comecei uma nova vida! E que bom que nessa nova vida pude trazer comigo uma certa bagagem emocional, algumas coisas que aprendi ao longo daqueles 35 anos que vivi sozinha e acima de tudo, trouxe comigo a companhia dos familiares e amigos que são nosso suporte ao longo do nosso percurso.

A 1° foto em família


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Pic Nic do Arthur - 1 aninho!!! Homemade Party

Dia 04/01 Arthur completou seu 1° aninho. Penso que o primeiro ano da criança, especialmente do 1° filho, é um marco bem importante que prova que os pais sobreviveram...rs

Arthur ainda não se liga em desenhos ou qualquer personagem. Gosta do clipe Treasure do Bruno Mars e já demonstra que curte um Rock & Roll.

Resolvemos usar o tema pic nic, pois foi algo que fizemos bastante durante seu primeiro aninho. O tema também é alegre e permitiu que fizéssemos tudo em casa, como nos velhos tempos. Utilizamos o salão de festas do condomínio. Davy, meu irmão, fez a arte dos convites, lembrancinhas e decorações, e os alimentos, desde os salgados até o bolo, fizemos eu e minha mãe. Na produção da festa toda família participou: titia Isa, titia Dani, titia Tati, Dan, vovós e vovô. A retrospectiva ganhamos dos nossos queridos amigos Andrea, Macedo e Felipe.




Fácil não foi, mas confesso que foi divertido e prazeroso. Também, no primeiro ano, Arthur não comeu besteiras, sequer um petit suisse, preparamos tudo para que ele pudesse comer, sem preocupação com a origem dos alimentos e sabendo que a qualidade estaria aprovada e com alto valor nutricional. Também petiscos macios, que não pudesse engasgar. Ou seja, a festa foi feita para ele aproveitar.

Convidamos nossos amigos que de tão queridos consideramos como irmãos e todos compareceram, apesar da data ser emenda de reveillon. Muitos voltaram de suas viagens para virem comemorar conosco. Arthur se divertiu demais, foi sorridente e simpático como sempre. Comeu um pouco, dormiu 1 hora no meu colo. Acordou disposto para dançar. Assistiu a retrospectiva com atenção, apontando, batia palmas, foi lindo! Não se assustou na hora do parabéns, ao contrário, ficou contente e participou. Parecia saber que era o anfitrião.

No dia seguinte, abriu um por um os inúmeros presentes que ganhou. Escolhia, abria, brincava um pouco, partia para o próximo. Gostou de tudo, dos brinquedos, dos livros, das roupas, sim, segurava as roupas e desfilava dançando com elas nas mãos.

Seguem algumas fotos de como preparamos a decoração.


Com relação aos alimentos, escolhemos dentro do tema, coisas naturais e macias, indicado para crianças pequenas:

Tortas de liquidificador nos sabores legumes, frango e muçarela com peito de peru
Patê de atum, patê de ervas finas, ambos feitos com ricota. Creme de alho (único ítem salgado não recomendado a crianças pois é todo a base de óleo, uma delicia que a sogra faz)
Salpicão de frango, pois pode ser servido frio, como manda um pic nic. No lugar da maionese usei batata.
Carne louca, essa foi quente...
Pão francês, bisnaguinha e torradas
Cup cake de cenoura
Brigadeiro, beijinho e bicho de pé (também não recomendo aos pequenos, aliás os doces em geral)
Naked Cake Chocolate e Coco
Cerveja, refrigerantes, sucos e água.

Desisti das frutas pois o calor estava extremo e a logística ficaria complicada.

Os adultos ganharam maças do amor com cobertura de chocolate e as crianças levaram uma sacola com brinquedinhos, guloseimas também macias e também uma escova de dentes, pois minha irmã insistiu!

Festa gostosa. O tema e o ambiente permitiram que cada um se servisse, como em um verdadeiro pic nic, possibilitando a integração dos convidados sem a necessidade de garçom. Saímos satisfeitos e recebemos um bom feedback de quem compareceu, tanto que começou as 14h, o cantamos parabéns as 17h e ainda tínhamos um bom grupo as 21h




quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

R.I.P - 2013, o ano em que morri

Estava mesmo esperando 2013 terminar para comunicar ao mundo que morri. Fui morrendo aos poucos. Não foi morte rápida e fulminante, mas também não foi agonizante. Foi morte lenta, dia a dia, foi morte tranquila, plácida. Fui entendendo que estava morrendo e aceitei. Deixei tomar conta daquela que fui... também não tive muita escolha, como em outra morte qualquer. Simplesmente aconteceu.



Os primeiros sintomas vieram em abril de 2012, e percebi mesmo foi em maio do mesmo ano. Um enjoo, um enfado. Depois passou e melhorou. Me senti mais bonita, e todo mundo percebeu. A barriga foi crescendo, demarcando o território. 

Comecinho de 2013, bem no dia 4 de janeiro, o sol nem havia espreguiçado seu primeiro raio do dia, foi aquele turbilhão. Era 1:30h da madruga. São Paulo em silêncio. Ruas escuras, vazias, quase nem cruzamos com os carros nas outroras congestionadas ruas. Mas eu estava ali, consciente e lúcida. Não sentia dor. Uma certa ansiedade e um pouco de medo do desconhecido, afinal, ninguém sabe o que tem do outro lado antes de cruzar a fronteira....

Hora: 5:48h. Dia: 04. Mês: Janeiro. Ano: 2013. Essa é a hora oficial do óbito daquela que um dia foi simplesmente Estela. Era filha, era irmã, era esposa, era amiga. A partir daquele momento passou dessa para uma melhor. E passou a ser mãe. Mãe do Arthur.

Não teve atestado de óbito. Não teve funeral nem enterro oficial. Ninguém chorou a morte. Ela aconteceu somente aqui, dentro do meu peito. Tanto que quase ninguém percebeu que Estela se foi. 

Parece um pouco mórbido e um tanto estranho esse sentimento e comparação com a morte mas é exatamente assim que aconteceu comigo. Tudo aquilo que um dia fui acabou ali, com o nascimento do meu filho. As baladas não me fazem falta, foi um tempo que passou e foi enterrado lá atrás com aquela Estela. Não tenho saudade. Hoje vivo pro Arthur. Aos poucos fui retomando a vida, mas agora diferente. Aprendi demais e estou aprendendo a cada dia. Todas aquelas teorias e conceitos ficaram nos livros, porque quando precisa de alguém para fazer par com você, a dança é diferente. Os dois tem que entrar no mesmo ritmo, tem que se conhecer, olho no olho, pele com pele, e ai as coisas vão acontecendo, vão fluindo e a dança vai ficando solta, bonita. Nenhum par é igual ao outro.

Então é isso. Tenho 1 ano de vida. De vida como mãe, porque nunca mais vou deixar de ser, haja o que houver. Uma nova vida começou em 2013. Que venha 2014 com novos desafios e nova aprendizagem.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

O Cancioneiro Infantil

O sapo não lava o pé.
A barata é mentirosa.
A aranha é teimosa e desobediente.

A mamãe pata é desleixada, foi passear e, um por um, perdeu sua cria.
O anel era de vidro, prova de um amor que de tão pouco, se acabou.

O boi da cara preta pega o menino.
A cuca vem pegar.
O papai foi pra roça.
A mamãe foi passear. (e quem cuida do nenem? A cuca?)

A canoa virou pois não sabem remar, e alguém vai parar no fundo do mar.
O soldado não marchou direito, foi preso no quartel...
O cravo e a rosa brigaram e foram as vias de fato.

Alguém atirou o pau no gato.
Deve ter sido o mesmo moço, de terno branco, chapéu de lado, que cuspiu no chão da pombinha branca.

E o caranguejo é um crustáceo, não é peixe nem na enchente da maré,

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

39° semana - That's a Journey...

Quinta feira dia 03/01 foi o dia da consulta Pré Natal, no fim da tarde. Voltamos para casa, o Arthur ainda não estava encaixado, sua cabeça estava posicionada mas ainda "flutuando" conforme o termo médico.

Jantamos fora e comemos a sobremesa no shopping, deliciosos cupcakes da Original. Fizemos compras no sacolão e chegamos em casa cansados, quase 22h. Minha lombar reclamou de cansaço (depois percebi que não era bem isso), o Elliot fez massagem nos meus pés e trapézio e foi dormir, eu deitei pois o Arthur fazia seu ritual noturno de socos e pontapés pressionando minha região pélvica e me fazendo ir ao banheiro 72 vezes antes de conseguir dormir.

