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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Terrible Two - Crise dos 2 anos

Eu não gosto de rotular meu filho. Não que Arthur seja diferente dos outros, claro que para mim ele é especial, mas realmente não gosto de rótulos!


Você que é mulher, não odeia quando, por qualquer irritação, alguém já relaciona a TMP, mesmo quando você está longe de seu ciclo? Ou em qualquer dor de estômago, já vem alguém e comenta: Ah! Tá gravida! Arrr...... Por isso não gosto de rótulos com as crianças! qualquer coisa é o dente, é a fase, é dor, é etc.... e de alguma maneira deixamos de observar a criança e passamos a observar o problema, ou a crise, ou a situação.

De qualquer maneira, não há como ignorar que as crianças passam por fases de desenvolvimento e mudam seu comportamento. Isso tem acontecido de maneira muito radical aqui em casa. Meu doce e amável menino, em uma semana, se transformou em um birrento e gritão! Tudo pra já e agora! E com gritos, choros e ranger de dentes. Ah! Aqueles que gostam de rotular também podem achar que é o "inferno astral" pois tem ocorrido próximo ao seu 2° aniversário (brincadeirinha!)

Por volta dos dois anos, as crianças passam a se perceber como indivíduos, que tem vontades e podem tomar decisões. Que ótimo, é sinal de amadurecimento, mas como na adolescência (sim, isso vai acontecer novamente), o mais fácil é agredir aos que estão ao seu redor (pais, avós, cuidadores) para conseguirem o que querem. Querem fazer prevalecer sua própria vontade, e como não tem argumentos, pois são imaturos, partem pra força bruta. 

Por conta dessa imaturidade neurológica, enfrentam até uma guerra interior com seus próprios sentimentos, ou seja, nem sabem o que querem.

Aqui em casa, o destino foi generoso e uniu duas pessoas que não gostam de briga. Ao longo de 10 anos, eu e Elliot brigamos 4 vezes, e nos acertamos no mesmo dia. Nunca bati e não pretendo agredir fisicamente meu filho. Respeito a todos, mas não é esse o tipo de educação que pretendemos usar com Arthur pois não acreditamos nela. Somos do diálogo e do debate, da criação com apego. Tenho vontade de "sair na mão" com alguns conhecidos e desconhecidos por aborrecimentos e falta de respeito, na rua. Me controlo, pois senão seria taxada de louca! Certamente voltaria com belos hematomas, além de ser uma cena patética (rs), porque com aquele que eu mais amo, parte de mim, preciso usar de violência? Penso que a violência entra onde a razão sai.... ponto de vista!

Como temos lidado com essa fase?

Muita Conversa!
Muita Paciência!
Contar até Mil - Duas Vezes!
Quando possível, saio de cena, deixo-o sozinho por algum momento para que eu possa esfriar minha cabeça, afinal também fico irritada!
Aproveito a oportunidade e, assim que as coisas se acalmam, ensino o comportamento correto.

Claro que não está resolvendo em um primeiro momento. Arthur tem batido no pai (algumas vezes) e em mim (poucas vezes). Dias atrás chorou cerca de 40 minutos porque não queria escovar os dentes (tive que fazê-lo a força). Está urgente, meio mal humorado com as pessoas. Para terem noção, não quis nem abrir os presentes do aniversário!!! Fui abrindo aos poucos, ele se alegrava e brincava com cada um.

Digo muitas vezes que o amo. Abraço muito, mesmo quando ele esperneia parecendo um peixe fora d'agua. Não quer comer (olha a vantagem de ter uma dieta saudável, não quer comida? Come fruta, cenoura baby, frutas secas, biscoito de arroz, suco natural, nem ligo!) usa o peito de chupeta, se irrita... Fora de casa, brincando, ele tem se comportado melhor, gastado energia, e os confrontos tem diminuído. Entre todo esse episódio de 3° guerra mundial, claro que ele, do nada, me chama, diz que me ama, me abraça, me beija muito, faz palhaçada, e eu morro de amores...

Quanto a nós, cansados pais, nos restam os lamentos, e aguardar que a fase passe. Não há muito o que fazer. Eu consolo meu marido, ele me consola, nos poucos momentos que temos de sossego. Compartilho meus dramas com algumas amigas, que estão passando ou já passaram por essa situação, meu marido se lamenta com seus amigos, e assim a vida caminha, na certeza de que a maternidade é igual a um jogo de vídeo game, cada fase mais difícil, e com uma recompensa mais gostosa.





quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Birra, Choro, Fase Difícil, Terrible Two?

