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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Terrible Two - Crise dos 2 anos

Eu não gosto de rotular meu filho. Não que Arthur seja diferente dos outros, claro que para mim ele é especial, mas realmente não gosto de rótulos!


Você que é mulher, não odeia quando, por qualquer irritação, alguém já relaciona a TMP, mesmo quando você está longe de seu ciclo? Ou em qualquer dor de estômago, já vem alguém e comenta: Ah! Tá gravida! Arrr...... Por isso não gosto de rótulos com as crianças! qualquer coisa é o dente, é a fase, é dor, é etc.... e de alguma maneira deixamos de observar a criança e passamos a observar o problema, ou a crise, ou a situação.

De qualquer maneira, não há como ignorar que as crianças passam por fases de desenvolvimento e mudam seu comportamento. Isso tem acontecido de maneira muito radical aqui em casa. Meu doce e amável menino, em uma semana, se transformou em um birrento e gritão! Tudo pra já e agora! E com gritos, choros e ranger de dentes. Ah! Aqueles que gostam de rotular também podem achar que é o "inferno astral" pois tem ocorrido próximo ao seu 2° aniversário (brincadeirinha!)

Por volta dos dois anos, as crianças passam a se perceber como indivíduos, que tem vontades e podem tomar decisões. Que ótimo, é sinal de amadurecimento, mas como na adolescência (sim, isso vai acontecer novamente), o mais fácil é agredir aos que estão ao seu redor (pais, avós, cuidadores) para conseguirem o que querem. Querem fazer prevalecer sua própria vontade, e como não tem argumentos, pois são imaturos, partem pra força bruta. 

Por conta dessa imaturidade neurológica, enfrentam até uma guerra interior com seus próprios sentimentos, ou seja, nem sabem o que querem.

Aqui em casa, o destino foi generoso e uniu duas pessoas que não gostam de briga. Ao longo de 10 anos, eu e Elliot brigamos 4 vezes, e nos acertamos no mesmo dia. Nunca bati e não pretendo agredir fisicamente meu filho. Respeito a todos, mas não é esse o tipo de educação que pretendemos usar com Arthur pois não acreditamos nela. Somos do diálogo e do debate, da criação com apego. Tenho vontade de "sair na mão" com alguns conhecidos e desconhecidos por aborrecimentos e falta de respeito, na rua. Me controlo, pois senão seria taxada de louca! Certamente voltaria com belos hematomas, além de ser uma cena patética (rs), porque com aquele que eu mais amo, parte de mim, preciso usar de violência? Penso que a violência entra onde a razão sai.... ponto de vista!

Como temos lidado com essa fase?

Muita Conversa!
Muita Paciência!
Contar até Mil - Duas Vezes!
Quando possível, saio de cena, deixo-o sozinho por algum momento para que eu possa esfriar minha cabeça, afinal também fico irritada!
Aproveito a oportunidade e, assim que as coisas se acalmam, ensino o comportamento correto.

Claro que não está resolvendo em um primeiro momento. Arthur tem batido no pai (algumas vezes) e em mim (poucas vezes). Dias atrás chorou cerca de 40 minutos porque não queria escovar os dentes (tive que fazê-lo a força). Está urgente, meio mal humorado com as pessoas. Para terem noção, não quis nem abrir os presentes do aniversário!!! Fui abrindo aos poucos, ele se alegrava e brincava com cada um.

Digo muitas vezes que o amo. Abraço muito, mesmo quando ele esperneia parecendo um peixe fora d'agua. Não quer comer (olha a vantagem de ter uma dieta saudável, não quer comida? Come fruta, cenoura baby, frutas secas, biscoito de arroz, suco natural, nem ligo!) usa o peito de chupeta, se irrita... Fora de casa, brincando, ele tem se comportado melhor, gastado energia, e os confrontos tem diminuído. Entre todo esse episódio de 3° guerra mundial, claro que ele, do nada, me chama, diz que me ama, me abraça, me beija muito, faz palhaçada, e eu morro de amores...