Por volta de 1:30h, já dia 04, voltei do banheiro, não tinha pregado o olho, e logo que deitei me senti molhada... mas eu não estava com incontinência... levantei com intenção de retornar ao banheiro mas o líquido branco, sem cheiro ou viscosidade, lentamente descia pelas pernas - a bolsa havia rompido!

Não senti euforia, medo ou ansiedade, pelo contrário, uma paz e serenidade tomou conta de mim. Acordei o Elliot "Acho que minha bolsa estourou". Ele confirmou.

De pronto nos trocamos, sem alarde. A Dani, ainda em casa passando férias, nem acreditou. A Mira pegou a guia e queria ir conosco. Fiquei sabendo depois que ela dormiu sob o berço.

Não sentia dor, apenas contrações frequentes e uma certa cólica. Chegamos ao hospital em 20 minutos, abençoados pelas férias escolares e pelo horário. Demos entrada pela emergência. A médica me examinou e constatou 1 1/2 de dilatação. Já fiquei internada, recebendo soro para hidratar a veia. 

A dilatação foi evoluindo bem, e eu não sentia dor. Sozinha ali no soro (o Elliot teve que aguardar na espera neste momento) mentalizei paz e serenidade para a hora do parto. Chegou o momento, conversava com o Arthur para sairmos juntos e da melhor maneira possível.

As contrações aumentaram um pouco de intensidade, assim como a dor. As 4:30h passou a ser ministrada Ocitocina, hormônio que secretamos durante o parto, com intensão de acelerar o processo. Foi imediato, a enfermeira demorou a acreditar que eu já me contorcia de dor, mesmo assim chamou a médica que constatou dilatação quase total. Meu planejamento de paz e serenidade findou-se neste horário, dando lugar a gemidos e gritos inexprimíveis. De pronto me colocaram na cadeira de rodas a caminho da sala de parto, eu só chamava pelo Elliot.

Foi um corre corre de médico e enfermeira, não havia tempo para mais nada ! Me colocaram na mesa cirúrgica, eu pedia pela anestesia, uma pressão tomou conta do meu ventre ao mesmo tempo em que o grito saia pela minha boca e ecoava na lua. O Elliot o tempo todo segurando minha mão esquerda. "Força, Força, seu bebê já coroou!"; "Ajuda papai, empurra a barriga dela!"

O Arthur chegou às 5:48h do dia 04/01/2013, exatamente 2 horas após o soro de hidratação (o horário estava marcado no acesso, 3:48h). Foi tudo muito rápido e intenso. A anestesia não veio. Senti todas as dores de um parto. Além da falta de tempo, minha pressão sanguinea é baixa, tornando tal procedimento arriscado, pois poderia me perder na hora mais importante.

Perguntei pelo meu filho, queria ouvir seu choro, enquanto o obstetra massageava a região do meu umbigo em movimento horário. Achei que agora iria expelir o manual do 1° proprietário. Que decepção quando descobri que era a placenta...rs.

Em poucos segundos ouvi meu filhote. Enquanto ele era examinado, higienizado e preparado, eu passei a tremer de frio tal como em desenhos animados, apesar de toda a coberta que as enfermeiras colocaram sobre mim. Pressão no pé.

Vi meu filho, enrolado como um charuto, todo roxinho e também congelando. Tremia tanto que não consegui segurá-lo. Foi para o colo do pai e depois para o berçário, onde seria aquecido.

A equipe se surpreendeu com a rapidez do parto. O Elliot desceu com nossas coisas para o quarto e eu fiquei ali sozinha, tremendo de frio, para receber os 1°s atendimentos. Demorou um pouco para que eu pudesse descer pois minha pressão estava muito baixa. Fiquei no soro. Eu me sentia bem e lúcida, era só o cuidado por toda a maratona que havia percorrido até ali. Queria ter aproveitado essa hora para dormir, afinal passei a noite em claro, mas a cabeça estava a mil, em um misto de euforia, medo e emoção.

E foi ali sozinha que derramei minhas primeiras lágrimas de mãe...
Em sentido horário: dentro da sala de parto
e o bonitão já sorrindo nas 1°s horas de vida no berçário


39° semana - That's a Journey...

Quinta feira dia 03/01 foi o dia da consulta Pré Natal, no fim da tarde. Voltamos para casa, o Arthur ainda não estava encaixado, sua cabeça estava posicionada mas ainda "flutuando" conforme o termo médico.

Jantamos fora e comemos a sobremesa no shopping, deliciosos cupcakes da Original. Fizemos compras no sacolão e chegamos em casa cansados, quase 22h. Minha lombar reclamou de cansaço (depois percebi que não era bem isso), o Elliot fez massagem nos meus pés e trapézio e foi dormir, eu deitei pois o Arthur fazia seu ritual noturno de socos e pontapés pressionando minha região pélvica e me fazendo ir ao banheiro 72 vezes antes de conseguir dormir.

Por volta de 1:30h, já dia 04, voltei do banheiro, não tinha pregado o olho, e logo que deitei me senti molhada... mas eu não estava com incontinência... levantei com intenção de retornar ao banheiro mas o líquido branco, sem cheiro ou viscosidade, lentamente descia pelas pernas - a bolsa havia rompido!

Não senti euforia, medo ou ansiedade, pelo contrário, uma paz e serenidade tomou conta de mim. Acordei o Elliot "Acho que minha bolsa estourou". Ele confirmou.

De pronto nos trocamos, sem alarde. A Dani, ainda em casa passando férias, nem acreditou. A Mira pegou a guia e queria ir conosco. Fiquei sabendo depois que ela dormiu sob o berço.

Não sentia dor, apenas contrações frequentes e uma certa cólica. Chegamos ao hospital em 20 minutos, abençoados pelas férias escolares e pelo horário. Demos entrada pela emergência. A médica me examinou e constatou 1 1/2 de dilatação. Já fiquei internada, recebendo soro para hidratar a veia. 

A dilatação foi evoluindo bem, e eu não sentia dor. Sozinha ali no soro (o Elliot teve que aguardar na espera neste momento) mentalizei paz e serenidade para a hora do parto. Chegou o momento, conversava com o Arthur para sairmos juntos e da melhor maneira possível.

As contrações aumentaram um pouco de intensidade, assim como a dor. As 4:30h passou a ser ministrada Ocitocina, hormônio que secretamos durante o parto, com intensão de acelerar o processo. Foi imediato, a enfermeira demorou a acreditar que eu já me contorcia de dor, mesmo assim chamou a médica que constatou dilatação quase total. Meu planejamento de paz e serenidade findou-se neste horário, dando lugar a gemidos e gritos inexprimíveis. De pronto me colocaram na cadeira de rodas a caminho da sala de parto, eu só chamava pelo Elliot.

Foi um corre corre de médico e enfermeira, não havia tempo para mais nada ! Me colocaram na mesa cirúrgica, eu pedia pela anestesia, uma pressão tomou conta do meu ventre ao mesmo tempo em que o grito saia pela minha boca e ecoava na lua. O Elliot o tempo todo segurando minha mão esquerda. "Força, Força, seu bebê já coroou!"; "Ajuda papai, empurra a barriga dela!"

O Arthur chegou às 5:48h do dia 04/01/2013, exatamente 2 horas após o soro de hidratação (o horário estava marcado no acesso, 3:48h). Foi tudo muito rápido e intenso. A anestesia não veio. Senti todas as dores de um parto. Além da falta de tempo, minha pressão sanguinea é baixa, tornando tal procedimento arriscado, pois poderia me perder na hora mais importante.

Perguntei pelo meu filho, queria ouvir seu choro, enquanto o obstetra massageava a região do meu umbigo em movimento horário. Achei que agora iria expelir o manual do 1° proprietário. Que decepção quando descobri que era a placenta...rs.

Em poucos segundos ouvi meu filhote. Enquanto ele era examinado, higienizado e preparado, eu passei a tremer de frio tal como em desenhos animados, apesar de toda a coberta que as enfermeiras colocaram sobre mim. Pressão no pé.

Vi meu filho, enrolado como um charuto, todo roxinho e também congelando. Tremia tanto que não consegui segurá-lo. Foi para o colo do pai e depois para o berçário, onde seria aquecido.

A equipe se surpreendeu com a rapidez do parto. O Elliot desceu com nossas coisas para o quarto e eu fiquei ali sozinha, tremendo de frio, para receber os 1°s atendimentos. Demorou um pouco para que eu pudesse descer pois minha pressão estava muito baixa. Fiquei no soro. Eu me sentia bem e lúcida, era só o cuidado por toda a maratona que havia percorrido até ali. Queria ter aproveitado essa hora para dormir, afinal passei a noite em claro, mas a cabeça estava a mil, em um misto de euforia, medo e emoção.

