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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Aleitamento Materno: como conciliar a volta ao trabalho e a amamentação

Nessa Semana Mundial do Aleitamento Materno, trago novamente uma matéria da dra. Luciana Herrero, pediatra e consultora internacional de amamentação pelo IBLCE/EUA (International Board of Lactation Consultant Examiners), orientando sobre como as mulheres que optam por manter o aleitamento materno, mesmo após a volta ao trabalho.

Independente da opção da mãe, pessoalmente acredito, e isso se confirma no texto da dra., o retorno ao trabalho é um dos momentos mais difíceis na vida da mãe, eu mesma registrei minhas dificuldades neste post.

Amamentação é muito importante para a saúde do bebê e da mãe. Isso todo mundo já sabe de cor! Mas, vencer os desafios inerentes a esse ato, nem sempre é fácil. Passado os desafios iniciais do primeiro mês de vida do bebê, o outro momento mais crítico e que coloca em risco todo o esforço e luta depositados na amamentação é o retorno da mulher no trabalho. Esse é um período em que normalmente há introdução de outros leites ou até ocorre o desmame (interrupção total da amamentação). Por isso, o tema deste ano da Semana Mundial de Aleitamento Materno (entre 1 e 8 de agosto) será “Amamentação e Trabalho: para dar certo, o compromisso é de todos”.

Luciana Herrero, explica que ainda existe um descompasso entre as necessidades para saúde do bebê e os direitos que protegem as mães trabalhadoras. “Não podemos negar que nas últimas décadas houveram avanços. Contudo, ainda estamos muito distantes do necessário. Para uma mulher trabalhadora conseguir oferecer exclusivamente seu leite ao bebê até os seis meses de idade é necessário muito mais que boa vontade e empenho. É preciso um trabalho de equipe, com o apoio familiar e dos colegas de trabalho, principalmente dos superiores”, explica a especialista.

Para ajudar as mamães nesse processo, Dra. Lu, como costuma ser chamada por seus pacientes, listou algumas ações simples para combinar sucesso amamentação e trabalho:

Na gestação:
- Acreditar desde a gestação que é possível amamentar: otimismo, perseverança e fé fazem milagres acontecerem. E tem ajudado a muitas mulheres a superar os obstáculos iniciais.

- Criar rede de apoio: pedir colaboração da família e de amigos próximos é muito importante. Eles poderão não só dar estímulo, mas também na ajudar na prática, como levar o bebê para mamar no trabalho da mãe (quando possível).

- Procurar um pediatra que apoie a causa e sigam o protocolo da Sociedade Brasileira de Pediatria, ou seja, não prescrever a mamadeira e leites complementares logo que a mulher volta a trabalhar, por exemplo.

- Criar rede de apoio no trabalho: buscar sensibilizar colegas, chefe e até o setor de recursos humanos. Quem sabe a empresa não se sensibiliza e implanta uma sala de apoio à amamentação. Não é difícil, nem requer muitos recursos. E o Ministério da Saúde oferece consultoria gratuita sobre o assunto. Esta mais do que comprovado que quando a mulher trabalhadora amamenta os benefícios também são para a empresa, pois aumenta a produtividade e diminui as faltas, já que os filhos são mais saudáveis.

Na licença maternidade:
- Amamentar em livre demanda, ou seja, dar de mamar sem ter horários rígidos, quantas vezes o bebê quiser e por quanto tempo desejar.

- Fazer estoque de leite no congelador: retirar o leite materno e acondicionar em frascos esterilizados e congelá-los para que seja oferecido ao bebê quando a mãe estiver trabalhando. O leite congelado em casa, sem pausterizar, dura no freezer 15 dias. Mas, se pausterizado no banco de leite pode durar seis meses. Procurar um banco de leite para receber as informações de como ordenhar e conservar é muito importante.

- Não dar ouvidos aos maus conselhos: não são poucas as pessoas que dizem que o bebê precisa ir se acostumando com a mamadeira e os outros leites, para quando a mãe for trabalhar. Mas, essa informação além de incorreta é prejudicial, pois favorece ao desmame. Os bebês não precisam se acostumar com o leite ou com o bico antecipadamente. Se for necessário a alimentação complementar ele a receberá na hora necessária. Se essa orientação vier de um pediatra, procure uma segunda opinião junto ao profissional que abrace de verdade a causa da amamentação. Peça indicação aos amigos, doulas ou banco de leite.

Após o retorno ao trabalho:
- Ordenhar a mama no trabalho: a cada três horas é importante que a mãe manipule as mamas, retirando o leite que ali se encontra. Se houver onde e como armazenar, ótimo! Caso contrário, ordenhe nem que seja para desprezar o conteúdo. Isso é importante para que a produção do leite não seja diminuída.

- Armazenar o leite para seu bebê: várias empresas possuem um espaço privativo (que não o banheiro) para realizar a ordenha e uma geladeira para armazenar o leite. É a chamada sala de apoio à amamentação. Esse espaço possibilita que a mãe colha hoje o leite que seu bebê tomará amanhã, enquanto estiver trabalhando.

- Fugir das mamadeiras: os bicos são inimigos número um da amamentação pois causam confusão nos bebês e favorecem o desmame. O ideal é que o leite (ordenhado da mãe ou as fórmulas lácteas) sejam dadas para o bebê no copinho ou na colherzinha.

- Quando estiver em casa, amamentar em livre demanda: é muito importante que a mãe ofereça seu seio em livre demanda quando estiver em casa, durante o dia e à noite.  Pode ser apenas de manhã (antes de sair ou ao voltar), mas manter as mamadas frequentes enquanto você estiver junto com o bebê é muito importante, especialmente nos primeiros seis meses de vida.   As mamadas noturnas podem ser cansativas, mas são fundamentais para manter uma boa produção de leite materno, pois é a hora de maior liberação da prolactina, hormônio que controla a produção do leite humano.

- Conversar com o pediatra para tentar antecipar a alimentação complementar: em alguns casos particulares, quando o bebê tem mais de quatro meses, e a mãe (apesar de todo esforço) não está conseguindo a quantidade de leite materno necessária para oferecer ao bebê em sua ausência pode-se antecipar a alimentação complementar. Não é o ideal, mas é uma alternativa possível para reduzir danos à saúde do bebê. Pois, procurar resguardar a amamentação é muito importante.

Adicionalmente, Dra. Lu sugere que as mães e família procurem soluções criativas para estar com o bebê o máximo possível. Pode ser dar uma fugidinha para amamentar no intervalo do almoço, pedir para alguém levar o bebê ao local de trabalho, flexibilizar o horário, remanejar o caminho para passar perto de casa por alguns minutos. Mesmo que a amamentação não seja exclusiva, é sempre preferível a amamentação complementada com outros leites ou com alimentos (4-6 meses) ao desmame total. E finaliza: “o que nos dá esperança é saber que felizmente muitas brasileiras tem conseguido conciliar com sucesso trabalho e amamentação. Mas, para isso seja cada vez mais frequente informação adequada desde a gestação e apoio familiar e profissional são peças fundamentais”.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Atividade Física - Amamentação e Pós Parto

A primeira semana do mês de agosto celebra-se a Semana Mundial do Aleitamento Materno - SMAM, e eu, como ativista da amamentação, tenho colocado no instagram , 7 postagens para celebração dessa semana, bem como conscientização da importância da amamentação.

Me digo ativista pelo sentido literal da palavra - de ser ativa na amamentação - uma vez até hoje, Arthur com 2 anos e 7 meses, ainda mama!

"Como tantas mães de primeira viagem e fisicamente ativa, também pesquisei muito durante a gestação como seria minha vida durante a amamentação: medo de "estragar" o gosto do leite, medo de secar o leite, medo de atrapalhar a qualidade do leite e tantos outros medos por conta da responsabilidade natural da maternidade.



Infelizmente não há tanta pesquisa científica, é de se compreender pois em um momento tão delicado e intimo, não é fácil achar quem vai querer se submeter a pesquisas de campo enquanto amamenta, afinal, somam-se as atividades com a chegada do bebê, dali a um tempo mãe volta ao trabalho, criança é desmamada ou desmama, a vida torna-se realmente mais dinâmica.

O que vou escrever aqui tem um pouco sim de minhas pesquisas, feitas com pesquisadores brasileiros ou americanos. Algumas pesquisas indicam, mas pouco conclusivas, que exercícios muito intensos poderiam afetar o sabor do leite, por conta da produção de acido lático. Mas veja - Exercícios Muito Intensos. A grande maioria das mulheres faz realmente o repouso pós parto e durante a amamentação. Até porque, os hormônios responsáveis pela amamentação são contrários aos hormônios da produção de força, o que praticamente nos impedem de executar exercícios extenuantes. Ou seja, nosso maravilhoso organismo já regula aquilo que podemos ou não realizar durante esse período em que precisamos nos dedicar à nossa cria.

Já exercícios moderados podem inclusive auxiliar na questão da amamentação: Estando a mulher mais relaxada, tendo ela liberado hormônios de bem estar durante a atividade física (adrenalina e endorfina), ocorreria uma produção elevada de hormônios de um modo geral, inclusive prolactina (leite) e ocitocina, justamente por conta de uma maior oxigenação das células por conta da atividade.

Ao longo desses 2 anos e 7 meses amamentando Arthur, ele jamais rejeitou o peito, e olha que depois de um tempo, passei a me exercitar normalmente. Portanto, por minha experiência própria, não houve alteração no sabor que justificasse um desmame. 