Quanto a nós, cansados pais, nos restam os lamentos, e aguardar que a fase passe. Não há muito o que fazer. Eu consolo meu marido, ele me consola, nos poucos momentos que temos de sossego. Compartilho meus dramas com algumas amigas, que estão passando ou já passaram por essa situação, meu marido se lamenta com seus amigos, e assim a vida caminha, na certeza de que a maternidade é igual a um jogo de vídeo game, cada fase mais difícil, e com uma recompensa mais gostosa.





quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Pão Integral Caseiro - Lugar de Criança é na Cozinha

A vida moderna tem suas vantagens e desvantagens, isso não é novidade para ninguém. A mulher ter cada vez mais espaço no mercado de trabalho não tira de suas costas a responsabilidade com a família, em especial com os filhos pequenos. No meu caso, não abro mão de acompanhar Arthur em sua primeira infância (espero que sempre, na verdade), fase essencial para sua formação emocional, de caráter, de valores morais e pessoais. Ainda amamento, acho super prazeroso essa intimidade, mas claro que tem seu momento de cansaço, pois esse "serviço" é insubstituível.

Além disso, tenho meus momentos de vida virtual em estudos, pesquisas, lazer, social. Isso consome tempo e energia, como todas as outras atividades, cansa!

Em um momento relax, sou super a favor de desconectar. Na verdade tenho todos os dias meus momentos off.... olho no olho do marido e do filho. Grande privilégio e te convido a praticar esse exercício. É difícil ficar sem fazer nada, mas pequenas e simples atividades são de grande ajuda na higiene mental.

Esses dias ganhei um mimo de uma querida amiga, professora de história, Maria José. Além de dar a receita, presenteou com o fermento, que é o item da multiplicação. Fazer um pão, com as próprias mãos, é uma alquimia maravilhosa. Sua energia está ali, então, estar de corpo e alma em contato com o alimento é algo espetacular. Fazê-lo a 4 mãos, com o filhote de 1 ano e 10 meses é sublime, faz bem ao corpo e a alma.

A receita é muito simples, basta ter todos os ingredientes, você não levará mais que 1 hora em todo o processo. Que tal programar-se para esse final de semana??

Ingredientes:
2 xícaras (cha) de farinha de trigo
1 sachê de fermento biologico seco
1/2 colher (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) margarina
1 ovo
50 ml de leite morno
25 a 50 ml de água em temperatura ambiente

Modo de Fazer

Em um recipiente, misture a farinha, o fermento, o sal e o açúcar.
Abra um buraco no meio e adicione a margarina, o ovo e o leite.
Mexa, misturando bem.
Acrescente a água conforme sentir necessidade. 
Quando a massa estiver homogênea e grudando pouco, comece a sovar.
Sove bem até a massa ficar bem lisinha, clara e mais leve.
Forme uma bola. 
Deixe descansar por 20 a 30 minutos.
Modele a gosto e coloque em uma assadeira
Asse em forno pré aquecido a 200°, por cerca de 30 minutos ou até ficar dourado.

*Eu acrescentei fibra de trigo a receita.

**Alimentar, nutrir com amor e alegria, o pão simboliza tudo isso assim;
"Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão
Drão....
(Gilberto Gil)

Minha amiga é assim, não basta fazer o pão, tem que ter poesia!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Escolhendo a Escola do Seu Filho - Construtivismo

Em continuidade à série de textos para auxiliar as famílias na escola da escola, hoje discutiremos sobre o Construtivismo, que tem seu principal autor o francês Jean Piaget, Emília Ferrero

O construtivismo propõe que o aluno experimente e construa seu próprio conhecimento através de interações com o meio, através dos objetos e das pessoas.

Existem três palavras chaves quando nos referimos a essa pedagogia: 
Ação: O sujeito (criança) experimenta.
Assimilação: Modifica seus experimentos no intuito de verificar possibilidades
Acomodação: Fixação dos esquemas experimentados.

No construtivismo, a base do conhecimento é através de sua construção, ou seja, como o indivíduo faz para chegar ao resultado final. O processo é mais importante que o resultado, pois é nesse processo que ocorre o desenvolvimento global do indivíduo com seu meio. A construção é permanente, uma vez que o mundo está em constante movimento.