E foi ali sozinha que derramei minhas primeiras lágrimas de mãe...
Em sentido horário: dentro da sala de parto
e o bonitão já sorrindo nas 1°s horas de vida no berçário


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Brincadeira Para Todos

Muito se fala em atividades lúdicas, mas você sabe o que isso significa? Atividade lúdica é toda ação que promove prazer e divertimento. Geralmente não propõe competição nem mesmo regras. Praticar uma atividade lúdica significa simplesmente brincar.

Pode parecer algo simples, mas brincar é importante ferramenta de aprendizado. Uma pena que as brincadeiras acabaram virando privilégio apenas das crianças. Parece que a sociedade quer que os adultos sejam sérios demais, trabalhem demais, e sejam competitivos demais. Assistindo a um documentário, ficamos horrorizados em saber que no Japão já existe uma denominação para aqueles que morrem de tanto trabalhar - karoshi - o corpo entra em colapso e simplesmente entra em falência. Acabou...

A brincadeira é fundamental para o desenvolvimento da criança, e uma pena constatar que mesmo essas tem brincado cada vez menos. Sabe aquelas brincadeiras simples, pião, bola de gude, futebol, castelo de areia... aquelas brincadeiras que são criadas simplesmente pela imaginação de cada criança? Estão desaparecendo. O momento de brincadeiras foi substituído por um tablet, TV ou video game. Não sou radical a ponto de abominar os equipamentos eletrônicos. São de bastante utilidade quando a mãe precisa lavar uma louça ou fazer o jantar. Muitos são até educativos. Mas jamais podem substituir o momento da imaginação e do brincar desconstruído.

A brincadeira estimula a memória, a criatividade e a sociabilização. Dividir os brinquedos, saber esperar a vez, são aulas de cidadania que a brincadeira ensina a todos.

Como as crianças vão cada vez mais cedo para a escola, por inúmeros motivos, muitos profissionais se utilizam das brincadeiras para estimular o desenvolvimento e o aprendizado das crianças, em seu âmbito afetivo, motor, mental, social e cognitivo.

Dizem os especialistas que a criança pequena não deve ser exposta a aparelhos eletrônicos. De fato, quanto mais brincadeiras a criança tiver contato, maior capacidade de desenvolvimento apresentará, construindo uma identidade física, socioafetiva e intelectual de maneira adequada. 

Valores como solidariedade, liberdade, cooperação, respeito, ecologia, são construídos logo no início e definem características para toda a vida.

Portanto, aproveite as férias da criançada e tente estimular ao máximo suas habilidades:
Dançar, 
Peças de montar ou jogos,
Ler
Pintar com giz, lápis ou tinta
Massinha de modelar
Corda
Bolas para chutar, lançar e arremeçar 
Vale bola de meia, bola de gude, bola de futebol, bola de volei, bola de basquete

Lembre-se dos momentos gostosos que viveu enquanto criança e tente reproduzir com sua criança. Liberte sua vontade de brincar. Planeje seu dia para ter tempo de desligar tudo e brincar de verdade. Utilize um parque onde haja espaço e vocês saiam da rotina. (mesmo que seja ao final de semana)

Afinal! As férias começaram!!!


Arthur Arteiro e Sua Adaptação à Escola

Hoje Arthur completa 2 anos e 1 mês. Hoje também estamos no 8° dia de início das aulas.

Decidimos matricular Arthur na escola pois víamos nele uma necessidade de interação com outras crianças. Apesar de estarmos muito presentes no seu cotidiano, brincando no chão, interagindo, praticando atividades físicas e lúdicas, percebemos que o convívio social estava comprometido, uma vez que sua relação com crianças de sua idade, ou outras idades, ficava limitado a nossas saídas. 

Por volta dos 2 anos, a criança passa a interagir efetivamente com outras crianças e a escola, em tempos modernos, passa a ser uma boa opção. E isso tudo depende de cada família, de seus valores, crenças, condições sociais e financeiras.

Me planejei emocionalmente para esse processo por cerca de 6 meses, enquanto isso procuramos a escola. Não existe escola perfeita para nossos pequenos. Cada mãe tem um olhar de exclusividade e sabe que não há lugar melhor que sob suas asas, por isso a escola deve ser muito parecida com os valores pregados em casa, pois acaba sendo uma extensão da família.

Uma decisão muito acertada foi escolher uma escola bem próxima ao meu trabalho, pois ele vai e volta comigo, e ficamos a tarde juntos. Como sou professora e entro cedo, cada minuto é valioso. Essa semana resolvi chegar alguns minutos antes, pois também gosto de estar preparada para receber meu alunos com um pouco de antecedência, a escola ainda estava abrindo. Se fosse próximo a minha casa, por exemplo, teria problemas como horário. Muita sorte que essa escola ficou em nosso Top 3!!!

Arthur participou busca pela escola, teve oportunidade de interagir e conhecer os locais. Sentimos que ele ficou a vontade naquele lugar, além de eu ter várias referências positivas de pais que tem seus filhos lá, além de funcionários conhecidos. Foi conosco à reunião antes do início das aulas, conheceu os coleguinhas e as professoras.

Todo esse processo já faz parte da adaptação da família, sim, porque a criança não está sozinha nessa. Visitar, colher informações, participar de atividades extracurriculares como apresentações, quando possível, para perceber um pouco de como é o funcionamento da escola, se faz muito importante para que, após escolhida, não restem tantas dúvidas quanto a decisão ser correta ou não.

Digo isso porque é raro a criança que não chora!

O procedimento de adaptação, que varia de escola para escola, é que a criança seja deixada lá, um breve tchau e com pouca emoção (difícil ser nula!), depois podemos ligar para saber como a criança está, ou caso necessário, a escola liga. O deixei por 2:30h no primeiro dia. No primeiro dia não chorou. Mas logo imaginei que quando percebesse que aquilo seria uma rotina para ele, que estaria longe da gente, com estranhos, iria reclamar.

Dos 8 dias, tem reclamado 7. Digo reclamado porque resmunga para não ir, hora quando põe o uniforme, hora a caminho, outras vezes somente na porta. Teve um dia que mesmo chorando e dizendo que não queria, estendeu os braços e foi no colo da diretora, que recepciona as crianças.

Nos primeiros 4 dias liguei, ele estava bem e logo havia parado de chorar. Todos os dias voltou tranquilo, em paz e falante. Já percebo uma diferença em seu comportamento. Já havíamos superado (espero que em definitivo), aquela terrível crise de birras e choros que durou uns 20 dias. Agora meu menino está em outro extremo: De um carinho maravilhoso, onde muitas vezes no dia pede beijos e braços, diz que ama, quer ficar perto, assistindo seus programas em nosso colo, lendo seus livros em nosso colo, brincando no chão. Mais interessado por escrever. Uma delícia. Mesmo hoje após ter levado uma unhada!

Estamos em adaptação ainda e pena que logo chega o carnaval, uma semana sem aula... creio que na semana seguinte mais alguns dias de choro. 

Nós pais, durante esse período temos que ser fortes e não chorar! Especialmente em frente a criança: "Ora, que lugar é esse que minha mãe me deixa chorando? Coisa boa não deve ser", mesmo que seja um choro de emoção, a criança não sabe filtrar, choro é choro! Deixe-a tranquila e em paz. Chore depois. No primeiro dia, deixei Arthur e fui a academia, ainda estava em férias. Os olhos encheram de lágrimas, meu pequeno deixando de ser um bebê, saindo de minha vista e conquistando seu espaço na sociedade... passou um filme na cabeça, estava emocionada!

Antes de deixar a criança na escola, evitar falar muito sobre o assunto, tipo "Vamos pra escola hoje!", "Onde estamos indo?" , frases e atitudes como essa podem deixar a criança ansiosa e atrapalhar o processo. Agir naturalmente, claro que nunca mentir dizendo que vai a outro lugar. Simplesmente manter a rotina, fazendo com que o ir a escola seja entendido como parte dessa nova e natural rotina.

Ao receber a criança, mesmo que ela ainda não fale, pergunte como ela se SENTIU na escola. A criança é o foco! Ela é o elemento principal de todo esse processo e seu sentimento é o que mais importa. O que ela fez ou deixou de fazer é secundário. Criança feliz e tranquila produz mais.

Estamos muito felizes com nossa decisão e por enquanto pensamos que é a melhor opção para ele. Além disso, ainda temos a tarde toda juntos, como sempre foi...