Sem contar que atividade física durante a amamentação auxilia na perda do peso ganhado durante a gravidez, e claro que qualquer mulher vaidosa se interessa por isso.

Portanto mamães e futuras mamães (e papais também, pois muitos meninos visitam esse espaço), atividade física pode ser mantida durante todas as etapas da vida familiar, é inclusive indicado.

Mas atenção:

Hidratação - Você já deve saber que a mulher precisa de muitos liquidos durante a amamentação, ainda mais durante a atividade física.

Alimente-se - Durante a amamentação a mulher gasta cerca de 500 kcal a mais para a produção de leite, então nada de fazer dietas rigorosas, a hora é de pensar no bebê e também na sua saúde

Atividade física regular, alimentação saudável e livre de besteiras é sempre a melhor pedida!"

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Semana Mundial do Aleitamento Materno - SMAM 2015

A Semana Mundial do Aleitamento Materno existe para conscientizar as mamães da importância do aleitamento materno. Infelizmente, poucas mulheres ainda amamentam seus filhos exclusivamente até os 6 meses como recomenda a OMS (Organização Mundial da Saúde). Tantas outras interrompem por inúmeros motivos.

Esse assunto já foi discutido aqui no blog, porque quando eu engravidei, jamais imaginei que seria como uma "ativista" da amamentação, fiz um relato pessoal sobre minhas experiências e impressões.
Depois fui convidada para um bate papo com a Dra. Luciana Herrero, pediatra e especialista no assunto, e transcrevi aqui nossa conversa e um vídeo bem legal sobre a ordenha manual.

Me digo "ativista" pois amamento Arthur até hoje, aos 2 anos e meio. Ele é muito bem desenvolvido, saudável e come bem. Até porque, amamentação vai além da nutrição. E a atividade física em nada atrapalha esse momento, como também já escrevi aqui.

Em agosto, mês da Semana Mundial do Aleitamento Materno (de 1 a 8 de agosto), esses temas ficam ainda mais em evidência.

Para ajudar a mulher e família a conquistar a confiança necessária para o sucesso na amamentação, o Dr. Achilles Cruz, especialista em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, esclarece algumas dúvidas mais frequentes:


1-      Amamentar dói.

Nem mito, nem fato. Vai depender de uma série de fatores como sensibilidade da mãe, se o bebê suga o peito da forma correta, estado emocional da mulher, entre outros. Normalmente, a mulher não sente nenhuma dor. É importante observar se o bebê abocanha a aréola e não somente o mamilo (bico). É nessa região que ficam os bolsões de leite. Dessa forma, evita-se as rachaduras que provocam dor durante as mamadas.

2-      Seio pequeno não produz leite.


Mito. O tamanho do seio não tem influência nenhuma no sucesso da amamentação!  O que faz a diferença no tamanho dos seios não é a quantidade de glândulas, mas a quantidade de gordura de cada mama. As células produtoras (glândulas mamárias) e os ductos de leite são os mesmos em todas as mulheres, até mesmo naquelas que fizeram cirurgia plástica para colocar prótese de silicone. Só no caso de cirurgias redutoras é que este número pode ser reduzido. É mito associar tamanho de seio com fartura de leite.  O processo de produção do leite começa durante a gravidez quando o tecido glandular já começa a ser preparado. Por isso, os seios vão ficando maiores principalmente no final da gestação. Após o parto, a resposta hormonal estimula as glândulas mamárias a produzir o leite e a conduzi-lo por meio dos seios até o bico para que o bebê possa mamar. A produção aumenta gradativamente. Assim, a quantidade de leite que seu filho vai receber depende das suas próprias necessidades, e de quanto a mama seja estimulada adequadamente. Quanto mais ele sugar, mais leite será produzido.

3-      Amamentar é um ótimo anticoncepcional.
Mito. Algumas mulheres podem voltar a ovular mesmo no período da amamentação quando o ciclo menstrual está bloqueado devido à supressão dos hormônios. E para que funcione é necessário que a amamentação seja exclusiva com as mamadas muito frequentes, com curtos intervalos entre uma e outra. Como esta rotina não é para todas, o ideal é que ela já comece a adotar algum tipo de método contraceptivo a partir da sexta semana após o parto. Logo no primeiro retorno ao ginecologista, o ideal é que a mãe converse sobre o método mais adequado para evitar uma nova gravidez em pouco tempo. Ele irá orientá-la sobre o uso de camisinha, DIU, implantes ou até mesmo as pílulas de progestagênio, que são as mais indicadas para esse período.


4-      A mulher que está amamentando pode tomar qualquer tipo de pílula.
Mito. Existe uma pílula anticoncepcional desenvolvida especialmente para as mamães que estão amamentando. São compostas de progestagênio, hormônio que inibe a ovulação. Conhecidas como minipílulas, elas podem ser tomadas a partir da sexta semana depois do parto. Como são livres de estrogênio, não inibem a produção de leite materno nem tampouco interferem na sua qualidade e volume. Outro benefício é que seu princípio ativo não passa para o leite, não alterando seu gosto ou qualidade. E, então, a mulher terá segurança dupla. Primeiro quanto ao seu filho e depois com uma nova gestação durante essa fase. Segundo o médico, as mulheres que estão amamentando não podem usar as pílulas comuns, chamadas hormonais combinadas, porque podem diminuir a quantidade do leite além de transferir o hormônio feminino para ele e, consequentemente, para a criança.

5-      Engravidar enquanto está amamentando é benéfico.

Mito. Não existe um intervalo estabelecido entre uma gravidez e outra, porém, é aconselhável que a mulher não engravide enquanto estiver amamentando, porque a sobrecarga da amamentação somada a uma nova gestação pode comprometer a saúde da mãe, caso ela não tenha uma condição nutricional adequada. 


6-      A alimentação da mãe influencia o leite.
Fato. Tudo o que a mãe come acaba passando para o leite materno. Por isso, é importante que a mulher faça uma dieta saudável e beba bastante líquido nesse período. O consumo de bebidas alcoólicas ou cigarros é contraindicado. Medicamentos, por exemplo, só devem ser tomados com orientação médica.

7-      O leite materno pode ser fraco.
Mito. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, muitas mulheres têm essa percepção porque comparam seu leite ao da vaca que é mais denso e consistente, tem moléculas maiores e sua digestão é bem mais lenta. O leite materno tem 97% de água e, por isso, é facilmente digerido e logo o bebê sente fome novamente. Além disso, o leite humano é composto por células vivas que transferem para o bebê a imunidade materna aos agentes infecciosos. Os glóbulos brancos presentes nele levam os anticorpos da mãe para o filho. O que poucas mulheres sabem é que quando o bebê começa a sugar, o leite materno tem maior concentração de água mesmo, é normal, é chamado de “anterior”. Nessa fase, ele contém ainda vitaminas, minerais e anticorpos. Após um tempinho de mamada, começa a descer o leite que chamamos de “posterior”, que é mais rico em gordura, que fornece mais energia e permite que o bebê fique satisfeito e ganhe peso. Por isso, a recomendação é que a mãe ofereça um seio por mamada, ou seja, que a mamada não seja interrompida até que o bebê consiga ingerir bastante quantidade do leite posterior, que tem mais gordura. Somente depois de esvaziar uma mama, se necessário, o outro seio deve ser oferecido, o que normalmente com bebês maiores, que já mamam muito. Desse jeito você garante que o bebê retire do peito o leite anterior, rico em água, e o posterior, rico em gordura.

8-      Na volta ao trabalho, o leite seca.
Nem mito, nem fato. Caso a mulher consiga fazer a ordenha no trabalho e guardar na geladeira, ou ainda sair para amamentar o bebê durante o expediente, a produção de leite vai se manter inalterada. Muitas empresas possuem um espaço privativo para realizar a ordenha e uma geladeira para armazenar o leite. E, quando estiver com o filho em casa, antes ou depois do trabalho, deve oferecer o leite em livre demanda, ou seja, por quanto tempo o bebê quiser. As mamadas noturnas podem ser cansativas, mas são fundamentais para manter uma boa produção de leite materno, pois é a hora de maior liberação da prolactina, hormônio que controla a produção do leite humano.



9-      Prótese de silicone atrapalha a amamentação.

Mito. Com as técnicas atuais de colocação de próteses mamárias, geralmente não, mas dependendo da técnica pode atrapalhar a amamentação por interferir na quantidade e na saída/retirada do leite, mas não na qualidade dele.

10-   Estresse e nervosismo atrapalham a produção de leite.
Fato. Quando a mulher está muito cansada ou ansiosa, a produção do hormônio ocitocina, que é o responsável pela vasão do leite, é reduzida. O que pode prejudicar a descida do leite, e em casos graves até secar o leite!

  

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Amamentação, Bico Rachado, Leite Fraco, Peito Empedrado e Método Anticonceptivos Durante a Amamentação

Há poucas semanas fui convidada para participar de um bate papo com a Dra. Luciana Herrero, pediatra, consultora internacional de amamentação pelo IBLCE/USA e autora dos livros "O diário de bordo da família grávida" e "O diário de bordo do parto".

Quando engravidei, escolhi o parto normal e amamentar meu filho o quanto fosse necessário. Jamais imaginaria que de alguma maneira me tornaria uma "ativista" de amamentação. Coloquei entre aspas, pois apesar de defender a amamentação e amamentar Arthur até hoje (ele tem 2 anos e meio - eu jamais fiz uma mamadeira na vida!), respeito as histórias das mulheres que de alguma maneira não amamentaram.