Nesta pedagogia, acredita-se que o conhecimento se transforma uma vez que não há "acúmulo de conhecimento" e sim novas interações, esquemas e novos entendimentos sobre esquemas já formados.

O professor e a escola são canais de problematização, ou seja, devem fornecer ao aluno a oportunidade de experimentação e construção de seus esquemas e aprendizagem. Deve ser uma escola que permita a reflexão e a auto avaliação, portanto, não rígida, respeitando o tempo de aprendizagem de cada indivíduo, a diversidade de interesses, culturas e conhecimentos. 

Essa escola deve fomentar a pesquisa, a resolução de problemas, o desenvolvimento de projetos e hipóteses.

As escolas, por conta das pesquisas de Piaget, podem ser divididas em ciclos:

0-2 anos: Fase Sensório Motor - onde o bebê passa a construir esquemas de ação para assimilar o meio. Noções de objeto, espaço e tempo, construídas através de ações, que aos poucos interagem entre si.

2-7 ou 8 anos: Fase Pré Operatória - Surge na criança a capacidade de substituir o objeto por uma representação, por isso a fase também é conhecida como Fase da Inteligência Simbólica. Atribui símbolos e faz uso de movimentos mais sofisticados e intuições.

8 - 11 anos: Fase Operatório Concreto - Onde a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, dependendo do mundo concreto para fazer suas conexões e aprendizagem. Percebe a reversibilidade, ou seja, que as ações podem ser desfeitas e refeitas de maneiras, muitas vezes, diferentes.

8 - 14 anos: Fase Operatório Formal - Quando a criança/adolescente é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções sem necessariamente depender apenas da observação da realidade, do concreto, aplicando raciocínio lógico a todas as classes de problemas.

De uma forma geral, a palavra chave é incitar a curiosidade através de experimentos e atividade que levem o aluno a construir seu conhecimento baseado em sua interação com o mundo em que vive e da forma como lhe é mais familiar.

*Em qualquer das pedagogias expostas, estamos apenas colocando uma ideia geral, pois como já disse, é muito difícil em poucas palavras, explicar toda uma vida de pesquisas e conceitos, mas como sempre de maneira didática, informar aos pais que procuram escola para seus filhos, um pequeno manual para verificar se a escola se encaixa no perfil de seu filho e de sua família.

*Salientamos também que qualquer que seja a escolha, é importante observar o desenvolvimento geral da criança, se ela continua animada e progredindo em um âmbito geral de vida, pois qualquer dificuldade, poderá interferir em seu desenvolvimento pedagógico.

Com relação aos pequenos, é importante verificar acima de tudo, a higiene, praticidade, e segurança do local, porém a escola de educação infantil ou maternal já pode indicar a pedagogia que a criança deverá seguir, oferecendo assim, segurança para seus "primeiros passos" na vida escolar.

Ainda temos muito o que debater, e verifiquem nas postagens anteriores o que já foi comentado.




quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Brinquedos Para Cada Idade

Nada mais singelo que
um menino e seu carrinho de madeira
Fundamental para o desenvolvimento de uma criança é a brincadeira, pois é durante a brincadeira que a criança se desenvolve, aprende sobre si mesmo, sobre o ambiente, sobre as pessoas que o cercam. Há quem diga que a brincadeira é o trabalho da criança. 

Com uma infinidade de brinquedos disponíveis, de diversas marcas e valores, muitas vezes é difícil escolher, ainda mais com os meios de comunicação e mídias tão agressivas, que acabam influenciando na escolha daqueles que já tem vontade própria. Sinceramente, os pais não deveriam se preocupar tanto com a quantidade de brinquedos, e não precisa também pagar tão caro. Muitas vezes, fazer o próprio brinquedo já é uma brincadeira, além de desenvolver diversas capacidades ligadas a coordenação motora.

Conhecendo as necessidades de cada idade, fica mais fácil decidir qual brinquedo comprar, e esse post também pode ajudar àqueles que querem comprar um presente mas não entendem nada de criança, por não conviver com elas (eu era assim...rs).