Lua de Mel Após Filhos

Com o passar dos anos e, especialmente com a chegada do primeiro filho (porque tudo é novidade), a vida do casal corre o risco de ficar um pouco comprometida. Vida profissional tomando cada vez mais espaço para homens e mulheres em um mercado de trabalho competitivo, o trânsito das grandes cidades fazendo que que pessoas percam muito tempo em deslocamentos, a necessidade da qualificação continuada leva os adultos a se manterem estudando e se atualizando com maior frequencia.
Namorar Sempre

Ao chegar em casa, muitos querem um banho quente, seus minutos de lazer à tv, leitura ou outra qualquer coisa que lhes tragam conforto ao corpo castigado pelo cansaço.

Após a chegada do primeiro filho, se a situação já estava difícil, a atenção ao pequeno exige o pouco de tempo que aparentemente sobrava. A necessidade, para um bom desenvolvimento da criança, é dividir a atenção, cuidados e brincadeiras entre os pais, preferencialmente juntos em ambiente familiar, dividindo também os afazeres domésticos.

Parece que a vida moderna não está muito amistosa. O relógio permanece o mesmo mas o tempo parece correr mais que o normal. Ouço de tantas pessoas, na maioria mulheres, não porque os homens não pensem da mesma forma, mas porque as mulheres não tem a vergonha de expor seu cansaço e pedir para "passar a vez" quando o assunto envolve o namoro com o parceiro. E claro, em meio a tantas obrigações, mais uma??

Quero aqui deixar uma reflexão para o bem da família, não é uma receita de bolo, mas algumas dicas daquilo que funciona bem na minha família e poderá servir também para a sua:

1) Entender que sim, a vida mudou com a chegada dos filhos, mas isso não é o fim do mundo. É preciso ter calma, manter a paciência e entender que isso é apenas uma fase, buscando assim a maneira mais confortável para atravessá-la

2) Se seu relacionamento deu certo a ponto de desejarem filhos, faça valer a química que os uniu.

3) ORGANIZAÇÃO é algo de extrema importância, pois com tudo organizado, economizamos tempo que podemos e devemos dedicar a atividades prazerosas com a família.

4) O "namoro" de um casal começa no primeiro momento do dia - Não adianta engolir o café da manhã, passar o dia todo longe, sem uma mensagem ou telefonema durante a tarde e querer "graça" a noite... não rola ou então rola como mais uma obrigação entre tantas que dali a pouco queremos evitar.

5) Palavras de gentileza são espelhos também para nossos filhos, assim como atitudes carinhosas entre o casal. Não custa muito deixar aquele bilhetinho carinhoso escondido na carteira, deixar um bombom na bolsa, uma mensagem por celular dizendo o quanto "o parceiro" é importante.

6) Deixar a criança (ou crianças) com alguém de confiança e tirar uns momentos a dois é de suma importância para manter a harmonia entre o casal. Sair com os amigos que não tem filhos também trazem um ar de novidade, pois estando nesse mundo infantil, tantas vezes substituímos o noticiário por desenhos infantis, ter um papo de adulto ajuda e muito.

7) Fazer uma programação em comum é excelente! Aqui temos a academia, mesmo que cada um vá no seu horário, pois nos revezamos para ficar com Arthur, temos esse assunto em comum, algo prazeroso e de lazer para ambos. Culinária, música, dança, enfim, um assunto em comum que saia do universo filhos-trabalho-obrigações domésticas.

8) Ter uma meta em comum também pode trazer união ao casal. Trocar de carro, de casa, fazer uma grande viagem.

9) Momentos de lazer ao ar livre com equipamentos eletrônicos desligados - levar o celular ou máquina fotográfica apenas para registrar os bons momentos em família e rever as recordações em casa, juntos, mantendo em mente o quanto é bom investir tempo em atividades prazerosas e em família.

10) DIÁLOGO - Aqui é a palavra de ordem! Quando digo que ao longo desses 10 anos que iremos completar juntos, entre namoro e casamento, brigamos apenas 4 vezes, muitos se surpreendem. Não somos aquele tipo de casal que dá asia em sal de fruta de tão doces, bem o contrário, levamos tudo na base do respeito, bom humor, mas acima de tudo diálogo. Elliot diz e concordo "o combinado não sai caro". Combinar ações e reações prevendo situações problema é um grande passo para evitar o confronto e manter-se em eterno namoro. 

Estar de bem com o parceiro mantendo o astral positivo em casa é o melhor caminho para a lua de mel. Se a "frequencia" e a "duração" do tempo junto já não é mais a mesma, ao menos a qualidade tem que estar em alta. Aos poucos as crianças crescem e restam novamente o casal, por isso a manutenção de um bom relacionamento é fator fundamental para a saúde do casamento e uma boa qualidade de vida.

Entendeu agora o conceito de Namorar Sempre??

Baby Blue

Às segundas gosto de falar sobre atividade física. Acho legal começar a semana com essa vibe, afinal, segunda é o dia internacional do "Agora Vai", e dar uma ajudinha nesse sentido sempre faz bem. Mas hoje quero falar um pouco sobre como a atividade física é importante em momentos delicados de nossa vida.

Arthur foi um bebê planejado, vindo quando sentimos que estávamos prontos e maduros. Minha gravidez foi deliciosa, cheia de mimos e paparicos, da família, dos amigos, dos alunos e principalmente do papai. O parto aconteceu como o planejado, salvo a dor e falta de anestesia, queria muito ter natural - consegui. Isso tudo não impediu que eu sentisse algo pelo qual jamais imaginei passar nessa vida.

Quem me conhece sabe o quanto sou animada, positiva e bem disposta. Apesar disso, após o nascimento do bebê, me senti fracassada e impotente. Aquele bebê tão frágil nesse colo tão inexperiente... puxa! Sobreviveríamos? Sei que muitas das coisas que vivi naqueles meses iniciais estavam dentro da minha mente, e eu não entendia!

A depressão pós parto é algo muito mais poderoso sobre o qual cerca de 10% das mulheres são acometidas, mas essa melancolia, essa impotência, essa preocupação, esse chororô recebe o nome de "Baby Blue", pois para os americanos, quando a coisa está Blue é porque está triste.

Isso se deve ao estresse enorme e a quantidade de hormônios a que as mulheres são submetidas nos dias próximos ao parto (antes, durante e depois).

Elliot, um amigo e sempre atento, foi fundamental para que esses sintomas todos não ultrapassassem o limite seguro, pois uma simples louça sem lavar já era um tormento enorme na minha cabeça. Quem ler as postagens que escrevi após o nascimento do Arthur perceberá em minhas palavras todo meu incômodo.

Prontamente Elliot foi me mostrando, porque eu não conseguia perceber, o quanto estava chateada e melancólica. Logo me incentivou a ir a academia, sair de casa, deixar o bebê com ele e tirar um tempo só para mim. Como sabe o quanto a atividade física nos faz bem, foi nossa primeira opção. Ver pessoas diferentes, respirar um outro ar que não fosse de fraldas, seria muito bom para minha recuperação. A lém disso, a liberação dos "hormônios de bem estar" adrenalina, serotonina e endorfina certamente me trariam benefícios físicos, químicos e psicológicos que se estenderiam a nossa família, que naquele momento estava tão dependente de mim.

Escrevo isso hoje por constatar que naquela época me sentia tão incapaz apesar de ter me preparado tanto para esse filho, que mal tinha vontade de sair com ele de casa, o cansaço me consumia.

Portanto deixo essa mensagem hoje, para as mamães frescas, procurem algo que possam trazer benefícios físicos e psicológicos pois o bebê precisa de nós e precisamos estar bem para o bem de nossa família. Esse negócio de se fechar em casa não é legal. Academia, já sabem os benefícios, mas fazer uma unha, uma caminhada, algo que possa fazer viver a mulher e não somente a mãe que existe em você é fundamental.

Amamentação e Atividade Física

Como tantas mães de primeira viagem e fisicamente ativa, também pesquisei muito durante a gestação como seria minha vida durante a amamentação: medo de "estragar" o gosto do leite, medo de secar o leite, medo de atrapalhar a qualidade do leite e tantos outros medos por conta da responsabilidade natural da maternidade.

Eu e Arthur na academia, logo após o treino


Infelizmente não há tanta pesquisa científica, é de compreender pois em um momento tão delicado não é fácil quem vai querer se submeter a pesquisas de campo enquanto amamenta, afinal, somam-se as atividades com a chegada do bebê, dali a um tempo mãe volta ao trabalho, criança é desmamada ou desmama, a vida torna-se realmente mais dinâmica.