Muito se discute a respeito desse ato, que, apesar de natural, pode não ser tão simples assim.

Existem sim mulheres que enfrentam dificuldades em amamentar e que por alguma razão não produzem leite. Precisam de atenção e cuidados especiais para que sua produção aconteça normalmente. Nesse bate papo com a Dra.Luciana, estiveram presentes cerca de 12 mães, cada uma com sua história diferente, e tantas outras que conheci após me tornar mãe e me interessar pelo assunto.

O que realmente não acredito é que o leite materno é fraco. Uma vez que a mulher tem leite, apenas uma pesquisa científica séria me fará acreditar que aquele leite, produzido de maneira artesanal por nosso organismo, não é o suficiente para atender aquele pequeno que nós mesmas geramos... ah! Nisso não consigo acreditar. Para mim ainda é uma armadilha da indústria alimentícia para alavancar vendas de produtos industrializados. Senão, como as mães índias, ou africanas, ou de qualquer local que não tenha acesso a esses produtos, tem seus filhos e eles crescem, saudáveis também?


De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, as pessoas tem a impressão que o leite materno é fraco, pois ao compararmos a consistência do leite de vaca, que é mais denso e consistente, o leite materno é composto de 97% de água, e facilmente digerido. Logo o bebê sente fome mais rápido quando comparado a um leite industrializado que demora mais para ser digerido. O leite humano contém células vivas que transferem ao bebê a imunidade, levando os anticorpos da mãe para o filho. 

O primeiro leite sugado, chamado de leite anterior, contém vitaminas, minerais e anticorpos. Após algum tempo de mamada, o leite passa a vir com mais gordura, permitindo ao bebê a saciedade necessária, ganhando peso. É chamado de leite posterior. Por isso é importante que o bebê mame toda uma mama e depois vá para a outra, garantindo assim que haja uma amamentação mais adequada. E também a alternância da mama: iniciar sempre pela última mama que o bebê sugou. 

Mas não quero mesmo polemizar. Cada mãe que sinta o que é melhor para seu momento e sua família. Quero mesmo compartilhar as informações preciosas que compartilhamos e aprendemos com a Dra. Luciana.

É preciso sim preparo e informações para que a amamentação aconteça de maneira natural e prazerosa. Meu parto foi normal e minha pressão ficou muito baixa. Arthur foi para o berçário, uma vez que eu fiquei em observação e repouso por algumas horas. Mesmo após irmos para o quarto, eu ainda não tinha leite. O primeiro dia, Arthur dormiu muito. No segundo dia, ele chorava, acredito que com fome. Foi somente no segundo dia que ele finalmente pegou o bico e conseguiu mamar. Uma enfermeira me ensinou como ele deveria pegar o bico, abocanhando toda a auréola, mas que nas primeiras vezes eu precisaria literalmente colocar o bico na boca dele.

Eu até usei uma pomada preparatória para o bico, mas de verdade, errei, pois o bico não precisa de emoliência para se preparar para o atrito que passaria a acontecer ali. Portanto, o ideal é apenas sol, se possível. Após o parto, hidratar as rachaduras com o próprio leite, exceto se houver fissuras realmente profundas, poderão ser tratadas com pomada específica. Em pouco tempo o bico se acostuma a demanda.

Quanto ao leite empedrado. É natural que em um primeiro momento haja uma produção acelerada de leite, levando ao "empedramento", isso é, excesso de leite na mama. Isso acontece porque o organismo ainda não sabe o quanto será necessário para suprir a demanda do bebê. A mama fica regurgitada, cheia, como se tivesse endurecida. Os dutos mamários estão muito cheios e a mama fica tal qual uma bexiga bem cheia. Faça esse teste. Não daria para sugar essa bexiga se fosse preciso. É necessário um prévio esvaziamento da mama para que o bebê consiga mamar e dessa forma, também não te machuca. É a ordenha manual , e a Dra. Luciana mostrou em um vídeo super didático como proceder:


Outra questão levantada no encontro, foi quanto ao método anticoncepcional durante amamentação.

Ficamos restritas a diversos tipos de medicamentos, pois interferem diretamente na amamentação. Tudo que ingerimos de alguma maneira vai direto para o bebê, especialmente quando alimentados exclusivamente de leite materno (LM). Inclusive as pílulas anticoncepcionais convencionais, pois contém hormônios que podem interferir na produção de leite. Por essa mesma razão, devemos adotar uma dieta equilibrada, natural e investir em muito líquido, especialmente água.

Nesse período são indicados, por ordem de segurança quanto a transmissão de doenças e gravidez:

1 - Preservativos (camisinha)
2 - DIU (especialmente os sem hormônios)
3 - Pílulas de progestagênio (inibem a ovulação, sem interferir na produção de leite)

Uma nova gravidez durante o período de amamentação deve ser acompanhada por um nutricionista, pois a mamãe enfrentará grande demanda energética.

Peito pequeno e bico "invertido" também são capazes de produzir leite e amamentarem de maneira igual a qualquer outra mulher. 

Agora, se há algo que realmente atrapalhe esse momento é o estresse, pois o hormônio ocitocina, que é responsável pela vazão do leite, é reduzido, o que pode diminuir ou até mesmo interromper a produção de leite. Portanto, tente relaxar. Largue tudo, olhe no olho e pense, é um momento único, com cada filho, que uma vez interrompido, não volta mais!

Quanto ao bebê fazer da mãe de chupeta: mamadas e crianças existem desde antes da criação da chupeta. As vezes a criança quer o afago da mãe e recorre ao peito, que é uma ligação extremamente íntima. É ruim? Talvez, porque nos prende. Mas do ponto de vista nutricional e afetivo, não há nada de ruim, pelo contrário, estreita os laços entre mãe e filho. A criança que se sente segura não é dependente.

Em especial para aquelas que decidiram amamentar por mais tempo, como euzinha aqui, o sistema imunológico da criança está em formação. Se resta alguma dúvida que o leite materno possa alimentar uma criança de 2 anos, com certeza fortalece o sistema imunológico, pois através do leite existe aquela troca de glóbulos brancos contendo agentes imunizadores importantíssimos. 

Enfim, não há manual para ser mãe. Se houvesse, não haveriam tantos (rsrsrs). Siga seu instinto materno, em primeiro lugar. Informe-se e aproveite. Essa fase passa voando.

Esse encontro foi promovido pela Libbs Farmacêutica, a quem agradeço a oportunidade e o conteúdo disponibilizado.




segunda-feira, 30 de junho de 2014

Amamentação e Atividade Física

Como tantas mães de primeira viagem e fisicamente ativa, também pesquisei muito durante a gestação como seria minha vida durante a amamentação: medo de "estragar" o gosto do leite, medo de secar o leite, medo de atrapalhar a qualidade do leite e tantos outros medos por conta da responsabilidade natural da maternidade.

Eu e Arthur na academia, logo após o treino


Infelizmente não há tanta pesquisa científica, é de compreender pois em um momento tão delicado não é fácil quem vai querer se submeter a pesquisas de campo enquanto amamenta, afinal, somam-se as atividades com a chegada do bebê, dali a um tempo mãe volta ao trabalho, criança é desmamada ou desmama, a vida torna-se realmente mais dinâmica.

O que vou escrever aqui tem um pouco sim de minhas pesquisas, feitas com pesquisadores brasileiros ou americanos. Algumas pesquisas indicam, mas pouco conclusivas, que exercícios muito intensos poderiam afetar o sabor do leite, por conta da produção de acido lático. Mas veja - Exercícios Muito Intensos. A grande maioria das mulheres faz realmente o repouso pós parto e durante a amamentação. Até porque, os hormônios responsáveis pela amamentação são contrários aos hormônios da produção de força, o que praticamente nos impedem de executar exercícios extenuantes. Ou seja, nosso maravilhoso organismo já regula aquilo que podemos ou não realizar durante esse período em que precisamos nos dedicar à nossa cria.

Já exercícios moderados podem inclusive auxiliar na questão da amamentação: Estando a mulher mais relaxada, tendo ela liberado hormônios de bem estar durante a atividade física (adrenalina e endorfina), ocorreria uma produção elevada de hormônios de um modo geral, inclusive prolactina (leite) e ocitocina, justamente por conta de uma maior oxigenação das células por conta da atividade.

Sem contar que atividade física durante a amamentação auxilia na perda do peso ganhado durante a gravidez, e claro que qualquer mulher vaidosa se interessa por isso.

Engraçado todo esse nosso questionamento.... para comer uma pizza ou embutidos, logo que passa a fase de cólica do bebê tem gente que não se aguenta, mas para fazer atividade física tantos empecilhos... Até hoje amamento meu bebê em livre demanda, ele com 1 ano e 6 meses, nada de diminuir o leite, ao contrário, já treinei recentemente e tive que esconder o peito com o cabelo porque ao final o leite estava vazando ...rs.

Portanto mamães e futuras mamães (e papais também, pois muitos meninos visitam esse espaço), atividade física pode ser mantida durante todas as etapas da vida familiar, é inclusive indicado.

Mas atenção:

Hidratação - Você já deve saber que a mulher precisa de muitos liquidos durante a amamentação, ainda mais durante a atividade física
Alimente-se - Durante a amamentação a mulher gasta cerca de 500 kcal a mais para a produção de leite, então nada de fazer dietas rigorosas, a hora é de pensar no bebê e também na sua saúde

Atividade física regular, alimentação saudável e livre de besteiras é sempre a melhor pedida!



quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Semana Mundial do Aleitamento Materno - WABA



De 01 a 07 de agosto é considerada a Semana Mundial do Aleitamento Materno ou World Breastfeeding Week.