De 0 - 1 ano - Fase de grande desenvolvimento neural, a criança aprende que está viva e passa a perceber que tem tronco, braços, pernas, mãos e pés. A locomoção ainda é parcial, algumas passam a engatinhar por volta de 7 meses, os apressadinhos passam a dar os primeiros passos com 8 ou 9 meses. Os primeiros brinquedos devem ser sonoros e macios, coloridos e fáceis de manipular, incentivando assim a vontade de alcançá-los, tanto para o desenvolvimento da preensão manual, como mais ao fim da fase, incentivá-los a locomoção. Objetos de médio porte, agradáveis ao toque e com sonoridade moderada. É a fase do infinito joga-no-chão-e pega-de-novo. bonecos de pano, mordedores, livros de tecido, carrinhos ou bonecos de borracha que não soltem pedaços, chocalhos, móbiles, e mais ao fim da fase blocos de montar e encaixe. Que tal uma caixa surpresa com retalhos de tecidos de diversas texturas, bolas e brinquedos de diferentes tamanhos e cores, fotos da família.

1 - 3 anos - Que delícia! o bebê sai do colo e ganha o chão. Escala o berço, sobe na cadeira, se joga do sofá, corre pela casa!!! Ufa!!! A curiosidade está super aguçada mas a criança não tem maturidade para compreender o perigo. Brinquedos que incentivem a locomoção como empurrar e puxar, bolas. Brinquedos de encaixe, de montar, quebra cabeças simples, instrumentos musicais. Abrir e fechar ziper ou potes de rosquear, tanto grandes quanto pequenos, sempre sob supervisão pois ainda estão na fase oral (conhecem o mundo pela boca). do meio para o final da fase, começa um período ainda mais lúdico e do faz de conta. Fantasias mesmo que feitas de papel podem ser uma boa pedida para incentivar a imaginação. Tintas, giz, lápis já podem fazer parte das brincadeiras. A tal caixa surpresa pode conter caixas de diversos tamanhos para empilhar e encaixe, potes de rosquear de diversos tamanhos, potes para abrir e fechar, ziper, livros, bonecos ou recortes de revista para identificar partes do corpo, fotos da família.

3 - 5 anos - A criatividade e imaginação está a todo vapor, portanto a ideia das fantasias ainda está de pé e agora podem passar a encenar as histórias que ouvem. Desenhar, pintar, recortar, dobrar já vão entrando aos poucos para as crianças dessa idade. Argila, massinha de modelar, fantoches, máscaras, livros, revistas, instrumentos musicais. As crianças passam a imitar ainda mais os adultos, brincando de escola, casinha, médico, professor, polícia, bombeiro, heróis e princesas. Triciclos e bicicletas já agradam muito nessa fase.

5 - 7 anos - Já em fase de alfabetização, os jogos passam a entrar em cena, desenvolvendo assim o letramento e o conhecimento dos números. Damas, dominó, forca, memória, jogos com regras simples. Recortes, alinhavo, livros, bonecos, fantoches, carrinhos. A sociabilização está ainda mais evidente, então brinquedos que estimulem a troca e o comportamento em grupo. Bicicleta, skate e patins, sob orientação, já podem ser introduzidos ao final da fase.

7 - 12 anos - Ao final dessa fase, a criança já entra na adolescência. Os jogos ainda fazem sucesso, especialmente aqueles competitivos. A criança já domina bem o corpo e poderá andar de bicicleta, skate ou patins com mais segurança. As profissões ainda estão em alta, assim como tintas, costuras, recortes. Jogos ou brinquedos de montar e de raciocínio lógico. Jogos como tênis de mesa, basquete, botão, bolinha de gude, peão geralmente agradam.

O importante é incentivar a criança a brincar com brinquedos de verdade. Não que os eletrônicos não tenham seu valor, mas deixar o virtual de lado eleva a criatividade, estimula conexões cerebrais, tornando a criança bem melhor preparada para o mundo verdadeiro. 