O que vou escrever aqui tem um pouco sim de minhas pesquisas, feitas com pesquisadores brasileiros ou americanos. Algumas pesquisas indicam, mas pouco conclusivas, que exercícios muito intensos poderiam afetar o sabor do leite, por conta da produção de acido lático. Mas veja - Exercícios Muito Intensos. A grande maioria das mulheres faz realmente o repouso pós parto e durante a amamentação. Até porque, os hormônios responsáveis pela amamentação são contrários aos hormônios da produção de força, o que praticamente nos impedem de executar exercícios extenuantes. Ou seja, nosso maravilhoso organismo já regula aquilo que podemos ou não realizar durante esse período em que precisamos nos dedicar à nossa cria.

Já exercícios moderados podem inclusive auxiliar na questão da amamentação: Estando a mulher mais relaxada, tendo ela liberado hormônios de bem estar durante a atividade física (adrenalina e endorfina), ocorreria uma produção elevada de hormônios de um modo geral, inclusive prolactina (leite) e ocitocina, justamente por conta de uma maior oxigenação das células por conta da atividade.

Sem contar que atividade física durante a amamentação auxilia na perda do peso ganhado durante a gravidez, e claro que qualquer mulher vaidosa se interessa por isso.

Engraçado todo esse nosso questionamento.... para comer uma pizza ou embutidos, logo que passa a fase de cólica do bebê tem gente que não se aguenta, mas para fazer atividade física tantos empecilhos... Até hoje amamento meu bebê em livre demanda, ele com 1 ano e 6 meses, nada de diminuir o leite, ao contrário, já treinei recentemente e tive que esconder o peito com o cabelo porque ao final o leite estava vazando ...rs.

Portanto mamães e futuras mamães (e papais também, pois muitos meninos visitam esse espaço), atividade física pode ser mantida durante todas as etapas da vida familiar, é inclusive indicado.

Mas atenção:

Hidratação - Você já deve saber que a mulher precisa de muitos liquidos durante a amamentação, ainda mais durante a atividade física
Alimente-se - Durante a amamentação a mulher gasta cerca de 500 kcal a mais para a produção de leite, então nada de fazer dietas rigorosas, a hora é de pensar no bebê e também na sua saúde

Atividade física regular, alimentação saudável e livre de besteiras é sempre a melhor pedida!



Escolhendo a Escola do Seu Filho - Waldorf

Acredito ser a queridinha do momento por parecer um oásis em meio a multidão de extrema competitividade e egocentrismo, a pedagogia Waldorf é quase centenária. Utilizada desde 1919, foi desenvolvida pelo austro hungaro Rudolf Steiner e aplicada com os filhos de operários da indústria alemã Waldorf Astoria.

Pintura que simboliza os a base da Pedagogia Waldorf


A Pedagogia Waldorf é baseada na Antroposofia que é o estudo do Universo e do Homem, respeitando a liberdade espiritual de cada um, apesar de Antroposofia não ser entendida como religião ou seita religiosa. É uma ciência que procura conciliar a observação, descrição e interpretação de fatos concretos, sem a esoterização. Observa o corpo físico, corpo etérico (força vital, responsável pela vida) e corpo astral, responsável pela conexão do homem com impulsos físicos superiores. É dessa maneira que o homem reage, pensa e entra em contato com sua realidade, sob uma ótica absolutamente particular. 

A Pedagogia Waldorf leva em consideração a individualidade biológica de cada ser humano, conceito esse muito respeitado em educação física, ou seja, cada indivíduo é absolutamente diferente do outro, e isso deve ser respeitado. Em pedagogia, não considera apenas a individualidade física, mas emocional, mental, social, familiar. Além disso, o meio e a criação em que vive fazem parte de sua existência e formação como pessoa.

A criança tem seu tempo de aprendizado, e as informações devem ser apresentadas de diversas maneiras para que compreenda seu integral significado. Melhor ainda, cada informação deve ter significado para cada criança, a informação deve fazer parte de seu cotidiano, e esta assimila conforme sua maturação, informações anteriores, conforme seu nível de compreensão.

A Pedagogia Waldorf pretende uma educação baseada no ser humano, portanto não tem necessariamente uma metodologia sistematizada, apesar de existir sim uma orientação e alguma condução por parte do professor, que tem mais uma função de orientador para manter a harmonia do ambiente, dos alunos e das atividades, suas atitudes e consequências. Respeita-se as qualidades dos alunos, e a aprendizagem é orientada através desses aspectos positivos. Dessa forma busca-se o prazer no conhecimento, pois o aluno buscará saber em seu tempo e através daquilo que lhe é mais fácil 

Em escolas de Pedagogia Waldorf é possível ver no jardim de infância, alunos de diversas idades juntos, pois as crianças não são distribuídas por ciclos. Portanto, não se assuste ao ver crianças de 3 anos e outras de 7 anos em um mesmo ambiente, a Pedagogia não entende que a educação é como uma linha de produção, todos iguais, ao mesmo tempo. Nessa pedagogia, os maiores recebem a responsabilidade sobre os menores. Assim como em uma família, e o aprendizado acontece também por imitação. Aliás, haverá sempre a presença de 2 professores. Harmonia e convivência social é mais valorizado que o ensino de conteúdos nessa idade, tudo realizado de maneira coletiva. 

O ambiente na escola deve ser acolhedor como em uma casa, transmitindo assim segurança que os pequenos precisam ter para seu desenvolvimento como ser humano, total e completo. A valorização daquilo que é natural como madeira, fibras, tecidos, pedras, a natureza em si. As coisas sintéticas não são toleradas pois são consideradas símbolo de um mundo de mentiras.

Atividades como pintar, modelar, dramatizar, dançar, cantar, recortar, colar são fundamentais para a criança e absolutamente utilizadas nas escolas Waldorf. Possuem áreas livres em contato com a natureza como jardins com obstáculos e brinquedos como gangorras, balanços, escorregas, etc, isso tudo desenvolve o ser etério que existe em cada um. Objetos e brinquedos naturais, que estimulem a interação homem/universo, e estimulem atividades de imaginação 

A presença dos pais é fator essencial para o desenvolvimento da criança sob o olhar da Pedagogia Waldorf, acompanhando, participando e interagindo. As atividades propostas para serem feitas em casa são coletivas, a família colabora. Também não se deve comparar o estágio de aprendizagem com alunos de outras pedagogias, aliás nunca se deve comparar. Como a pedagogia respeita o tempo de aprendizagem de cada indivíduo, muitas vezes pode parecer demorar a aprender gramática ou matemática, por exemplo.

Para ensino fundamental os alunos ficam apenas com 1 professor que será responsável por ensinar as matérias tradicionais como português, matemática, história, geografia, etc... outras matérias são ensinadas por outro professor e a classe formada por afinidades, como música, dança, jardinagem, línguas estrangeiras etc... O professor tem um papel fundamental de observar o aluno e conhecê-lo em seu âmbito pessoal, agindo como um orientador e capaz de avaliá-lo conforme suas potencialidades e habilidades e não uma avaliação tradicionalista.

Da mesma maneira acontece no ensino médio, porém algumas modificações estruturais para que o aluno saia em condições para o mercado de trabalho, lembrando que o objetivo principal da Pedagogia Waldorf é formar o ser humano, capar de aprender e evoluir.

De uma forma geral, a Pedagogia Waldorf busca a educação humana, integralizada, não somente a transmissão de conteúdos, mas aprender a aprender.

Visite o site da Federação de Escolas Waldorf para maiores informações.

*Pesquisas baseadas em artigos científicos e estudos de caso


Deixo aqui registrado então um breve resumo da Pedagogia Waldorf. Uma pedagogia é feita através de estudo de vários anos, e através de vários fatores. Por vezes fica muito complicado resumir em tão poucos parágrafos, toda uma filosofia, anos e anos de estudo. Quero aqui, apenas tentar esclarecer um pouquinho e de maneira bem didática, alguns questionamentos quanto a escolha da escola. Como já disse em um post anterior, a escolha deve ser feita através de muita pesquisa e visita: Leitura de artigos, conversas com pais, e acima de tudo, respeitando a individualidade da criança e da família. 

Qualquer dúvida, deixe no campo de comentários.
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Escolhendo a Escola Para Seu Filho - Parte 1

Cada vez mais cedo as crianças tem que ir para a escola. Hoje, a lei brasileira prevê que as crianças devem frequentar a escola a partir de 4 anos, regularmente. Porém, com a independência das mulheres, e ainda mais, com a necessidade da mulher também trazer o sustento financeiro para casa, muito mais cedo as crianças passam a frequentar escolas e creches.