Arthur Arteiro é uma criança amável, curiosa, ativa, colaborativa. Se eu reclamar do meu menino até o presente momento, podem me julgar. Mas não é por isso que escapei de algumas crises de birra, tapas e dele se jogar no chão quando quer alguma coisa ou quando contrariado. 
imagem da internet

À luz do desenvolvimento infantil, e por sorte também tivemos isso na faculdade de educação física, em Aprendizagem e Desenvolvimento Motor, as crianças nessa idade estão em plena formação  física, neural, emocional e inclusive social. Ainda não compreendem o que é socialmente aceito (e isso varia tanto de lugar e família, não há padrão) com também não controlam aquela avalanche de sentimentos que lhes tomam o corpinho.

Dentes rasgando, querer alguma coisa e não ser compreendido pois não dominam a fala, não ter a "noção do perigo" ou das urgências dessa vida, são alguns dos motivos de tanto descontrole. Para nós, adultos, que temos que ter o trato social, respiramos fundo, engolimos os sapos da vida, muitos tomam calmantes ou fazem alguma atividade relaxante para aliviar o estresse diário, quando tantas vezes a vontade era de pular no pescoço do chefe, de bater o carro de propósito na porta do folgado que te fechou no trânsito, ou de jogar . A criança não tem disso. Quer e acabou! Naquele momento e daquele jeito, poxa! 

Tantas outras vezes somos muito mais exigentes com nossos filhos que com adultos "estranhos". Deles, exigimos que fiquem quietos, quando o ambiente não lhes agrada. Exigimos que aguardem algo que nada tem a ver com seu universo, queremos silencio enquanto sua curiosidade pede o barulho. Claro, como pais, ficamos entre as necessidades de nossos filhos e os olhares dos que nos cercam, mas de certo é que muitas vezes submetemos as crianças aquilo que ainda não é de sua compreensão.

A criança está em processo de experimentação. Quando bate, quer saber o que vai acontecer depois. Se receber um tapa de volta, avalia que aquele comportamento é adequado e que bater é correto. Se grita e recebe gritos de volta, também associa que gritos fazem parte do comportamento, afinal, nós somos seu ESPELHO, e crianças aprendem por experimentação e imitação de comportamento.

Não estou aqui para defender qualquer postura, pois cada família que siga sua cartilha. Quero apenas compartilhar uma reflexão, certa de que talvez daqui a uma semana eu possa mudar de atitude, e engolir mais um "sapo com farofa", como é bem comum na maternidade (eu era uma mãe perfeita até ganhar meu filho....)

Uma criança de 2 anos consegue sim discernir o que está errado, porém não tem a maturidade biológica, neural e emocional para tomar uma atitude socialmente aceitável. Deve ser orientado a isso. Está em processo de aprendizagem, como qualquer ser humano em todas as etapas de sua vida. Castigo, "Cadeira do Pensamento" qualquer tipo de agressão, não julgo serem educativas. São atitudes punitivas e se a criança dessa idade deixa de ter uma atitude é por medo e não por compreensão.

Então, quando a criança grita, contar até mil, respirar fundo, e tentar usar um tom de voz baixo e tranquilo, transmitindo para a criança paz e serenidade creio ser uma boa opção. Quando a criança bate e se rebate, claro que dizer um "NÃO" é apropriado, porém existem muitas tons na voz humana que nossas cordas vocais são capazes de produzir. Um abraço nunca está fora de cogitação, e repreender aquele tapa pedindo um carinho, poderá ser uma boa saída, substituindo um comportamento agressivo por outro passivo.

Outro ponto importante, crianças pequenas precisam de pequenos comandos, pois registram poucas coisas em sua rápida memória, claro que absorvem tudo o que ensinamos, o que está a sua volta e muito mais, mas tudo tem seu tempo e geralmente não é naquele momento do conflito. Explico melhor:

Ao dizer "Não bata no amiguinho" a palavra NÃO ficou muito longe na frase. Naquele momento ela registrará o "bata", que é o último comando, e o amiguinho pois é o outro sujeito envolvido na situação. Ao usar a palavra NÃO, o ideal é que esteja isolada e fique bem clara. Neste caso até para nós fica difícil dizer, então, dar outra opção seria uma melhor saída que usar uma infinidade de nãos.

Por fim, não custa reforçar, é uma fase! Já já passa, tudo uma questão de paciência. Mas tenha certeza que outras virão.... pergunte à sua mãe!