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Terrible Two - Crise dos 2 anos

Eu não gosto de rotular meu filho. Não que Arthur seja diferente dos outros, claro que para mim ele é especial, mas realmente não gosto de rótulos!


Você que é mulher, não odeia quando, por qualquer irritação, alguém já relaciona a TMP, mesmo quando você está longe de seu ciclo? Ou em qualquer dor de estômago, já vem alguém e comenta: Ah! Tá gravida! Arrr...... Por isso não gosto de rótulos com as crianças! qualquer coisa é o dente, é a fase, é dor, é etc.... e de alguma maneira deixamos de observar a criança e passamos a observar o problema, ou a crise, ou a situação.

De qualquer maneira, não há como ignorar que as crianças passam por fases de desenvolvimento e mudam seu comportamento. Isso tem acontecido de maneira muito radical aqui em casa. Meu doce e amável menino, em uma semana, se transformou em um birrento e gritão! Tudo pra já e agora! E com gritos, choros e ranger de dentes. Ah! Aqueles que gostam de rotular também podem achar que é o "inferno astral" pois tem ocorrido próximo ao seu 2° aniversário (brincadeirinha!)

Por volta dos dois anos, as crianças passam a se perceber como indivíduos, que tem vontades e podem tomar decisões. Que ótimo, é sinal de amadurecimento, mas como na adolescência (sim, isso vai acontecer novamente), o mais fácil é agredir aos que estão ao seu redor (pais, avós, cuidadores) para conseguirem o que querem. Querem fazer prevalecer sua própria vontade, e como não tem argumentos, pois são imaturos, partem pra força bruta. 

Por conta dessa imaturidade neurológica, enfrentam até uma guerra interior com seus próprios sentimentos, ou seja, nem sabem o que querem.

Aqui em casa, o destino foi generoso e uniu duas pessoas que não gostam de briga. Ao longo de 10 anos, eu e Elliot brigamos 4 vezes, e nos acertamos no mesmo dia. Nunca bati e não pretendo agredir fisicamente meu filho. Respeito a todos, mas não é esse o tipo de educação que pretendemos usar com Arthur pois não acreditamos nela. Somos do diálogo e do debate, da criação com apego. Tenho vontade de "sair na mão" com alguns conhecidos e desconhecidos por aborrecimentos e falta de respeito, na rua. Me controlo, pois senão seria taxada de louca! Certamente voltaria com belos hematomas, além de ser uma cena patética (rs), porque com aquele que eu mais amo, parte de mim, preciso usar de violência? Penso que a violência entra onde a razão sai.... ponto de vista!

Como temos lidado com essa fase?

Muita Conversa!
Muita Paciência!
Contar até Mil - Duas Vezes!
Quando possível, saio de cena, deixo-o sozinho por algum momento para que eu possa esfriar minha cabeça, afinal também fico irritada!
Aproveito a oportunidade e, assim que as coisas se acalmam, ensino o comportamento correto.

Claro que não está resolvendo em um primeiro momento. Arthur tem batido no pai (algumas vezes) e em mim (poucas vezes). Dias atrás chorou cerca de 40 minutos porque não queria escovar os dentes (tive que fazê-lo a força). Está urgente, meio mal humorado com as pessoas. Para terem noção, não quis nem abrir os presentes do aniversário!!! Fui abrindo aos poucos, ele se alegrava e brincava com cada um.

Digo muitas vezes que o amo. Abraço muito, mesmo quando ele esperneia parecendo um peixe fora d'agua. Não quer comer (olha a vantagem de ter uma dieta saudável, não quer comida? Come fruta, cenoura baby, frutas secas, biscoito de arroz, suco natural, nem ligo!) usa o peito de chupeta, se irrita... Fora de casa, brincando, ele tem se comportado melhor, gastado energia, e os confrontos tem diminuído. Entre todo esse episódio de 3° guerra mundial, claro que ele, do nada, me chama, diz que me ama, me abraça, me beija muito, faz palhaçada, e eu morro de amores...