Por mim, seguiria os caminhos da lei. Deixaria Arthur conosco até 2017, quando completará 4 anos. Estará mais independente e seguro. Por outro lado, também entendo que a escola faz seu papel social, pois estão entre outros da mesma idade, coisa que em meu tempo a sociabilização era na rua. Talvez tenha que colocar Arthur na escola em breve, quem sabe em 2015, portanto já estou estudando e visitando lugares. Não quero fazer nada com pressa.

Quando pensamos em escola para crianças (tão pequenas), a primeira preocupação é que a criança se sinta bem e acolhida, afinal, o filho é nosso maior bem! Precisamos ter confiança que ali será um ambiente saudável para que ela sinta prazer e continue crescendo e se desenvolvendo da melhor maneira possível. Visitar escolas se faz muito necessário e não pode ter pressa. Antecipe-se, mesmo que ainda não precise colocá-la neste momento. Conversar com famílias, pesquisar na internet, ainda mais hoje que a informação está em todo lugar. Peneirar as informações...

A oferta de escolas é imensa e a dúvida acompanha essa oferta. Como escolher? Qual a melhor? 

Minha formação profissional me deu uma base pedagógica muito importante, que hoje relembro, revejo e estudo muito por conta do Arthur. Afinal, independente do quanto estudamos, aprendemos mesmo na prática. Arthur é minha revisão de caso.

Vou compartilhar aqui algumas de minhas pesquisas com relação às pedagogias mais populares na questão de educação infantil. 

Em primeiro lugar temos que pensar na praticidade. Os grandes centros urbanos brasileiros estão cada vez piores no quesito mobilidade urbana. Trabalhar perto de casa é um sonho, infelizmente longe do alcance de muitos. Para a escolha da escola não pode ser diferente. Imagina ter que atravessar a cidade com a criança no carro, ou em transporte coletivo (mesmo o transporte escolar)? Outro ponto a ser avaliado é quando a criança ficar doente. Não é indicado mandá-la para escola, e caso tenha que voltar, quem irá buscar? Estáá acessível?  Já começam os questionamentos...

Preço. Não adianta a escola ser um sonho não possível. O ideal é trocar o mínimo possível de escola, por questões de afinidade mesmo, tanto com a escola quanto com os colegas. Isso também influencia no processo de aprendizagem, mesmo dos menores enquanto isso não é exigido.

Com relação a parte pedagógica, ou seja, que linha de educação a escola resolveu seguir, muitos outros questionamentos. Tantos são os teóricos da educação, em tantas forma de pensamento, para quem não é da área é uma confusão danada! Nós que trabalhamos na educação também temos nossos questionamentos.

De antemão quero adiantar que não existe escola perfeita. Cada uma, em sua linha pedagógica irá se adequar ao estilo da família. Há alguns anos atrás seguíamos, quase exclusivamente, a linha tradicional, onde as crianças aprendiam pelo alfabeto e usávamos a cartilha. As crianças estavam padronizadas e aquilo que saía do padrão estava errado. Quantos antigos foram forçados a usar a mão direita, quantos receberam palmatória... claro que em tempos remotos. Através dos estudos descobriram então que cada ser humano tem seu tempo e a metodologia que se aplica a cada perfil pessoal. Da mesma forma que hoje se valoriza a Inteligência Emocional como fator fundamental para o sucesso, as diversas linhas pedagógicas também devem ser observadas para o sucesso do aprendizado da criança.

Com relação ao perfil da família, vale lembrar que muitos ainda preferem o B+A=BA, enquanto outros valorizam a relação interpessoal e sustentável. Há ainda aquelas que já se preocupam em oferecer uma educação bilíngue, e as escolas devem seguir também essa orientação. Porém a criança, que é o alvo central de toda essa discussão, deve ser constantemente acompanhada e "avaliada", e se aquele ambiente está extraindo todo seu potencial.

Para os menores, higiene, espaço, disponibilidade de cuidadores, preparação desses cuidadores/professores, alimentação, são os principais fatores que devem ser observados ao procurar uma escola. A parte pedagógica, pensando em alfabetização, vem em segundo plano pois ocorre mais adiante, aos 5 anos aproximadamente. Mas já deixar a criança em um ambiente que já indique como será sua aprendizagem, já o deixa preparado e adaptado.

Fique atento às próximas semanas onde estarei detalhando em linguagem simplificada, como sempre, um pouco sobre as principais pedagogias da aprendizagem que temos atualmente: Tradicional, Waldorf, Montessori, Piaget, e também um pouco da educação Bilingue.

Participe, deixe sua dúvida aqui no blog ou na fanpage NamorarSempre





Nem Uma Palmada - Lei Menino Bernardo

O vizinho bateu no meu carro no estacionamento, dei-lhe uma palmada para aprender a ser mais atento.

Meu marido insiste em deixar a toalha molhada sobre a cama, precisei usar a varinha no bumbum para fazê-lo aprender que aquilo não era correto.

Levei uma fechada no trânsito, um absurdo!! Desci do carro e mostrei a ele como deveria dirigir direito!!

As situações acima parecem inusitadas né?? E são! Até parece que alguém consegue agir dessa maneira, entre adultos. Na verdade, em nossa vida, engolimos muito sapo, e por mais que sejamos contrariados e por mais que estejamos certos, nas relações interpessoais, geralmente não empregamos a força física.

Semana passada foi aprovada no Congresso Nacional o Projeto de Lei 7672/10, que passou a ser chamado de "Lei Menino Bernardo". Antes conhecida como Lei da Palmada, o texto que ainda será votado no Senado, prevê que crianças e adolescentes devem ser educadas sem o uso de castigos físicos.

Na prática, ainda não tem definida a pena para quem descumprir a futura lei, porém fica o alerta às famílias e responsáveis para olharem com mais carinho as crianças que estão sob nossos cuidados.

Existem abusos, e estes são fáceis de identificar, e hoje, há consenso de que só trazem mal àqueles que sofrem a agressão, e afasta os laços. Porém castigo físico, ao meu ver, não ensina, adestra!

Longe de mim interferir na criação da família de ninguém, nem ao menos criticar, pois cada um sabe o que tem dentro de casa, mas sinceramente me sinto incomodada quando vejo alguém agredindo fisicamente, ou mesmo com palavras, alguém na rua, especialmente uma criança. É humilhante, e o fato de não vermos, da situação estar guardada no sigilo do lar, também não significa que não seja humilhante para a criança.

Assim como a maioria das crianças da minha geração, também fui corrigida em algumas situações com uso da palmada, não fiquei traumatizada e minha mãe é hoje minha melhor amiga, não guardo mágoa e mal me lembro das vezes ou motivos que me levaram a apanhar, ou até mesmo, das vezes que apanhei, até porque fui uma criança razoável, porém isso não quer dizer que concorde com os tapinhas que levei ou que as coisas não possam ter evoluído ao ponto de eu entender que aquilo era, no mínimo, desnecessário.

Como já disse, penso que até muito pouco tempo negros tiveram que lutar por seus direitos civis nos Estados Unidos e África do Sul, pois sequer tinham direito a voto. Mulheres queimaram soutien para garantir seus direitos e a Lei Maria da Penha, que garante no Brasil a defesa das mulheres que sofrem agressões, é coisa super recente.

As crianças estão em aprendizado e desenvolvimento, muitas vezes não sabem sequer falar. Tem uma curiosidade natural e inquietante, tá certo que muitas vezes irritante, mas e os adultos não? Apresentam reações diante de frustrações. E gente grande que teima, não irrita? E porque não apanha? Quando adulto apanha é agressão, quando a criança apanha, mesmo que uma palmadinha, é correção? Não consigo compreender! Até porque a criança, menor e indefesa, acaba ficando sem opção.

Creio que nós, adultos, tenhamos outras alternativas para educar nossas crianças, a conversa diária e repetidamente. Não quero dizer com isso que os "Nãos" não são necessários, e eles acontecem muito, mas salientar aquilo que a criança faz de positivo poderá trazer melhor resultado do que focar nos erros. Desviar o foco dos pequenos daquilo que não devem fazer, poderá trazer mais harmonia e evitar confrontos.

Fiquemos portanto com essa reflexão. "Menino Bernardo" ainda não é lei, está em vias de ser, mas dentro de casa podemos colocar em prática atitudes positivas e saudáveis, que tragam mais proximidade entre as partes e não nos afastem de quem amamos.

2013 - O ano em que nasci

Aqui escrevi que em 2013 foi o ano que morri. Após 04/01/2013 comecei uma nova vida! E que bom que nessa nova vida pude trazer comigo uma certa bagagem emocional, algumas coisas que aprendi ao longo daqueles 35 anos que vivi sozinha e acima de tudo, trouxe comigo a companhia dos familiares e amigos que são nosso suporte ao longo do nosso percurso.