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Terrible Two - Crise dos 2 anos

Eu não gosto de rotular meu filho. Não que Arthur seja diferente dos outros, claro que para mim ele é especial, mas realmente não gosto de rótulos!


Você que é mulher, não odeia quando, por qualquer irritação, alguém já relaciona a TMP, mesmo quando você está longe de seu ciclo? Ou em qualquer dor de estômago, já vem alguém e comenta: Ah! Tá gravida! Arrr...... Por isso não gosto de rótulos com as crianças! qualquer coisa é o dente, é a fase, é dor, é etc.... e de alguma maneira deixamos de observar a criança e passamos a observar o problema, ou a crise, ou a situação.

De qualquer maneira, não há como ignorar que as crianças passam por fases de desenvolvimento e mudam seu comportamento. Isso tem acontecido de maneira muito radical aqui em casa. Meu doce e amável menino, em uma semana, se transformou em um birrento e gritão! Tudo pra já e agora! E com gritos, choros e ranger de dentes. Ah! Aqueles que gostam de rotular também podem achar que é o "inferno astral" pois tem ocorrido próximo ao seu 2° aniversário (brincadeirinha!)

Por volta dos dois anos, as crianças passam a se perceber como indivíduos, que tem vontades e podem tomar decisões. Que ótimo, é sinal de amadurecimento, mas como na adolescência (sim, isso vai acontecer novamente), o mais fácil é agredir aos que estão ao seu redor (pais, avós, cuidadores) para conseguirem o que querem. Querem fazer prevalecer sua própria vontade, e como não tem argumentos, pois são imaturos, partem pra força bruta. 

Por conta dessa imaturidade neurológica, enfrentam até uma guerra interior com seus próprios sentimentos, ou seja, nem sabem o que querem.

Aqui em casa, o destino foi generoso e uniu duas pessoas que não gostam de briga. Ao longo de 10 anos, eu e Elliot brigamos 4 vezes, e nos acertamos no mesmo dia. Nunca bati e não pretendo agredir fisicamente meu filho. Respeito a todos, mas não é esse o tipo de educação que pretendemos usar com Arthur pois não acreditamos nela. Somos do diálogo e do debate, da criação com apego. Tenho vontade de "sair na mão" com alguns conhecidos e desconhecidos por aborrecimentos e falta de respeito, na rua. Me controlo, pois senão seria taxada de louca! Certamente voltaria com belos hematomas, além de ser uma cena patética (rs), porque com aquele que eu mais amo, parte de mim, preciso usar de violência? Penso que a violência entra onde a razão sai.... ponto de vista!

Como temos lidado com essa fase?

Muita Conversa!
Muita Paciência!
Contar até Mil - Duas Vezes!
Quando possível, saio de cena, deixo-o sozinho por algum momento para que eu possa esfriar minha cabeça, afinal também fico irritada!
Aproveito a oportunidade e, assim que as coisas se acalmam, ensino o comportamento correto.

Claro que não está resolvendo em um primeiro momento. Arthur tem batido no pai (algumas vezes) e em mim (poucas vezes). Dias atrás chorou cerca de 40 minutos porque não queria escovar os dentes (tive que fazê-lo a força). Está urgente, meio mal humorado com as pessoas. Para terem noção, não quis nem abrir os presentes do aniversário!!! Fui abrindo aos poucos, ele se alegrava e brincava com cada um.

Digo muitas vezes que o amo. Abraço muito, mesmo quando ele esperneia parecendo um peixe fora d'agua. Não quer comer (olha a vantagem de ter uma dieta saudável, não quer comida? Come fruta, cenoura baby, frutas secas, biscoito de arroz, suco natural, nem ligo!) usa o peito de chupeta, se irrita... Fora de casa, brincando, ele tem se comportado melhor, gastado energia, e os confrontos tem diminuído. Entre todo esse episódio de 3° guerra mundial, claro que ele, do nada, me chama, diz que me ama, me abraça, me beija muito, faz palhaçada, e eu morro de amores...

Quanto a nós, cansados pais, nos restam os lamentos, e aguardar que a fase passe. Não há muito o que fazer. Eu consolo meu marido, ele me consola, nos poucos momentos que temos de sossego. Compartilho meus dramas com algumas amigas, que estão passando ou já passaram por essa situação, meu marido se lamenta com seus amigos, e assim a vida caminha, na certeza de que a maternidade é igual a um jogo de vídeo game, cada fase mais difícil, e com uma recompensa mais gostosa.