Quanto a nós, cansados pais, nos restam os lamentos, e aguardar que a fase passe. Não há muito o que fazer. Eu consolo meu marido, ele me consola, nos poucos momentos que temos de sossego. Compartilho meus dramas com algumas amigas, que estão passando ou já passaram por essa situação, meu marido se lamenta com seus amigos, e assim a vida caminha, na certeza de que a maternidade é igual a um jogo de vídeo game, cada fase mais difícil, e com uma recompensa mais gostosa.





Pão Integral Caseiro - Lugar de Criança é na Cozinha

A vida moderna tem suas vantagens e desvantagens, isso não é novidade para ninguém. A mulher ter cada vez mais espaço no mercado de trabalho não tira de suas costas a responsabilidade com a família, em especial com os filhos pequenos. No meu caso, não abro mão de acompanhar Arthur em sua primeira infância (espero que sempre, na verdade), fase essencial para sua formação emocional, de caráter, de valores morais e pessoais. Ainda amamento, acho super prazeroso essa intimidade, mas claro que tem seu momento de cansaço, pois esse "serviço" é insubstituível.

Além disso, tenho meus momentos de vida virtual em estudos, pesquisas, lazer, social. Isso consome tempo e energia, como todas as outras atividades, cansa!

Em um momento relax, sou super a favor de desconectar. Na verdade tenho todos os dias meus momentos off.... olho no olho do marido e do filho. Grande privilégio e te convido a praticar esse exercício. É difícil ficar sem fazer nada, mas pequenas e simples atividades são de grande ajuda na higiene mental.

Esses dias ganhei um mimo de uma querida amiga, professora de história, Maria José. Além de dar a receita, presenteou com o fermento, que é o item da multiplicação. Fazer um pão, com as próprias mãos, é uma alquimia maravilhosa. Sua energia está ali, então, estar de corpo e alma em contato com o alimento é algo espetacular. Fazê-lo a 4 mãos, com o filhote de 1 ano e 10 meses é sublime, faz bem ao corpo e a alma.

A receita é muito simples, basta ter todos os ingredientes, você não levará mais que 1 hora em todo o processo. Que tal programar-se para esse final de semana??

Ingredientes:
2 xícaras (cha) de farinha de trigo
1 sachê de fermento biologico seco
1/2 colher (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) margarina
1 ovo
50 ml de leite morno
25 a 50 ml de água em temperatura ambiente

Modo de Fazer

Em um recipiente, misture a farinha, o fermento, o sal e o açúcar.
Abra um buraco no meio e adicione a margarina, o ovo e o leite.
Mexa, misturando bem.
Acrescente a água conforme sentir necessidade. 
Quando a massa estiver homogênea e grudando pouco, comece a sovar.
Sove bem até a massa ficar bem lisinha, clara e mais leve.
Forme uma bola. 
Deixe descansar por 20 a 30 minutos.
Modele a gosto e coloque em uma assadeira
Asse em forno pré aquecido a 200°, por cerca de 30 minutos ou até ficar dourado.

*Eu acrescentei fibra de trigo a receita.

**Alimentar, nutrir com amor e alegria, o pão simboliza tudo isso assim;
"Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão
Drão....
(Gilberto Gil)

Minha amiga é assim, não basta fazer o pão, tem que ter poesia!

Escolhendo a Escola do Seu Filho - Construtivismo

Em continuidade à série de textos para auxiliar as famílias na escola da escola, hoje discutiremos sobre o Construtivismo, que tem seu principal autor o francês Jean Piaget, Emília Ferrero

O construtivismo propõe que o aluno experimente e construa seu próprio conhecimento através de interações com o meio, através dos objetos e das pessoas.

Existem três palavras chaves quando nos referimos a essa pedagogia: 
Ação: O sujeito (criança) experimenta.
Assimilação: Modifica seus experimentos no intuito de verificar possibilidades
Acomodação: Fixação dos esquemas experimentados.

No construtivismo, a base do conhecimento é através de sua construção, ou seja, como o indivíduo faz para chegar ao resultado final. O processo é mais importante que o resultado, pois é nesse processo que ocorre o desenvolvimento global do indivíduo com seu meio. A construção é permanente, uma vez que o mundo está em constante movimento.