Você sabia que existem 10 passos que as unidades de saúde que contam com serviço de maternidade e assistência ao recém nascido devem seguir para garantir um aleitamento materno bem sucedido??

1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser rotineiramente transmitida a toda equipe;

2. Treinar toda a equipe capacitando-a para implementar esta norma;

3. Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação;

4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto;
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos;
6. Não dar a recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica;
7. Praticar o alojamento conjunto, permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia;
8. Encorajar a amamentação sob livre demanda;
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas;
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas após a alta hospitalar.



Acredite:  NÃO HÁ LEITE FRACO!!

Quanto mais o bebê mama, mais leite você produz

Coloque o bebê na posição correta para mamar
Cuide adequadamente das mamas
Retire leite quando for necessário (ordenha)
Nunca use bicos, chupetas, chuquinhas ou mamadeiras
Tome líquidos, alimente-se e descanse sempre que possível
Só tome medicamentos com ordem médica
Continue a amamentação, se possível, até os 2 anos de idade
Conheça os direitos da mãe trabalhadora
   
  (Fonte: Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde)

Aqui em São Paulo, domingo dia 04/08, ás 14 horas, acontecerá a Hora do Mamaço 2013, na Casa das Rosas. Evento apoiados pela Sociedade de Pediatria de São Paulo, onde mamães em ação poderão trocar experiências, aprender e incentivar esse ato tão intimo, único e fundamental entre mamães e bebês.


Amamentar não é somente nutrir, é troca de afeto, carinho, cumplicidade entre mamãe e bebê.



Semana Mundial do Aleitamento Materno - WABA



De 01 a 07 de agosto é considerada a Semana Mundial do Aleitamento Materno ou World Breastfeeding Week.


Você sabia que existem 10 passos que as unidades de saúde que contam com serviço de maternidade e assistência ao recém nascido devem seguir para garantir um aleitamento materno bem sucedido??

1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser rotineiramente transmitida a toda equipe;

2. Treinar toda a equipe capacitando-a para implementar esta norma;

3. Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação;
4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto;
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos;
6. Não dar a recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica;
7. Praticar o alojamento conjunto, permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia;
8. Encorajar a amamentação sob livre demanda;
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas;
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas após a alta hospitalar.



Acredite:  NÃO HÁ LEITE FRACO!!

Quanto mais o bebê mama, mais leite você produz
Coloque o bebê na posição correta para mamar
Cuide adequadamente das mamas
Retire leite quando for necessário (ordenha)
Nunca use bicos, chupetas, chuquinhas ou mamadeiras
Tome líquidos, alimente-se e descanse sempre que possível
Só tome medicamentos com ordem médica
Continue a amamentação, se possível, até os 2 anos de idade
Conheça os direitos da mãe trabalhadora
   
  (Fonte: Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde)

Aqui em São Paulo, domingo dia 04/08, ás 14 horas, acontecerá a Hora do Mamaço 2013, na Casa das Rosas. Evento apoiados pela Sociedade de Pediatria de São Paulo, onde mamães em ação poderão trocar experiências, aprender e incentivar esse ato tão intimo, único e fundamental entre mamães e bebês.


Amamentar não é somente nutrir, é troca de afeto, carinho, cumplicidade entre mamãe e bebê.



domingo, 28 de julho de 2013

Amamentação, Peito Rachado, Leite Empedrado, Bico de Silicone, Chupeta, Mamadeira

Esse post está um pouco grande para o meu padrão mas vale a leitura, principalmente antes de passar pelo problema...

Acredito que muita coisa na vida, e principalmente na maternidade, não há o correto absoluto, cada um tem que descobrir seus caminhos a percorrer de forma mais confortável. Vou escrever um pouquinho como eu resolvi essas questões que toda a mamãe passa, e, não sei se por sorte ou por essas medidas, passei de forma suave.

Amamentação: Quem nunca teve filho, imagina, assim como eu pensava, que o bebê sai da barriga já sabendo mamar. Poucas sortudas tem a oportunidade de alimentar seu filhote ali mesmo, na sala de parto, cordão pendurado, em caso de parto natural. Mas não é bem assim com a grande maioria das mulheres, tenho descoberto. O bebê não sabe mamar! E a mãe de primeira viagem é quem tem que ensinar isso também, mas muitas não são orientadas da maneira correta e simplesmente oferecem o bico, e de maneira instintiva o bebê abre a boca. Machuca!!! Pois o bebê só pega o bico!! O ideal é que o bebê pegue toda a aureola. Mas ele também não sabe!! Então mamãe, achate o peito, próximo ao bico, e literalmente enfie o máximo de aureola que puder na boca do teu bebê. Pronto! Sem sofrimento para a mamãe e bebê.


Leite Empedrado: Não fazia ideia do quanto isso é dolorido!! E sim, fica empedrado mesmo, como se aquilo que era pra ser líquido, está em estado de gel, firme, e não flui como deveria. Dói demais!! Passei por duas situações de leite empedrado, 1° saindo da maternidade com a "descida do leite", acredito que a maioria das mamães sofram com isso. O organismo não sabe quanto o bebê vai mamar e passa a produzir. essa produção e pouca vazão traz esse drama para nós mamães de 1° viagem. Neste caso o ideal é ducha fria, massagem, ordenha manual. Deixe o baby aos cuidados de alguém por alguns minutos e vá para o banho, tente relaxar e se acalmar. Apesar da dor, ficar nervosa só vai piorar a situação. Ducha fria do chuveirinho. Massagem em movimentos circulares com a base da mão, a partir das axilas, pois lá também tem glândulas mamárias. E a ordenha é apertando mesmo o bico, sempre considerando toda a aureola, empurrando levemente para dentro. O ideal é perguntar às enfermeiras, mesmo que não tenha acontecido com você ainda, como se faz a ordenha manual, pois nessa hora, os aparelhos para tirar leite, são máquinas de tortura, mas você saberá controlar a dor fazendo manualmente. Reveze os três procedimentos. E amamente!!! Vai doer mas é preciso, seu bebê vai te ajudar a diminuir o excesso e em poucos dias vai aliviar todo a situação.

Outra situação em que meu leite empedrou, foi em uma viagem para Americana. Fomos de carro, eu atrás com o Arthur, brincando, ele já com 4 meses... Talvez pela posição no carro, meu seio esquerdo empedrou muito!!! Chegando lá fiz os procedimentos acima e nada... Parecia que o leite realmente havia virado um gel e não saia por nada desse mundo. Neste caso, mandei ducha quente, estimulando a produção, peguei com as duas mãos a mama, bem na base e chacoalhei, como quem quer soltar algo preso lá dentro (rs) massagem, ordenha. Depois amamentei. Doeu bastante e por semanas o bico ficou sensível.

Bico Rachado: Não há muito como preparar o bico. Existem pomadas que podem aliviar os sintomas, mas na hora que começar a amamentar, não tem jeito, vai ser uma fricção tão grande que vai lesionar um pouquinho, até calejar, no jargão materno. No hospital, a orientação é ordenhar um pouco antes e depois de amamentar, e hidratar a aureola com o leite. Além disso, nos primeiros dias, o ideal é deixar respirar, ou seja, nada de concha, protetor, soutien, nada! Caso o seio esteja muito grande, deixe aberto a parte de amamentar, e deixe seu bico respirar!! Eu usava umas fraldas de amamentação que ganhei de uma amiga, que tem uma alça para por em volta do pescoço e garantir um pouco de privacidade quando precisar amamentar em público. Enfim, deixava o peito livre e pra não ficar tão exposta, em casa lógico, só cobria com a fralda.

Por sorte, comigo tanto o bico rachado quanto o leite empedrado, duraram no máximo 5 dias.

Bico de Silicone: Tudo tem seu lado positivo mas também o negativo. Optei por livre demanda da amamentação e contato maior com meu filhote. Neste caso, mesmo o bico de silicone, impede o contato absoluto, por isso indico caso seja muito necessário usar o bico, tanto para formar quanto para aliviar os sintomas do bico rachado, deixe de usar o mais rápido possível. Mesmo o bico de silicone impede uma pega correta durante a amamentação.

Chupeta e Mamadeira: O Arthur é bem agitado e por muitas vezes quase dei chupeta. Porque optei por não dar chupeta?? A chupeta tem o efeito calmante e só, esse é seu benefício. Como um chicletes para alguém estressado, não alimenta mas distrai. E pesquisando na internet, não é difícil descobrir seus malefícios. Claro que nem todo mundo tem os problemas citados, mas não quis arriscar com meu filhote. Até porque ele é agitado e caso eu desse a chupeta e mesmo assim ele não se acalmasse para dormir a noite toda, eu teria criado mais um problema. E a mamadeira vai no mesmo sentido. Agora, na introdução de alimentos, Arthur ainda não se adaptou com as mamadeiras que ofereci, preferindo beber no copo... todo mocinho!

Quando se fala sobre as diferenças entre os músculos utilizados na amamentação e na mamadeira/chupeta, faça o teste: Chupe seu próprio punho, ali onde fica o visor do relógio e perceba os músculos utilizados no movimento. Depois chupe seu dedo, pode ser o tradicional polegar, mas o indicador também serve para perceber como se comporta quanto à chupeta.


