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Palácio da Moneda |
Frio de danar! Saímos do calor da Polinésia para o inverno da América do Sul. Fomos preparados. Saímos do aeroporto e encaramos o ônibus até o centro da cidade, hora do rush... Santiago pareceu um tanto sinistra, claro, cidade grande, em 15 dias de viagem tinha dado até pra esquecer. Sempre nos hospedamos em Hostels, e dessa vez não foi diferente, escolhemos o Che Lagarto (credo!) que fica bem em frente a uma rodoviária. Casarão antigo, um tanto escuro, chega a ser estiloso... o recepcionista era brasileiro e depois de algum tempo ouvir português foi bom, o ruim é que o cara era um mala... o quarto para casal tinha uma beliche e os quartos não estavam bem aquecidos, o banheiro é misto (tudo bem) mas apertadíssimo e por vezes a água não esquentava. O aspecto positivo é que 90% dos hóspedes eram brasileiros e nos primeiros minutos já fizemos amizade a base de Escudo (cerveja), vinho e muitas risadas. O grupo era de cerca de 20 pessoas.
Saímos para jantar, o restaurante não parecia ser dos melhores e um agravante é que podiam fumar, coisa estranha para brasileiros atualmente. O atendimento foi ótimo e o jantar satisfatório. Voltamos para dormir cedo, uma vez que o cansaço da viagem era evidente. Dormimos juntos na cama de baixo da beliche, que era daquelas largas, foi a sorte, senão passaríamos frio. Chegamos quase a nos arrepender de conhecer Santiago naquele momento, depois de todas as belezas naturais da Polinésia, certamente conhecer uma cidade foi algo injusto.
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Museo de Bellas Artes |
Almoçamos no centro e compramos algumas coisas, tudo lá estava muito barato, bebidas importadas, alfajores, roupas, sapatos, já estavam em liquidação, e valia muito a pena.



À noite fomos com nossos amigos brasileiros à balada no Pateo Belas Artes, com música ao vivo, foi muito bom!
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Cerro San Cristobal |
Infelizmente não tivemos tempo de visitar Viña del Mar e Valparaíso, são cidades litorâneas que pretendemos conhecer em uma próxima oportunidade. Ao invés disso fomos esquiar.... aff......
Vale a pena conhecer, mas eu que não nasci pra pinguim, acho que não vou novamente. Contratamos o passeio a partir do nosso hostel, a van vem nos buscar bem cedo, 7h, e nos levou para alugar os equipamentos e comprar as roupas. Saímos então umas 9h da loja. A van sobe a cordilheira fazendo um vai vem de 180° que embrulha o estômago dos mais sensíveis. A Paisagem compensa, mas já chega na estação meio mareado... Fomos a El Colorado, com altura máxima de cerca de 3.300 m acima do nível do mar e 22 pistas.
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El Colorado |
Paguei um tremendo mico pois estava esperando o Elliot e nosso amigo quando de repente senti que estava deslisando lentamente (rs), um brasileiro estava tentando, todo desajeitado se lavantar e quando ele consegiu, se deparou comigo "escorregando para seus braços", foi muito cômico, deslisamos abraçados, eu de frente e ele de costas para a leve descida e quando pegamos velocidade ele novamente caiu, eu por algum motivo me mantive equilibrada e segui para o teleférico, e ele ficou lá, novamente estatelado no chão na frente de seu filho, deve ter me xingado (kkkkkk). Se ler isso aqui, me perdoe!
Quando sentimos confiança ali em baixo tivemos a brilhante ideia de pegar o teleférico e subir a alguma pista, o teleférico não pára e subimos para o nível intermediário, dali nos jogamos literalmente pois senão iríamos parar no topo! Até conseguíamos parar em pé, o difícil pra mim foi controlar o equipamento mesmo. Eu só ia para a esquerda, onde a pista terminava em um precipício daqueles, me jogava para trás, com medo. Foi assim o dia todo só aprendi no final do dia quando já estava estressada, então não me diverti. O Elliot teve mais sucesso, em algum momento pegou o jeito da coisa. Nosso colega passou pior, além de tudo estava se sentindo mal com a altura. Ainda teria a volta, aqueles intermináveis 180°... Valeu por conhecer, a paisagem é bonita e experimentamos um novo esporte, mas por mim, parou por aí.
Esses foram os dias que passamos em Santiago, saliento que deveria ter deixado para um outro momento pois teria aproveitado ainda mais. Apesar de ter sido a pior hospedagem foram os melhores "amigos" que já fizemos em viagens, todas as noites muitas risadas e conversas como se fôssemos amigos há muito tempo, Escudo, Concha y Toro, muita animação. Valeu!!
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Beijo quente em meio a neve |