Nesta pedagogia, acredita-se que o conhecimento se transforma uma vez que não há "acúmulo de conhecimento" e sim novas interações, esquemas e novos entendimentos sobre esquemas já formados.

O professor e a escola são canais de problematização, ou seja, devem fornecer ao aluno a oportunidade de experimentação e construção de seus esquemas e aprendizagem. Deve ser uma escola que permita a reflexão e a auto avaliação, portanto, não rígida, respeitando o tempo de aprendizagem de cada indivíduo, a diversidade de interesses, culturas e conhecimentos. 

Essa escola deve fomentar a pesquisa, a resolução de problemas, o desenvolvimento de projetos e hipóteses.

As escolas, por conta das pesquisas de Piaget, podem ser divididas em ciclos:

0-2 anos: Fase Sensório Motor - onde o bebê passa a construir esquemas de ação para assimilar o meio. Noções de objeto, espaço e tempo, construídas através de ações, que aos poucos interagem entre si.

2-7 ou 8 anos: Fase Pré Operatória - Surge na criança a capacidade de substituir o objeto por uma representação, por isso a fase também é conhecida como Fase da Inteligência Simbólica. Atribui símbolos e faz uso de movimentos mais sofisticados e intuições.

8 - 11 anos: Fase Operatório Concreto - Onde a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, dependendo do mundo concreto para fazer suas conexões e aprendizagem. Percebe a reversibilidade, ou seja, que as ações podem ser desfeitas e refeitas de maneiras, muitas vezes, diferentes.

8 - 14 anos: Fase Operatório Formal - Quando a criança/adolescente é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções sem necessariamente depender apenas da observação da realidade, do concreto, aplicando raciocínio lógico a todas as classes de problemas.

De uma forma geral, a palavra chave é incitar a curiosidade através de experimentos e atividade que levem o aluno a construir seu conhecimento baseado em sua interação com o mundo em que vive e da forma como lhe é mais familiar.

*Em qualquer das pedagogias expostas, estamos apenas colocando uma ideia geral, pois como já disse, é muito difícil em poucas palavras, explicar toda uma vida de pesquisas e conceitos, mas como sempre de maneira didática, informar aos pais que procuram escola para seus filhos, um pequeno manual para verificar se a escola se encaixa no perfil de seu filho e de sua família.

*Salientamos também que qualquer que seja a escolha, é importante observar o desenvolvimento geral da criança, se ela continua animada e progredindo em um âmbito geral de vida, pois qualquer dificuldade, poderá interferir em seu desenvolvimento pedagógico.

Com relação aos pequenos, é importante verificar acima de tudo, a higiene, praticidade, e segurança do local, porém a escola de educação infantil ou maternal já pode indicar a pedagogia que a criança deverá seguir, oferecendo assim, segurança para seus "primeiros passos" na vida escolar.

Ainda temos muito o que debater, e verifiquem nas postagens anteriores o que já foi comentado.




Brinquedos Para Cada Idade

Nada mais singelo que
um menino e seu carrinho de madeira
Fundamental para o desenvolvimento de uma criança é a brincadeira, pois é durante a brincadeira que a criança se desenvolve, aprende sobre si mesmo, sobre o ambiente, sobre as pessoas que o cercam. Há quem diga que a brincadeira é o trabalho da criança. 

Com uma infinidade de brinquedos disponíveis, de diversas marcas e valores, muitas vezes é difícil escolher, ainda mais com os meios de comunicação e mídias tão agressivas, que acabam influenciando na escolha daqueles que já tem vontade própria. Sinceramente, os pais não deveriam se preocupar tanto com a quantidade de brinquedos, e não precisa também pagar tão caro. Muitas vezes, fazer o próprio brinquedo já é uma brincadeira, além de desenvolver diversas capacidades ligadas a coordenação motora.

Conhecendo as necessidades de cada idade, fica mais fácil decidir qual brinquedo comprar, e esse post também pode ajudar àqueles que querem comprar um presente mas não entendem nada de criança, por não conviver com elas (eu era assim...rs).