A 1° foto em família


Pic Nic do Arthur - 1 aninho!!! Homemade Party

Dia 04/01 Arthur completou seu 1° aninho. Penso que o primeiro ano da criança, especialmente do 1° filho, é um marco bem importante que prova que os pais sobreviveram...rs

Arthur ainda não se liga em desenhos ou qualquer personagem. Gosta do clipe Treasure do Bruno Mars e já demonstra que curte um Rock & Roll.

Resolvemos usar o tema pic nic, pois foi algo que fizemos bastante durante seu primeiro aninho. O tema também é alegre e permitiu que fizéssemos tudo em casa, como nos velhos tempos. Utilizamos o salão de festas do condomínio. Davy, meu irmão, fez a arte dos convites, lembrancinhas e decorações, e os alimentos, desde os salgados até o bolo, fizemos eu e minha mãe. Na produção da festa toda família participou: titia Isa, titia Dani, titia Tati, Dan, vovós e vovô. A retrospectiva ganhamos dos nossos queridos amigos Andrea, Macedo e Felipe.




Fácil não foi, mas confesso que foi divertido e prazeroso. Também, no primeiro ano, Arthur não comeu besteiras, sequer um petit suisse, preparamos tudo para que ele pudesse comer, sem preocupação com a origem dos alimentos e sabendo que a qualidade estaria aprovada e com alto valor nutricional. Também petiscos macios, que não pudesse engasgar. Ou seja, a festa foi feita para ele aproveitar.

Convidamos nossos amigos que de tão queridos consideramos como irmãos e todos compareceram, apesar da data ser emenda de reveillon. Muitos voltaram de suas viagens para virem comemorar conosco. Arthur se divertiu demais, foi sorridente e simpático como sempre. Comeu um pouco, dormiu 1 hora no meu colo. Acordou disposto para dançar. Assistiu a retrospectiva com atenção, apontando, batia palmas, foi lindo! Não se assustou na hora do parabéns, ao contrário, ficou contente e participou. Parecia saber que era o anfitrião.

No dia seguinte, abriu um por um os inúmeros presentes que ganhou. Escolhia, abria, brincava um pouco, partia para o próximo. Gostou de tudo, dos brinquedos, dos livros, das roupas, sim, segurava as roupas e desfilava dançando com elas nas mãos.

Seguem algumas fotos de como preparamos a decoração.


Com relação aos alimentos, escolhemos dentro do tema, coisas naturais e macias, indicado para crianças pequenas:

Tortas de liquidificador nos sabores legumes, frango e muçarela com peito de peru
Patê de atum, patê de ervas finas, ambos feitos com ricota. Creme de alho (único ítem salgado não recomendado a crianças pois é todo a base de óleo, uma delicia que a sogra faz)
Salpicão de frango, pois pode ser servido frio, como manda um pic nic. No lugar da maionese usei batata.
Carne louca, essa foi quente...
Pão francês, bisnaguinha e torradas
Cup cake de cenoura
Brigadeiro, beijinho e bicho de pé (também não recomendo aos pequenos, aliás os doces em geral)
Naked Cake Chocolate e Coco
Cerveja, refrigerantes, sucos e água.

Desisti das frutas pois o calor estava extremo e a logística ficaria complicada.

Os adultos ganharam maças do amor com cobertura de chocolate e as crianças levaram uma sacola com brinquedinhos, guloseimas também macias e também uma escova de dentes, pois minha irmã insistiu!

Festa gostosa. O tema e o ambiente permitiram que cada um se servisse, como em um verdadeiro pic nic, possibilitando a integração dos convidados sem a necessidade de garçom. Saímos satisfeitos e recebemos um bom feedback de quem compareceu, tanto que começou as 14h, o cantamos parabéns as 17h e ainda tínhamos um bom grupo as 21h




R.I.P - 2013, o ano em que morri

Estava mesmo esperando 2013 terminar para comunicar ao mundo que morri. Fui morrendo aos poucos. Não foi morte rápida e fulminante, mas também não foi agonizante. Foi morte lenta, dia a dia, foi morte tranquila, plácida. Fui entendendo que estava morrendo e aceitei. Deixei tomar conta daquela que fui... também não tive muita escolha, como em outra morte qualquer. Simplesmente aconteceu.



Os primeiros sintomas vieram em abril de 2012, e percebi mesmo foi em maio do mesmo ano. Um enjoo, um enfado. Depois passou e melhorou. Me senti mais bonita, e todo mundo percebeu. A barriga foi crescendo, demarcando o território. 

Comecinho de 2013, bem no dia 4 de janeiro, o sol nem havia espreguiçado seu primeiro raio do dia, foi aquele turbilhão. Era 1:30h da madruga. São Paulo em silêncio. Ruas escuras, vazias, quase nem cruzamos com os carros nas outroras congestionadas ruas. Mas eu estava ali, consciente e lúcida. Não sentia dor. Uma certa ansiedade e um pouco de medo do desconhecido, afinal, ninguém sabe o que tem do outro lado antes de cruzar a fronteira....

Hora: 5:48h. Dia: 04. Mês: Janeiro. Ano: 2013. Essa é a hora oficial do óbito daquela que um dia foi simplesmente Estela. Era filha, era irmã, era esposa, era amiga. A partir daquele momento passou dessa para uma melhor. E passou a ser mãe. Mãe do Arthur.

Não teve atestado de óbito. Não teve funeral nem enterro oficial. Ninguém chorou a morte. Ela aconteceu somente aqui, dentro do meu peito. Tanto que quase ninguém percebeu que Estela se foi. 

Parece um pouco mórbido e um tanto estranho esse sentimento e comparação com a morte mas é exatamente assim que aconteceu comigo. Tudo aquilo que um dia fui acabou ali, com o nascimento do meu filho. As baladas não me fazem falta, foi um tempo que passou e foi enterrado lá atrás com aquela Estela. Não tenho saudade. Hoje vivo pro Arthur. Aos poucos fui retomando a vida, mas agora diferente. Aprendi demais e estou aprendendo a cada dia. Todas aquelas teorias e conceitos ficaram nos livros, porque quando precisa de alguém para fazer par com você, a dança é diferente. Os dois tem que entrar no mesmo ritmo, tem que se conhecer, olho no olho, pele com pele, e ai as coisas vão acontecendo, vão fluindo e a dança vai ficando solta, bonita. Nenhum par é igual ao outro.

Então é isso. Tenho 1 ano de vida. De vida como mãe, porque nunca mais vou deixar de ser, haja o que houver. Uma nova vida começou em 2013. Que venha 2014 com novos desafios e nova aprendizagem.

O Cancioneiro Infantil

O sapo não lava o pé.
A barata é mentirosa.
A aranha é teimosa e desobediente.

A mamãe pata é desleixada, foi passear e, um por um, perdeu sua cria.
O anel era de vidro, prova de um amor que de tão pouco, se acabou.

O boi da cara preta pega o menino.
A cuca vem pegar.
O papai foi pra roça.
A mamãe foi passear. (e quem cuida do nenem? A cuca?)

A canoa virou pois não sabem remar, e alguém vai parar no fundo do mar.
O soldado não marchou direito, foi preso no quartel...
O cravo e a rosa brigaram e foram as vias de fato.

Alguém atirou o pau no gato.
Deve ter sido o mesmo moço, de terno branco, chapéu de lado, que cuspiu no chão da pombinha branca.

E o caranguejo é um crustáceo, não é peixe nem na enchente da maré,

39° semana - That's a Journey...

Quinta feira dia 03/01 foi o dia da consulta Pré Natal, no fim da tarde. Voltamos para casa, o Arthur ainda não estava encaixado, sua cabeça estava posicionada mas ainda "flutuando" conforme o termo médico.

Jantamos fora e comemos a sobremesa no shopping, deliciosos cupcakes da Original. Fizemos compras no sacolão e chegamos em casa cansados, quase 22h. Minha lombar reclamou de cansaço (depois percebi que não era bem isso), o Elliot fez massagem nos meus pés e trapézio e foi dormir, eu deitei pois o Arthur fazia seu ritual noturno de socos e pontapés pressionando minha região pélvica e me fazendo ir ao banheiro 72 vezes antes de conseguir dormir.

Por volta de 1:30h, já dia 04, voltei do banheiro, não tinha pregado o olho, e logo que deitei me senti molhada... mas eu não estava com incontinência... levantei com intenção de retornar ao banheiro mas o líquido branco, sem cheiro ou viscosidade, lentamente descia pelas pernas - a bolsa havia rompido!