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Aleitamento Materno: como conciliar a volta ao trabalho e a amamentação

Nessa Semana Mundial do Aleitamento Materno, trago novamente uma matéria da dra. Luciana Herrero, pediatra e consultora internacional de amamentação pelo IBLCE/EUA (International Board of Lactation Consultant Examiners), orientando sobre como as mulheres que optam por manter o aleitamento materno, mesmo após a volta ao trabalho.

Independente da opção da mãe, pessoalmente acredito, e isso se confirma no texto da dra., o retorno ao trabalho é um dos momentos mais difíceis na vida da mãe, eu mesma registrei minhas dificuldades neste post.

Amamentação é muito importante para a saúde do bebê e da mãe. Isso todo mundo já sabe de cor! Mas, vencer os desafios inerentes a esse ato, nem sempre é fácil. Passado os desafios iniciais do primeiro mês de vida do bebê, o outro momento mais crítico e que coloca em risco todo o esforço e luta depositados na amamentação é o retorno da mulher no trabalho. Esse é um período em que normalmente há introdução de outros leites ou até ocorre o desmame (interrupção total da amamentação). Por isso, o tema deste ano da Semana Mundial de Aleitamento Materno (entre 1 e 8 de agosto) será “Amamentação e Trabalho: para dar certo, o compromisso é de todos”.

Luciana Herrero, explica que ainda existe um descompasso entre as necessidades para saúde do bebê e os direitos que protegem as mães trabalhadoras. “Não podemos negar que nas últimas décadas houveram avanços. Contudo, ainda estamos muito distantes do necessário. Para uma mulher trabalhadora conseguir oferecer exclusivamente seu leite ao bebê até os seis meses de idade é necessário muito mais que boa vontade e empenho. É preciso um trabalho de equipe, com o apoio familiar e dos colegas de trabalho, principalmente dos superiores”, explica a especialista.

Para ajudar as mamães nesse processo, Dra. Lu, como costuma ser chamada por seus pacientes, listou algumas ações simples para combinar sucesso amamentação e trabalho:

Na gestação:
- Acreditar desde a gestação que é possível amamentar: otimismo, perseverança e fé fazem milagres acontecerem. E tem ajudado a muitas mulheres a superar os obstáculos iniciais.

- Criar rede de apoio: pedir colaboração da família e de amigos próximos é muito importante. Eles poderão não só dar estímulo, mas também na ajudar na prática, como levar o bebê para mamar no trabalho da mãe (quando possível).

- Procurar um pediatra que apoie a causa e sigam o protocolo da Sociedade Brasileira de Pediatria, ou seja, não prescrever a mamadeira e leites complementares logo que a mulher volta a trabalhar, por exemplo.

- Criar rede de apoio no trabalho: buscar sensibilizar colegas, chefe e até o setor de recursos humanos. Quem sabe a empresa não se sensibiliza e implanta uma sala de apoio à amamentação. Não é difícil, nem requer muitos recursos. E o Ministério da Saúde oferece consultoria gratuita sobre o assunto. Esta mais do que comprovado que quando a mulher trabalhadora amamenta os benefícios também são para a empresa, pois aumenta a produtividade e diminui as faltas, já que os filhos são mais saudáveis.

Na licença maternidade:
- Amamentar em livre demanda, ou seja, dar de mamar sem ter horários rígidos, quantas vezes o bebê quiser e por quanto tempo desejar.

- Fazer estoque de leite no congelador: retirar o leite materno e acondicionar em frascos esterilizados e congelá-los para que seja oferecido ao bebê quando a mãe estiver trabalhando. O leite congelado em casa, sem pausterizar, dura no freezer 15 dias. Mas, se pausterizado no banco de leite pode durar seis meses. Procurar um banco de leite para receber as informações de como ordenhar e conservar é muito importante.

- Não dar ouvidos aos maus conselhos: não são poucas as pessoas que dizem que o bebê precisa ir se acostumando com a mamadeira e os outros leites, para quando a mãe for trabalhar. Mas, essa informação além de incorreta é prejudicial, pois favorece ao desmame. Os bebês não precisam se acostumar com o leite ou com o bico antecipadamente. Se for necessário a alimentação complementar ele a receberá na hora necessária. Se essa orientação vier de um pediatra, procure uma segunda opinião junto ao profissional que abrace de verdade a causa da amamentação. Peça indicação aos amigos, doulas ou banco de leite.

Após o retorno ao trabalho:
- Ordenhar a mama no trabalho: a cada três horas é importante que a mãe manipule as mamas, retirando o leite que ali se encontra. Se houver onde e como armazenar, ótimo! Caso contrário, ordenhe nem que seja para desprezar o conteúdo. Isso é importante para que a produção do leite não seja diminuída.

- Armazenar o leite para seu bebê: várias empresas possuem um espaço privativo (que não o banheiro) para realizar a ordenha e uma geladeira para armazenar o leite. É a chamada sala de apoio à amamentação. Esse espaço possibilita que a mãe colha hoje o leite que seu bebê tomará amanhã, enquanto estiver trabalhando.

- Fugir das mamadeiras: os bicos são inimigos número um da amamentação pois causam confusão nos bebês e favorecem o desmame. O ideal é que o leite (ordenhado da mãe ou as fórmulas lácteas) sejam dadas para o bebê no copinho ou na colherzinha.

- Quando estiver em casa, amamentar em livre demanda: é muito importante que a mãe ofereça seu seio em livre demanda quando estiver em casa, durante o dia e à noite.  Pode ser apenas de manhã (antes de sair ou ao voltar), mas manter as mamadas frequentes enquanto você estiver junto com o bebê é muito importante, especialmente nos primeiros seis meses de vida.   As mamadas noturnas podem ser cansativas, mas são fundamentais para manter uma boa produção de leite materno, pois é a hora de maior liberação da prolactina, hormônio que controla a produção do leite humano.

- Conversar com o pediatra para tentar antecipar a alimentação complementar: em alguns casos particulares, quando o bebê tem mais de quatro meses, e a mãe (apesar de todo esforço) não está conseguindo a quantidade de leite materno necessária para oferecer ao bebê em sua ausência pode-se antecipar a alimentação complementar. Não é o ideal, mas é uma alternativa possível para reduzir danos à saúde do bebê. Pois, procurar resguardar a amamentação é muito importante.

Adicionalmente, Dra. Lu sugere que as mães e família procurem soluções criativas para estar com o bebê o máximo possível. Pode ser dar uma fugidinha para amamentar no intervalo do almoço, pedir para alguém levar o bebê ao local de trabalho, flexibilizar o horário, remanejar o caminho para passar perto de casa por alguns minutos. Mesmo que a amamentação não seja exclusiva, é sempre preferível a amamentação complementada com outros leites ou com alimentos (4-6 meses) ao desmame total. E finaliza: “o que nos dá esperança é saber que felizmente muitas brasileiras tem conseguido conciliar com sucesso trabalho e amamentação. Mas, para isso seja cada vez mais frequente informação adequada desde a gestação e apoio familiar e profissional são peças fundamentais”.

Atividade Física - Amamentação e Pós Parto

A primeira semana do mês de agosto celebra-se a Semana Mundial do Aleitamento Materno - SMAM, e eu, como ativista da amamentação, tenho colocado no instagram , 7 postagens para celebração dessa semana, bem como conscientização da importância da amamentação.

Me digo ativista pelo sentido literal da palavra - de ser ativa na amamentação - uma vez até hoje, Arthur com 2 anos e 7 meses, ainda mama!

"Como tantas mães de primeira viagem e fisicamente ativa, também pesquisei muito durante a gestação como seria minha vida durante a amamentação: medo de "estragar" o gosto do leite, medo de secar o leite, medo de atrapalhar a qualidade do leite e tantos outros medos por conta da responsabilidade natural da maternidade.



Infelizmente não há tanta pesquisa científica, é de se compreender pois em um momento tão delicado e intimo, não é fácil achar quem vai querer se submeter a pesquisas de campo enquanto amamenta, afinal, somam-se as atividades com a chegada do bebê, dali a um tempo mãe volta ao trabalho, criança é desmamada ou desmama, a vida torna-se realmente mais dinâmica.

O que vou escrever aqui tem um pouco sim de minhas pesquisas, feitas com pesquisadores brasileiros ou americanos. Algumas pesquisas indicam, mas pouco conclusivas, que exercícios muito intensos poderiam afetar o sabor do leite, por conta da produção de acido lático. Mas veja - Exercícios Muito Intensos. A grande maioria das mulheres faz realmente o repouso pós parto e durante a amamentação. Até porque, os hormônios responsáveis pela amamentação são contrários aos hormônios da produção de força, o que praticamente nos impedem de executar exercícios extenuantes. Ou seja, nosso maravilhoso organismo já regula aquilo que podemos ou não realizar durante esse período em que precisamos nos dedicar à nossa cria.

Já exercícios moderados podem inclusive auxiliar na questão da amamentação: Estando a mulher mais relaxada, tendo ela liberado hormônios de bem estar durante a atividade física (adrenalina e endorfina), ocorreria uma produção elevada de hormônios de um modo geral, inclusive prolactina (leite) e ocitocina, justamente por conta de uma maior oxigenação das células por conta da atividade.

Ao longo desses 2 anos e 7 meses amamentando Arthur, ele jamais rejeitou o peito, e olha que depois de um tempo, passei a me exercitar normalmente. Portanto, por minha experiência própria, não houve alteração no sabor que justificasse um desmame. 