De 0 - 1 ano - Fase de grande desenvolvimento neural, a criança aprende que está viva e passa a perceber que tem tronco, braços, pernas, mãos e pés. A locomoção ainda é parcial, algumas passam a engatinhar por volta de 7 meses, os apressadinhos passam a dar os primeiros passos com 8 ou 9 meses. Os primeiros brinquedos devem ser sonoros e macios, coloridos e fáceis de manipular, incentivando assim a vontade de alcançá-los, tanto para o desenvolvimento da preensão manual, como mais ao fim da fase, incentivá-los a locomoção. Objetos de médio porte, agradáveis ao toque e com sonoridade moderada. É a fase do infinito joga-no-chão-e pega-de-novo. bonecos de pano, mordedores, livros de tecido, carrinhos ou bonecos de borracha que não soltem pedaços, chocalhos, móbiles, e mais ao fim da fase blocos de montar e encaixe. Que tal uma caixa surpresa com retalhos de tecidos de diversas texturas, bolas e brinquedos de diferentes tamanhos e cores, fotos da família.

1 - 3 anos - Que delícia! o bebê sai do colo e ganha o chão. Escala o berço, sobe na cadeira, se joga do sofá, corre pela casa!!! Ufa!!! A curiosidade está super aguçada mas a criança não tem maturidade para compreender o perigo. Brinquedos que incentivem a locomoção como empurrar e puxar, bolas. Brinquedos de encaixe, de montar, quebra cabeças simples, instrumentos musicais. Abrir e fechar ziper ou potes de rosquear, tanto grandes quanto pequenos, sempre sob supervisão pois ainda estão na fase oral (conhecem o mundo pela boca). do meio para o final da fase, começa um período ainda mais lúdico e do faz de conta. Fantasias mesmo que feitas de papel podem ser uma boa pedida para incentivar a imaginação. Tintas, giz, lápis já podem fazer parte das brincadeiras. A tal caixa surpresa pode conter caixas de diversos tamanhos para empilhar e encaixe, potes de rosquear de diversos tamanhos, potes para abrir e fechar, ziper, livros, bonecos ou recortes de revista para identificar partes do corpo, fotos da família.

3 - 5 anos - A criatividade e imaginação está a todo vapor, portanto a ideia das fantasias ainda está de pé e agora podem passar a encenar as histórias que ouvem. Desenhar, pintar, recortar, dobrar já vão entrando aos poucos para as crianças dessa idade. Argila, massinha de modelar, fantoches, máscaras, livros, revistas, instrumentos musicais. As crianças passam a imitar ainda mais os adultos, brincando de escola, casinha, médico, professor, polícia, bombeiro, heróis e princesas. Triciclos e bicicletas já agradam muito nessa fase.

5 - 7 anos - Já em fase de alfabetização, os jogos passam a entrar em cena, desenvolvendo assim o letramento e o conhecimento dos números. Damas, dominó, forca, memória, jogos com regras simples. Recortes, alinhavo, livros, bonecos, fantoches, carrinhos. A sociabilização está ainda mais evidente, então brinquedos que estimulem a troca e o comportamento em grupo. Bicicleta, skate e patins, sob orientação, já podem ser introduzidos ao final da fase.

7 - 12 anos - Ao final dessa fase, a criança já entra na adolescência. Os jogos ainda fazem sucesso, especialmente aqueles competitivos. A criança já domina bem o corpo e poderá andar de bicicleta, skate ou patins com mais segurança. As profissões ainda estão em alta, assim como tintas, costuras, recortes. Jogos ou brinquedos de montar e de raciocínio lógico. Jogos como tênis de mesa, basquete, botão, bolinha de gude, peão geralmente agradam.

O importante é incentivar a criança a brincar com brinquedos de verdade. Não que os eletrônicos não tenham seu valor, mas deixar o virtual de lado eleva a criatividade, estimula conexões cerebrais, tornando a criança bem melhor preparada para o mundo verdadeiro. 


 
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