Não senti euforia, medo ou ansiedade, pelo contrário, uma paz e serenidade tomou conta de mim. Acordei o Elliot "Acho que minha bolsa estourou". Ele confirmou.

De pronto nos trocamos, sem alarde. A Dani, ainda em casa passando férias, nem acreditou. A Mira pegou a guia e queria ir conosco. Fiquei sabendo depois que ela dormiu sob o berço.

Não sentia dor, apenas contrações frequentes e uma certa cólica. Chegamos ao hospital em 20 minutos, abençoados pelas férias escolares e pelo horário. Demos entrada pela emergência. A médica me examinou e constatou 1 1/2 de dilatação. Já fiquei internada, recebendo soro para hidratar a veia. 

A dilatação foi evoluindo bem, e eu não sentia dor. Sozinha ali no soro (o Elliot teve que aguardar na espera neste momento) mentalizei paz e serenidade para a hora do parto. Chegou o momento, conversava com o Arthur para sairmos juntos e da melhor maneira possível.

As contrações aumentaram um pouco de intensidade, assim como a dor. As 4:30h passou a ser ministrada Ocitocina, hormônio que secretamos durante o parto, com intensão de acelerar o processo. Foi imediato, a enfermeira demorou a acreditar que eu já me contorcia de dor, mesmo assim chamou a médica que constatou dilatação quase total. Meu planejamento de paz e serenidade findou-se neste horário, dando lugar a gemidos e gritos inexprimíveis. De pronto me colocaram na cadeira de rodas a caminho da sala de parto, eu só chamava pelo Elliot.

Foi um corre corre de médico e enfermeira, não havia tempo para mais nada ! Me colocaram na mesa cirúrgica, eu pedia pela anestesia, uma pressão tomou conta do meu ventre ao mesmo tempo em que o grito saia pela minha boca e ecoava na lua. O Elliot o tempo todo segurando minha mão esquerda. "Força, Força, seu bebê já coroou!"; "Ajuda papai, empurra a barriga dela!"

O Arthur chegou às 5:48h do dia 04/01/2013, exatamente 2 horas após o soro de hidratação (o horário estava marcado no acesso, 3:48h). Foi tudo muito rápido e intenso. A anestesia não veio. Senti todas as dores de um parto. Além da falta de tempo, minha pressão sanguinea é baixa, tornando tal procedimento arriscado, pois poderia me perder na hora mais importante.

Perguntei pelo meu filho, queria ouvir seu choro, enquanto o obstetra massageava a região do meu umbigo em movimento horário. Achei que agora iria expelir o manual do 1° proprietário. Que decepção quando descobri que era a placenta...rs.

Em poucos segundos ouvi meu filhote. Enquanto ele era examinado, higienizado e preparado, eu passei a tremer de frio tal como em desenhos animados, apesar de toda a coberta que as enfermeiras colocaram sobre mim. Pressão no pé.

Vi meu filho, enrolado como um charuto, todo roxinho e também congelando. Tremia tanto que não consegui segurá-lo. Foi para o colo do pai e depois para o berçário, onde seria aquecido.

A equipe se surpreendeu com a rapidez do parto. O Elliot desceu com nossas coisas para o quarto e eu fiquei ali sozinha, tremendo de frio, para receber os 1°s atendimentos. Demorou um pouco para que eu pudesse descer pois minha pressão estava muito baixa. Fiquei no soro. Eu me sentia bem e lúcida, era só o cuidado por toda a maratona que havia percorrido até ali. Queria ter aproveitado essa hora para dormir, afinal passei a noite em claro, mas a cabeça estava a mil, em um misto de euforia, medo e emoção.

E foi ali sozinha que derramei minhas primeiras lágrimas de mãe...
Em sentido horário: dentro da sala de parto
e o bonitão já sorrindo nas 1°s horas de vida no berçário


39° semana - That's a Journey...

Quinta feira dia 03/01 foi o dia da consulta Pré Natal, no fim da tarde. Voltamos para casa, o Arthur ainda não estava encaixado, sua cabeça estava posicionada mas ainda "flutuando" conforme o termo médico.

Jantamos fora e comemos a sobremesa no shopping, deliciosos cupcakes da Original. Fizemos compras no sacolão e chegamos em casa cansados, quase 22h. Minha lombar reclamou de cansaço (depois percebi que não era bem isso), o Elliot fez massagem nos meus pés e trapézio e foi dormir, eu deitei pois o Arthur fazia seu ritual noturno de socos e pontapés pressionando minha região pélvica e me fazendo ir ao banheiro 72 vezes antes de conseguir dormir.

Por volta de 1:30h, já dia 04, voltei do banheiro, não tinha pregado o olho, e logo que deitei me senti molhada... mas eu não estava com incontinência... levantei com intenção de retornar ao banheiro mas o líquido branco, sem cheiro ou viscosidade, lentamente descia pelas pernas - a bolsa havia rompido!

Não senti euforia, medo ou ansiedade, pelo contrário, uma paz e serenidade tomou conta de mim. Acordei o Elliot "Acho que minha bolsa estourou". Ele confirmou.

De pronto nos trocamos, sem alarde. A Dani, ainda em casa passando férias, nem acreditou. A Mira pegou a guia e queria ir conosco. Fiquei sabendo depois que ela dormiu sob o berço.

Não sentia dor, apenas contrações frequentes e uma certa cólica. Chegamos ao hospital em 20 minutos, abençoados pelas férias escolares e pelo horário. Demos entrada pela emergência. A médica me examinou e constatou 1 1/2 de dilatação. Já fiquei internada, recebendo soro para hidratar a veia. 

A dilatação foi evoluindo bem, e eu não sentia dor. Sozinha ali no soro (o Elliot teve que aguardar na espera neste momento) mentalizei paz e serenidade para a hora do parto. Chegou o momento, conversava com o Arthur para sairmos juntos e da melhor maneira possível.

As contrações aumentaram um pouco de intensidade, assim como a dor. As 4:30h passou a ser ministrada Ocitocina, hormônio que secretamos durante o parto, com intensão de acelerar o processo. Foi imediato, a enfermeira demorou a acreditar que eu já me contorcia de dor, mesmo assim chamou a médica que constatou dilatação quase total. Meu planejamento de paz e serenidade findou-se neste horário, dando lugar a gemidos e gritos inexprimíveis. De pronto me colocaram na cadeira de rodas a caminho da sala de parto, eu só chamava pelo Elliot.

Foi um corre corre de médico e enfermeira, não havia tempo para mais nada ! Me colocaram na mesa cirúrgica, eu pedia pela anestesia, uma pressão tomou conta do meu ventre ao mesmo tempo em que o grito saia pela minha boca e ecoava na lua. O Elliot o tempo todo segurando minha mão esquerda. "Força, Força, seu bebê já coroou!"; "Ajuda papai, empurra a barriga dela!"

O Arthur chegou às 5:48h do dia 04/01/2013, exatamente 2 horas após o soro de hidratação (o horário estava marcado no acesso, 3:48h). Foi tudo muito rápido e intenso. A anestesia não veio. Senti todas as dores de um parto. Além da falta de tempo, minha pressão sanguinea é baixa, tornando tal procedimento arriscado, pois poderia me perder na hora mais importante.

Perguntei pelo meu filho, queria ouvir seu choro, enquanto o obstetra massageava a região do meu umbigo em movimento horário. Achei que agora iria expelir o manual do 1° proprietário. Que decepção quando descobri que era a placenta...rs.

Em poucos segundos ouvi meu filhote. Enquanto ele era examinado, higienizado e preparado, eu passei a tremer de frio tal como em desenhos animados, apesar de toda a coberta que as enfermeiras colocaram sobre mim. Pressão no pé.

Vi meu filho, enrolado como um charuto, todo roxinho e também congelando. Tremia tanto que não consegui segurá-lo. Foi para o colo do pai e depois para o berçário, onde seria aquecido.

A equipe se surpreendeu com a rapidez do parto. O Elliot desceu com nossas coisas para o quarto e eu fiquei ali sozinha, tremendo de frio, para receber os 1°s atendimentos. Demorou um pouco para que eu pudesse descer pois minha pressão estava muito baixa. Fiquei no soro. Eu me sentia bem e lúcida, era só o cuidado por toda a maratona que havia percorrido até ali. Queria ter aproveitado essa hora para dormir, afinal passei a noite em claro, mas a cabeça estava a mil, em um misto de euforia, medo e emoção.

E foi ali sozinha que derramei minhas primeiras lágrimas de mãe...
Em sentido horário: dentro da sala de parto
e o bonitão já sorrindo nas 1°s horas de vida no berçário


 
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