Sem contar que atividade física durante a amamentação auxilia na perda do peso ganhado durante a gravidez, e claro que qualquer mulher vaidosa se interessa por isso.

Portanto mamães e futuras mamães (e papais também, pois muitos meninos visitam esse espaço), atividade física pode ser mantida durante todas as etapas da vida familiar, é inclusive indicado.

Mas atenção:

Hidratação - Você já deve saber que a mulher precisa de muitos liquidos durante a amamentação, ainda mais durante a atividade física.

Alimente-se - Durante a amamentação a mulher gasta cerca de 500 kcal a mais para a produção de leite, então nada de fazer dietas rigorosas, a hora é de pensar no bebê e também na sua saúde

Atividade física regular, alimentação saudável e livre de besteiras é sempre a melhor pedida!"

Semana Mundial do Aleitamento Materno - SMAM 2015

A Semana Mundial do Aleitamento Materno existe para conscientizar as mamães da importância do aleitamento materno. Infelizmente, poucas mulheres ainda amamentam seus filhos exclusivamente até os 6 meses como recomenda a OMS (Organização Mundial da Saúde). Tantas outras interrompem por inúmeros motivos.

Esse assunto já foi discutido aqui no blog, porque quando eu engravidei, jamais imaginei que seria como uma "ativista" da amamentação, fiz um relato pessoal sobre minhas experiências e impressões.
Depois fui convidada para um bate papo com a Dra. Luciana Herrero, pediatra e especialista no assunto, e transcrevi aqui nossa conversa e um vídeo bem legal sobre a ordenha manual.

Me digo "ativista" pois amamento Arthur até hoje, aos 2 anos e meio. Ele é muito bem desenvolvido, saudável e come bem. Até porque, amamentação vai além da nutrição. E a atividade física em nada atrapalha esse momento, como também já escrevi aqui.

Em agosto, mês da Semana Mundial do Aleitamento Materno (de 1 a 8 de agosto), esses temas ficam ainda mais em evidência.

Para ajudar a mulher e família a conquistar a confiança necessária para o sucesso na amamentação, o Dr. Achilles Cruz, especialista em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, esclarece algumas dúvidas mais frequentes:


1-      Amamentar dói.

Nem mito, nem fato. Vai depender de uma série de fatores como sensibilidade da mãe, se o bebê suga o peito da forma correta, estado emocional da mulher, entre outros. Normalmente, a mulher não sente nenhuma dor. É importante observar se o bebê abocanha a aréola e não somente o mamilo (bico). É nessa região que ficam os bolsões de leite. Dessa forma, evita-se as rachaduras que provocam dor durante as mamadas.

2-      Seio pequeno não produz leite.


Mito. O tamanho do seio não tem influência nenhuma no sucesso da amamentação!  O que faz a diferença no tamanho dos seios não é a quantidade de glândulas, mas a quantidade de gordura de cada mama. As células produtoras (glândulas mamárias) e os ductos de leite são os mesmos em todas as mulheres, até mesmo naquelas que fizeram cirurgia plástica para colocar prótese de silicone. Só no caso de cirurgias redutoras é que este número pode ser reduzido. É mito associar tamanho de seio com fartura de leite.  O processo de produção do leite começa durante a gravidez quando o tecido glandular já começa a ser preparado. Por isso, os seios vão ficando maiores principalmente no final da gestação. Após o parto, a resposta hormonal estimula as glândulas mamárias a produzir o leite e a conduzi-lo por meio dos seios até o bico para que o bebê possa mamar. A produção aumenta gradativamente. Assim, a quantidade de leite que seu filho vai receber depende das suas próprias necessidades, e de quanto a mama seja estimulada adequadamente. Quanto mais ele sugar, mais leite será produzido.

3-      Amamentar é um ótimo anticoncepcional.
Mito. Algumas mulheres podem voltar a ovular mesmo no período da amamentação quando o ciclo menstrual está bloqueado devido à supressão dos hormônios. E para que funcione é necessário que a amamentação seja exclusiva com as mamadas muito frequentes, com curtos intervalos entre uma e outra. Como esta rotina não é para todas, o ideal é que ela já comece a adotar algum tipo de método contraceptivo a partir da sexta semana após o parto. Logo no primeiro retorno ao ginecologista, o ideal é que a mãe converse sobre o método mais adequado para evitar uma nova gravidez em pouco tempo. Ele irá orientá-la sobre o uso de camisinha, DIU, implantes ou até mesmo as pílulas de progestagênio, que são as mais indicadas para esse período.


4-      A mulher que está amamentando pode tomar qualquer tipo de pílula.
Mito. Existe uma pílula anticoncepcional desenvolvida especialmente para as mamães que estão amamentando. São compostas de progestagênio, hormônio que inibe a ovulação. Conhecidas como minipílulas, elas podem ser tomadas a partir da sexta semana depois do parto. Como são livres de estrogênio, não inibem a produção de leite materno nem tampouco interferem na sua qualidade e volume. Outro benefício é que seu princípio ativo não passa para o leite, não alterando seu gosto ou qualidade. E, então, a mulher terá segurança dupla. Primeiro quanto ao seu filho e depois com uma nova gestação durante essa fase. Segundo o médico, as mulheres que estão amamentando não podem usar as pílulas comuns, chamadas hormonais combinadas, porque podem diminuir a quantidade do leite além de transferir o hormônio feminino para ele e, consequentemente, para a criança.

5-      Engravidar enquanto está amamentando é benéfico.

Mito. Não existe um intervalo estabelecido entre uma gravidez e outra, porém, é aconselhável que a mulher não engravide enquanto estiver amamentando, porque a sobrecarga da amamentação somada a uma nova gestação pode comprometer a saúde da mãe, caso ela não tenha uma condição nutricional adequada. 


6-      A alimentação da mãe influencia o leite.
Fato. Tudo o que a mãe come acaba passando para o leite materno. Por isso, é importante que a mulher faça uma dieta saudável e beba bastante líquido nesse período. O consumo de bebidas alcoólicas ou cigarros é contraindicado. Medicamentos, por exemplo, só devem ser tomados com orientação médica.

7-      O leite materno pode ser fraco.
Mito. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, muitas mulheres têm essa percepção porque comparam seu leite ao da vaca que é mais denso e consistente, tem moléculas maiores e sua digestão é bem mais lenta. O leite materno tem 97% de água e, por isso, é facilmente digerido e logo o bebê sente fome novamente. Além disso, o leite humano é composto por células vivas que transferem para o bebê a imunidade materna aos agentes infecciosos. Os glóbulos brancos presentes nele levam os anticorpos da mãe para o filho. O que poucas mulheres sabem é que quando o bebê começa a sugar, o leite materno tem maior concentração de água mesmo, é normal, é chamado de “anterior”. Nessa fase, ele contém ainda vitaminas, minerais e anticorpos. Após um tempinho de mamada, começa a descer o leite que chamamos de “posterior”, que é mais rico em gordura, que fornece mais energia e permite que o bebê fique satisfeito e ganhe peso. Por isso, a recomendação é que a mãe ofereça um seio por mamada, ou seja, que a mamada não seja interrompida até que o bebê consiga ingerir bastante quantidade do leite posterior, que tem mais gordura. Somente depois de esvaziar uma mama, se necessário, o outro seio deve ser oferecido, o que normalmente com bebês maiores, que já mamam muito. Desse jeito você garante que o bebê retire do peito o leite anterior, rico em água, e o posterior, rico em gordura.

8-      Na volta ao trabalho, o leite seca.
Nem mito, nem fato. Caso a mulher consiga fazer a ordenha no trabalho e guardar na geladeira, ou ainda sair para amamentar o bebê durante o expediente, a produção de leite vai se manter inalterada. Muitas empresas possuem um espaço privativo para realizar a ordenha e uma geladeira para armazenar o leite. E, quando estiver com o filho em casa, antes ou depois do trabalho, deve oferecer o leite em livre demanda, ou seja, por quanto tempo o bebê quiser. As mamadas noturnas podem ser cansativas, mas são fundamentais para manter uma boa produção de leite materno, pois é a hora de maior liberação da prolactina, hormônio que controla a produção do leite humano.



9-      Prótese de silicone atrapalha a amamentação.

Mito. Com as técnicas atuais de colocação de próteses mamárias, geralmente não, mas dependendo da técnica pode atrapalhar a amamentação por interferir na quantidade e na saída/retirada do leite, mas não na qualidade dele.

10-   Estresse e nervosismo atrapalham a produção de leite.
Fato. Quando a mulher está muito cansada ou ansiosa, a produção do hormônio ocitocina, que é o responsável pela vasão do leite, é reduzida. O que pode prejudicar a descida do leite, e em casos graves até secar o leite!

  

Amamentação, Bico Rachado, Leite Fraco, Peito Empedrado e Método Anticonceptivos Durante a Amamentação

Há poucas semanas fui convidada para participar de um bate papo com a Dra. Luciana Herrero, pediatra, consultora internacional de amamentação pelo IBLCE/USA e autora dos livros "O diário de bordo da família grávida" e "O diário de bordo do parto".

Quando engravidei, escolhi o parto normal e amamentar meu filho o quanto fosse necessário. Jamais imaginaria que de alguma maneira me tornaria uma "ativista" de amamentação. Coloquei entre aspas, pois apesar de defender a amamentação e amamentar Arthur até hoje (ele tem 2 anos e meio - eu jamais fiz uma mamadeira na vida!), respeito as histórias das mulheres que de alguma maneira não amamentaram.

