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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Autismo e Atividade Física


2 de abril é considerado o Dia do Autismo, uma data para que a maioria das pessoas, aqueles que não tem contato com indivíduos que apresentem esse distúrbio, possam ver nas mídias em geral, informações e conhecer um pouco mais sobre o dia a dia dessas pessoas.

A OMS (2000) definiu o autismo como transtorno global do desenvolvimento definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido em todas as três áreas de interação social, comunicação, comportamento restrito e repetitivo.

Quanto mais cedo detectado o problema, melhor para os pais ou responsáveis procurarem ajuda para auxiliar em um desenvolvimento mais adequado, porém o diagnóstico só acontece quando a criança está em fase de interação com outras pessoas que não sejam familiares, o que pode ser esperado por volta dos 3 anos de idade. Esses indivíduos geralmente tem grande capacidade de memorização e muitos tem inteligência excepcional, porém com grave incapacidade de desenvolver contato afetivo e visual, linguagem falada e corporal, muitas vezes gestos sem sentido, e falta do controle emocional, oscilando entre períodos de grande amabilidade ou agressividade.

Não faz muito tempo que qualquer criança ou indivíduo que apresentasse algum distúrbio ou deficiência era colocado realmente a margem de nossa sociedade, não tendo oportunidade de aprendizagem e no mercado de trabalho, nem pensar. Mas hoje, sorte deles e dessa nova geração, a diversidade tem se feito presente. 

Não é uma doença e sim um distúrbio, portanto não há cura.

Mas ela, mais uma vez, minha querida atividade física, vem apresentando ao longo dos anos, grande avanços para os autistas. Além da liberação bioquímica de hormônios que promovem o bem estar, atividades para crianças geralmente são em grupo, o que promove automaticamente a interação tão importante para o ser humano e que falta no autista. Muita coisa na educação física necessita de toque, do contato visual, do grupo. Crianças autistas quando são colocadas em aulas de atividade física conseguem melhorar seu relacionamento com os familiares e também com a sociedade que a cerca.

O responsável por um autista não pode isolar ainda mais a criança, proporcionar qualquer tipo de prática pode ser benéfica. Procure atividades lúdicas em ambiente acolhedor. Não se intimide, desde o futebol, a ginástica até a natação, qualquer atividade é possível e benéfica, desde que ele demonstre gostar.

O autista desenvolve uma coordenação motora fina invejável, pois precisa da concentração que a eles não falta. Não é incomum ouvirmos que autistas desligam-se do mundo e vivem no mundo somente deles. Porém as capacidade físicas em geral são comprometidas, como lançar, correr, saltar, equilibrar-se, etc... Precisam ser estimulados e inseridos em ambiente acolhedor para que isso aconteça da melhor maneira possível.

Eu pouco convivi com essa diversidade. Tinha uma conhecida pouco mais velha que eu com Síndrome de Down. A população comum não sabia nada e muitos tinham até medo, não é. As crianças de hoje tem a feliz oportunidade de conviver e aprender, juntas, que a diferença se faz necessária, construindo um mundo melhor.

A educação física entra na vida do autista para transportá-lo para um lugar onde ele tem dificuldade de entrar, com a melhoria do condicionamento físico global, interação social, realizando atividades coletivas e individuais que potencializem a sociabilização, possibilitando o desenvolvimento da consciência corporal, permitindo uma construção de si próprios como seres inseridos na sociedade que vivem, amados e aceitos, melhora a coordenação motora e cognitiva, desenvolve a noção do tempo e espaço, melhora o humor e o relacionamento interpessoal, a confiança, auto estima e o convívio social.

Por isso digo cada vez mais e com muito orgulho que amo minha profissão !! 

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Autismo e Atividade Física


2 de abril é considerado o Dia do Autismo, uma data para que a maioria das pessoas, aqueles que não tem contato com indivíduos que apresentem esse distúrbio, possam ver nas mídias em geral, informações e conhecer um pouco mais sobre o dia a dia dessas pessoas.

A OMS (2000) definiu o autismo como transtorno global do desenvolvimento definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido em todas as três áreas de interação social, comunicação, comportamento restrito e repetitivo.

Quanto mais cedo detectado o problema, melhor para os pais ou responsáveis procurarem ajuda para auxiliar em um desenvolvimento mais adequado, porém o diagnóstico só acontece quando a criança está em fase de interação com outras pessoas que não sejam familiares, o que pode ser esperado por volta dos 3 anos de idade. Esses indivíduos geralmente tem grande capacidade de memorização e muitos tem inteligência excepcional, porém com grave incapacidade de desenvolver contato afetivo e visual, linguagem falada e corporal, muitas vezes gestos sem sentido, e falta do controle emocional, oscilando entre períodos de grande amabilidade ou agressividade.

Não faz muito tempo que qualquer criança ou indivíduo que apresentasse algum distúrbio ou deficiência era colocado realmente a margem de nossa sociedade, não tendo oportunidade de aprendizagem e no mercado de trabalho, nem pensar. Mas hoje, sorte deles e dessa nova geração, a diversidade tem se feito presente. 

Não é uma doença e sim um distúrbio, portanto não há cura.

Mas ela, mais uma vez, minha querida atividade física, vem apresentando ao longo dos anos, grande avanços para os autistas. Além da liberação bioquímica de hormônios que promovem o bem estar, atividades para crianças geralmente são em grupo, o que promove automaticamente a interação tão importante para o ser humano e que falta no autista. Muita coisa na educação física necessita de toque, do contato visual, do grupo. Crianças autistas quando são colocadas em aulas de atividade física conseguem melhorar seu relacionamento com os familiares e também com a sociedade que a cerca.

O responsável por um autista não pode isolar ainda mais a criança, proporcionar qualquer tipo de prática pode ser benéfica. Procure atividades lúdicas em ambiente acolhedor. Não se intimide, desde o futebol, a ginástica até a natação, qualquer atividade é possível e benéfica, desde que ele demonstre gostar.

O autista desenvolve uma coordenação motora fina invejável, pois precisa da concentração que a eles não falta. Não é incomum ouvirmos que autistas desligam-se do mundo e vivem no mundo somente deles. Porém as capacidade físicas em geral são comprometidas, como lançar, correr, saltar, equilibrar-se, etc... Precisam ser estimulados e inseridos em ambiente acolhedor para que isso aconteça da melhor maneira possível.

Eu pouco convivi com essa diversidade. Tinha uma conhecida pouco mais velha que eu com Síndrome de Down. A população comum não sabia nada e muitos tinham até medo, não é. As crianças de hoje tem a feliz oportunidade de conviver e aprender, juntas, que a diferença se faz necessária, construindo um mundo melhor.

A educação física entra na vida do autista para transportá-lo para um lugar onde ele tem dificuldade de entrar, com a melhoria do condicionamento físico global, interação social, realizando atividades coletivas e individuais que potencializem a sociabilização, possibilitando o desenvolvimento da consciência corporal, permitindo uma construção de si próprios como seres inseridos na sociedade que vivem, amados e aceitos, melhora a coordenação motora e cognitiva, desenvolve a noção do tempo e espaço, melhora o humor e o relacionamento interpessoal, a confiança, auto estima e o convívio social.

Por isso digo cada vez mais e com muito orgulho que amo minha profissão !! 

 
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