Birra, Choro, Fase Difícil, Terrible Two?

Arthur Arteiro é uma criança amável, curiosa, ativa, colaborativa. Se eu reclamar do meu menino até o presente momento, podem me julgar. Mas não é por isso que escapei de algumas crises de birra, tapas e dele se jogar no chão quando quer alguma coisa ou quando contrariado. 
imagem da internet

À luz do desenvolvimento infantil, e por sorte também tivemos isso na faculdade de educação física, em Aprendizagem e Desenvolvimento Motor, as crianças nessa idade estão em plena formação  física, neural, emocional e inclusive social. Ainda não compreendem o que é socialmente aceito (e isso varia tanto de lugar e família, não há padrão) com também não controlam aquela avalanche de sentimentos que lhes tomam o corpinho.

Dentes rasgando, querer alguma coisa e não ser compreendido pois não dominam a fala, não ter a "noção do perigo" ou das urgências dessa vida, são alguns dos motivos de tanto descontrole. Para nós, adultos, que temos que ter o trato social, respiramos fundo, engolimos os sapos da vida, muitos tomam calmantes ou fazem alguma atividade relaxante para aliviar o estresse diário, quando tantas vezes a vontade era de pular no pescoço do chefe, de bater o carro de propósito na porta do folgado que te fechou no trânsito, ou de jogar . A criança não tem disso. Quer e acabou! Naquele momento e daquele jeito, poxa! 

Tantas outras vezes somos muito mais exigentes com nossos filhos que com adultos "estranhos". Deles, exigimos que fiquem quietos, quando o ambiente não lhes agrada. Exigimos que aguardem algo que nada tem a ver com seu universo, queremos silencio enquanto sua curiosidade pede o barulho. Claro, como pais, ficamos entre as necessidades de nossos filhos e os olhares dos que nos cercam, mas de certo é que muitas vezes submetemos as crianças aquilo que ainda não é de sua compreensão.

A criança está em processo de experimentação. Quando bate, quer saber o que vai acontecer depois. Se receber um tapa de volta, avalia que aquele comportamento é adequado e que bater é correto. Se grita e recebe gritos de volta, também associa que gritos fazem parte do comportamento, afinal, nós somos seu ESPELHO, e crianças aprendem por experimentação e imitação de comportamento.

Não estou aqui para defender qualquer postura, pois cada família que siga sua cartilha. Quero apenas compartilhar uma reflexão, certa de que talvez daqui a uma semana eu possa mudar de atitude, e engolir mais um "sapo com farofa", como é bem comum na maternidade (eu era uma mãe perfeita até ganhar meu filho....)

Uma criança de 2 anos consegue sim discernir o que está errado, porém não tem a maturidade biológica, neural e emocional para tomar uma atitude socialmente aceitável. Deve ser orientado a isso. Está em processo de aprendizagem, como qualquer ser humano em todas as etapas de sua vida. Castigo, "Cadeira do Pensamento" qualquer tipo de agressão, não julgo serem educativas. São atitudes punitivas e se a criança dessa idade deixa de ter uma atitude é por medo e não por compreensão.

Então, quando a criança grita, contar até mil, respirar fundo, e tentar usar um tom de voz baixo e tranquilo, transmitindo para a criança paz e serenidade creio ser uma boa opção. Quando a criança bate e se rebate, claro que dizer um "NÃO" é apropriado, porém existem muitas tons na voz humana que nossas cordas vocais são capazes de produzir. Um abraço nunca está fora de cogitação, e repreender aquele tapa pedindo um carinho, poderá ser uma boa saída, substituindo um comportamento agressivo por outro passivo.

Outro ponto importante, crianças pequenas precisam de pequenos comandos, pois registram poucas coisas em sua rápida memória, claro que absorvem tudo o que ensinamos, o que está a sua volta e muito mais, mas tudo tem seu tempo e geralmente não é naquele momento do conflito. Explico melhor:

Ao dizer "Não bata no amiguinho" a palavra NÃO ficou muito longe na frase. Naquele momento ela registrará o "bata", que é o último comando, e o amiguinho pois é o outro sujeito envolvido na situação. Ao usar a palavra NÃO, o ideal é que esteja isolada e fique bem clara. Neste caso até para nós fica difícil dizer, então, dar outra opção seria uma melhor saída que usar uma infinidade de nãos.

Por fim, não custa reforçar, é uma fase! Já já passa, tudo uma questão de paciência. Mas tenha certeza que outras virão.... pergunte à sua mãe!




 
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