Muito se discute a respeito desse ato, que, apesar de natural, pode não ser tão simples assim.

Existem sim mulheres que enfrentam dificuldades em amamentar e que por alguma razão não produzem leite. Precisam de atenção e cuidados especiais para que sua produção aconteça normalmente. Nesse bate papo com a Dra.Luciana, estiveram presentes cerca de 12 mães, cada uma com sua história diferente, e tantas outras que conheci após me tornar mãe e me interessar pelo assunto.

O que realmente não acredito é que o leite materno é fraco. Uma vez que a mulher tem leite, apenas uma pesquisa científica séria me fará acreditar que aquele leite, produzido de maneira artesanal por nosso organismo, não é o suficiente para atender aquele pequeno que nós mesmas geramos... ah! Nisso não consigo acreditar. Para mim ainda é uma armadilha da indústria alimentícia para alavancar vendas de produtos industrializados. Senão, como as mães índias, ou africanas, ou de qualquer local que não tenha acesso a esses produtos, tem seus filhos e eles crescem, saudáveis também?


De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, as pessoas tem a impressão que o leite materno é fraco, pois ao compararmos a consistência do leite de vaca, que é mais denso e consistente, o leite materno é composto de 97% de água, e facilmente digerido. Logo o bebê sente fome mais rápido quando comparado a um leite industrializado que demora mais para ser digerido. O leite humano contém células vivas que transferem ao bebê a imunidade, levando os anticorpos da mãe para o filho. 

O primeiro leite sugado, chamado de leite anterior, contém vitaminas, minerais e anticorpos. Após algum tempo de mamada, o leite passa a vir com mais gordura, permitindo ao bebê a saciedade necessária, ganhando peso. É chamado de leite posterior. Por isso é importante que o bebê mame toda uma mama e depois vá para a outra, garantindo assim que haja uma amamentação mais adequada. E também a alternância da mama: iniciar sempre pela última mama que o bebê sugou. 

Mas não quero mesmo polemizar. Cada mãe que sinta o que é melhor para seu momento e sua família. Quero mesmo compartilhar as informações preciosas que compartilhamos e aprendemos com a Dra. Luciana.

É preciso sim preparo e informações para que a amamentação aconteça de maneira natural e prazerosa. Meu parto foi normal e minha pressão ficou muito baixa. Arthur foi para o berçário, uma vez que eu fiquei em observação e repouso por algumas horas. Mesmo após irmos para o quarto, eu ainda não tinha leite. O primeiro dia, Arthur dormiu muito. No segundo dia, ele chorava, acredito que com fome. Foi somente no segundo dia que ele finalmente pegou o bico e conseguiu mamar. Uma enfermeira me ensinou como ele deveria pegar o bico, abocanhando toda a auréola, mas que nas primeiras vezes eu precisaria literalmente colocar o bico na boca dele.

Eu até usei uma pomada preparatória para o bico, mas de verdade, errei, pois o bico não precisa de emoliência para se preparar para o atrito que passaria a acontecer ali. Portanto, o ideal é apenas sol, se possível. Após o parto, hidratar as rachaduras com o próprio leite, exceto se houver fissuras realmente profundas, poderão ser tratadas com pomada específica. Em pouco tempo o bico se acostuma a demanda.

Quanto ao leite empedrado. É natural que em um primeiro momento haja uma produção acelerada de leite, levando ao "empedramento", isso é, excesso de leite na mama. Isso acontece porque o organismo ainda não sabe o quanto será necessário para suprir a demanda do bebê. A mama fica regurgitada, cheia, como se tivesse endurecida. Os dutos mamários estão muito cheios e a mama fica tal qual uma bexiga bem cheia. Faça esse teste. Não daria para sugar essa bexiga se fosse preciso. É necessário um prévio esvaziamento da mama para que o bebê consiga mamar e dessa forma, também não te machuca. É a ordenha manual , e a Dra. Luciana mostrou em um vídeo super didático como proceder:


Outra questão levantada no encontro, foi quanto ao método anticoncepcional durante amamentação.

Ficamos restritas a diversos tipos de medicamentos, pois interferem diretamente na amamentação. Tudo que ingerimos de alguma maneira vai direto para o bebê, especialmente quando alimentados exclusivamente de leite materno (LM). Inclusive as pílulas anticoncepcionais convencionais, pois contém hormônios que podem interferir na produção de leite. Por essa mesma razão, devemos adotar uma dieta equilibrada, natural e investir em muito líquido, especialmente água.

Nesse período são indicados, por ordem de segurança quanto a transmissão de doenças e gravidez:

1 - Preservativos (camisinha)
2 - DIU (especialmente os sem hormônios)
3 - Pílulas de progestagênio (inibem a ovulação, sem interferir na produção de leite)

Uma nova gravidez durante o período de amamentação deve ser acompanhada por um nutricionista, pois a mamãe enfrentará grande demanda energética.

Peito pequeno e bico "invertido" também são capazes de produzir leite e amamentarem de maneira igual a qualquer outra mulher. 

Agora, se há algo que realmente atrapalhe esse momento é o estresse, pois o hormônio ocitocina, que é responsável pela vazão do leite, é reduzido, o que pode diminuir ou até mesmo interromper a produção de leite. Portanto, tente relaxar. Largue tudo, olhe no olho e pense, é um momento único, com cada filho, que uma vez interrompido, não volta mais!

Quanto ao bebê fazer da mãe de chupeta: mamadas e crianças existem desde antes da criação da chupeta. As vezes a criança quer o afago da mãe e recorre ao peito, que é uma ligação extremamente íntima. É ruim? Talvez, porque nos prende. Mas do ponto de vista nutricional e afetivo, não há nada de ruim, pelo contrário, estreita os laços entre mãe e filho. A criança que se sente segura não é dependente.

Em especial para aquelas que decidiram amamentar por mais tempo, como euzinha aqui, o sistema imunológico da criança está em formação. Se resta alguma dúvida que o leite materno possa alimentar uma criança de 2 anos, com certeza fortalece o sistema imunológico, pois através do leite existe aquela troca de glóbulos brancos contendo agentes imunizadores importantíssimos. 

Enfim, não há manual para ser mãe. Se houvesse, não haveriam tantos (rsrsrs). Siga seu instinto materno, em primeiro lugar. Informe-se e aproveite. Essa fase passa voando.

Esse encontro foi promovido pela Libbs Farmacêutica, a quem agradeço a oportunidade e o conteúdo disponibilizado.




Amamentação e Atividade Física

Como tantas mães de primeira viagem e fisicamente ativa, também pesquisei muito durante a gestação como seria minha vida durante a amamentação: medo de "estragar" o gosto do leite, medo de secar o leite, medo de atrapalhar a qualidade do leite e tantos outros medos por conta da responsabilidade natural da maternidade.

Eu e Arthur na academia, logo após o treino


Infelizmente não há tanta pesquisa científica, é de compreender pois em um momento tão delicado não é fácil quem vai querer se submeter a pesquisas de campo enquanto amamenta, afinal, somam-se as atividades com a chegada do bebê, dali a um tempo mãe volta ao trabalho, criança é desmamada ou desmama, a vida torna-se realmente mais dinâmica.

O que vou escrever aqui tem um pouco sim de minhas pesquisas, feitas com pesquisadores brasileiros ou americanos. Algumas pesquisas indicam, mas pouco conclusivas, que exercícios muito intensos poderiam afetar o sabor do leite, por conta da produção de acido lático. Mas veja - Exercícios Muito Intensos. A grande maioria das mulheres faz realmente o repouso pós parto e durante a amamentação. Até porque, os hormônios responsáveis pela amamentação são contrários aos hormônios da produção de força, o que praticamente nos impedem de executar exercícios extenuantes. Ou seja, nosso maravilhoso organismo já regula aquilo que podemos ou não realizar durante esse período em que precisamos nos dedicar à nossa cria.

Já exercícios moderados podem inclusive auxiliar na questão da amamentação: Estando a mulher mais relaxada, tendo ela liberado hormônios de bem estar durante a atividade física (adrenalina e endorfina), ocorreria uma produção elevada de hormônios de um modo geral, inclusive prolactina (leite) e ocitocina, justamente por conta de uma maior oxigenação das células por conta da atividade.

Sem contar que atividade física durante a amamentação auxilia na perda do peso ganhado durante a gravidez, e claro que qualquer mulher vaidosa se interessa por isso.

Engraçado todo esse nosso questionamento.... para comer uma pizza ou embutidos, logo que passa a fase de cólica do bebê tem gente que não se aguenta, mas para fazer atividade física tantos empecilhos... Até hoje amamento meu bebê em livre demanda, ele com 1 ano e 6 meses, nada de diminuir o leite, ao contrário, já treinei recentemente e tive que esconder o peito com o cabelo porque ao final o leite estava vazando ...rs.

Portanto mamães e futuras mamães (e papais também, pois muitos meninos visitam esse espaço), atividade física pode ser mantida durante todas as etapas da vida familiar, é inclusive indicado.

Mas atenção:

Hidratação - Você já deve saber que a mulher precisa de muitos liquidos durante a amamentação, ainda mais durante a atividade física
Alimente-se - Durante a amamentação a mulher gasta cerca de 500 kcal a mais para a produção de leite, então nada de fazer dietas rigorosas, a hora é de pensar no bebê e também na sua saúde

Atividade física regular, alimentação saudável e livre de besteiras é sempre a melhor pedida!



Semana Mundial do Aleitamento Materno - WABA



De 01 a 07 de agosto é considerada a Semana Mundial do Aleitamento Materno ou World Breastfeeding Week.


Você sabia que existem 10 passos que as unidades de saúde que contam com serviço de maternidade e assistência ao recém nascido devem seguir para garantir um aleitamento materno bem sucedido??

1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser rotineiramente transmitida a toda equipe;

2. Treinar toda a equipe capacitando-a para implementar esta norma;

3. Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação;

4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto;
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos;
6. Não dar a recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica;
7. Praticar o alojamento conjunto, permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia;
8. Encorajar a amamentação sob livre demanda;
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas;
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas após a alta hospitalar.



Acredite:  NÃO HÁ LEITE FRACO!!

Quanto mais o bebê mama, mais leite você produz

Coloque o bebê na posição correta para mamar
Cuide adequadamente das mamas
Retire leite quando for necessário (ordenha)
Nunca use bicos, chupetas, chuquinhas ou mamadeiras
Tome líquidos, alimente-se e descanse sempre que possível
Só tome medicamentos com ordem médica
Continue a amamentação, se possível, até os 2 anos de idade
Conheça os direitos da mãe trabalhadora
   
  (Fonte: Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde)

Aqui em São Paulo, domingo dia 04/08, ás 14 horas, acontecerá a Hora do Mamaço 2013, na Casa das Rosas. Evento apoiados pela Sociedade de Pediatria de São Paulo, onde mamães em ação poderão trocar experiências, aprender e incentivar esse ato tão intimo, único e fundamental entre mamães e bebês.


Amamentar não é somente nutrir, é troca de afeto, carinho, cumplicidade entre mamãe e bebê.



Semana Mundial do Aleitamento Materno - WABA



De 01 a 07 de agosto é considerada a Semana Mundial do Aleitamento Materno ou World Breastfeeding Week.


Você sabia que existem 10 passos que as unidades de saúde que contam com serviço de maternidade e assistência ao recém nascido devem seguir para garantir um aleitamento materno bem sucedido??

1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser rotineiramente transmitida a toda equipe;

2. Treinar toda a equipe capacitando-a para implementar esta norma;

3. Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação;
4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto;
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos;
6. Não dar a recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica;
7. Praticar o alojamento conjunto, permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia;
8. Encorajar a amamentação sob livre demanda;
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas;
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas após a alta hospitalar.



Acredite:  NÃO HÁ LEITE FRACO!!

Quanto mais o bebê mama, mais leite você produz
Coloque o bebê na posição correta para mamar
Cuide adequadamente das mamas
Retire leite quando for necessário (ordenha)
Nunca use bicos, chupetas, chuquinhas ou mamadeiras
Tome líquidos, alimente-se e descanse sempre que possível
Só tome medicamentos com ordem médica
Continue a amamentação, se possível, até os 2 anos de idade
Conheça os direitos da mãe trabalhadora
   
  (Fonte: Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde)

Aqui em São Paulo, domingo dia 04/08, ás 14 horas, acontecerá a Hora do Mamaço 2013, na Casa das Rosas. Evento apoiados pela Sociedade de Pediatria de São Paulo, onde mamães em ação poderão trocar experiências, aprender e incentivar esse ato tão intimo, único e fundamental entre mamães e bebês.


Amamentar não é somente nutrir, é troca de afeto, carinho, cumplicidade entre mamãe e bebê.



Amamentação, Peito Rachado, Leite Empedrado, Bico de Silicone, Chupeta, Mamadeira

Esse post está um pouco grande para o meu padrão mas vale a leitura, principalmente antes de passar pelo problema...

Acredito que muita coisa na vida, e principalmente na maternidade, não há o correto absoluto, cada um tem que descobrir seus caminhos a percorrer de forma mais confortável. Vou escrever um pouquinho como eu resolvi essas questões que toda a mamãe passa, e, não sei se por sorte ou por essas medidas, passei de forma suave.

Amamentação: Quem nunca teve filho, imagina, assim como eu pensava, que o bebê sai da barriga já sabendo mamar. Poucas sortudas tem a oportunidade de alimentar seu filhote ali mesmo, na sala de parto, cordão pendurado, em caso de parto natural. Mas não é bem assim com a grande maioria das mulheres, tenho descoberto. O bebê não sabe mamar! E a mãe de primeira viagem é quem tem que ensinar isso também, mas muitas não são orientadas da maneira correta e simplesmente oferecem o bico, e de maneira instintiva o bebê abre a boca. Machuca!!! Pois o bebê só pega o bico!! O ideal é que o bebê pegue toda a aureola. Mas ele também não sabe!! Então mamãe, achate o peito, próximo ao bico, e literalmente enfie o máximo de aureola que puder na boca do teu bebê. Pronto! Sem sofrimento para a mamãe e bebê.


Leite Empedrado: Não fazia ideia do quanto isso é dolorido!! E sim, fica empedrado mesmo, como se aquilo que era pra ser líquido, está em estado de gel, firme, e não flui como deveria. Dói demais!! Passei por duas situações de leite empedrado, 1° saindo da maternidade com a "descida do leite", acredito que a maioria das mamães sofram com isso. O organismo não sabe quanto o bebê vai mamar e passa a produzir. essa produção e pouca vazão traz esse drama para nós mamães de 1° viagem. Neste caso o ideal é ducha fria, massagem, ordenha manual. Deixe o baby aos cuidados de alguém por alguns minutos e vá para o banho, tente relaxar e se acalmar. Apesar da dor, ficar nervosa só vai piorar a situação. Ducha fria do chuveirinho. Massagem em movimentos circulares com a base da mão, a partir das axilas, pois lá também tem glândulas mamárias. E a ordenha é apertando mesmo o bico, sempre considerando toda a aureola, empurrando levemente para dentro. O ideal é perguntar às enfermeiras, mesmo que não tenha acontecido com você ainda, como se faz a ordenha manual, pois nessa hora, os aparelhos para tirar leite, são máquinas de tortura, mas você saberá controlar a dor fazendo manualmente. Reveze os três procedimentos. E amamente!!! Vai doer mas é preciso, seu bebê vai te ajudar a diminuir o excesso e em poucos dias vai aliviar todo a situação.

Outra situação em que meu leite empedrou, foi em uma viagem para Americana. Fomos de carro, eu atrás com o Arthur, brincando, ele já com 4 meses... Talvez pela posição no carro, meu seio esquerdo empedrou muito!!! Chegando lá fiz os procedimentos acima e nada... Parecia que o leite realmente havia virado um gel e não saia por nada desse mundo. Neste caso, mandei ducha quente, estimulando a produção, peguei com as duas mãos a mama, bem na base e chacoalhei, como quem quer soltar algo preso lá dentro (rs) massagem, ordenha. Depois amamentei. Doeu bastante e por semanas o bico ficou sensível.

Bico Rachado: Não há muito como preparar o bico. Existem pomadas que podem aliviar os sintomas, mas na hora que começar a amamentar, não tem jeito, vai ser uma fricção tão grande que vai lesionar um pouquinho, até calejar, no jargão materno. No hospital, a orientação é ordenhar um pouco antes e depois de amamentar, e hidratar a aureola com o leite. Além disso, nos primeiros dias, o ideal é deixar respirar, ou seja, nada de concha, protetor, soutien, nada! Caso o seio esteja muito grande, deixe aberto a parte de amamentar, e deixe seu bico respirar!! Eu usava umas fraldas de amamentação que ganhei de uma amiga, que tem uma alça para por em volta do pescoço e garantir um pouco de privacidade quando precisar amamentar em público. Enfim, deixava o peito livre e pra não ficar tão exposta, em casa lógico, só cobria com a fralda.

Por sorte, comigo tanto o bico rachado quanto o leite empedrado, duraram no máximo 5 dias.

Bico de Silicone: Tudo tem seu lado positivo mas também o negativo. Optei por livre demanda da amamentação e contato maior com meu filhote. Neste caso, mesmo o bico de silicone, impede o contato absoluto, por isso indico caso seja muito necessário usar o bico, tanto para formar quanto para aliviar os sintomas do bico rachado, deixe de usar o mais rápido possível. Mesmo o bico de silicone impede uma pega correta durante a amamentação.

Chupeta e Mamadeira: O Arthur é bem agitado e por muitas vezes quase dei chupeta. Porque optei por não dar chupeta?? A chupeta tem o efeito calmante e só, esse é seu benefício. Como um chicletes para alguém estressado, não alimenta mas distrai. E pesquisando na internet, não é difícil descobrir seus malefícios. Claro que nem todo mundo tem os problemas citados, mas não quis arriscar com meu filhote. Até porque ele é agitado e caso eu desse a chupeta e mesmo assim ele não se acalmasse para dormir a noite toda, eu teria criado mais um problema. E a mamadeira vai no mesmo sentido. Agora, na introdução de alimentos, Arthur ainda não se adaptou com as mamadeiras que ofereci, preferindo beber no copo... todo mocinho!

Quando se fala sobre as diferenças entre os músculos utilizados na amamentação e na mamadeira/chupeta, faça o teste: Chupe seu próprio punho, ali onde fica o visor do relógio e perceba os músculos utilizados no movimento. Depois chupe seu dedo, pode ser o tradicional polegar, mas o indicador também serve para perceber como se comporta quanto à chupeta.


 
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