quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

39° semana - That's a Journey...

Quinta feira dia 03/01 foi o dia da consulta Pré Natal, no fim da tarde. Voltamos para casa, o Arthur ainda não estava encaixado, sua cabeça estava posicionada mas ainda "flutuando" conforme o termo médico.

Jantamos fora e comemos a sobremesa no shopping, deliciosos cupcakes da Original. Fizemos compras no sacolão e chegamos em casa cansados, quase 22h. Minha lombar reclamou de cansaço (depois percebi que não era bem isso), o Elliot fez massagem nos meus pés e trapézio e foi dormir, eu deitei pois o Arthur fazia seu ritual noturno de socos e pontapés pressionando minha região pélvica e me fazendo ir ao banheiro 72 vezes antes de conseguir dormir.

Por volta de 1:30h, já dia 04, voltei do banheiro, não tinha pregado o olho, e logo que deitei me senti molhada... mas eu não estava com incontinência... levantei com intenção de retornar ao banheiro mas o líquido branco, sem cheiro ou viscosidade, lentamente descia pelas pernas - a bolsa havia rompido!

Não senti euforia, medo ou ansiedade, pelo contrário, uma paz e serenidade tomou conta de mim. Acordei o Elliot "Acho que minha bolsa estourou". Ele confirmou.

De pronto nos trocamos, sem alarde. A Dani, ainda em casa passando férias, nem acreditou. A Mira pegou a guia e queria ir conosco. Fiquei sabendo depois que ela dormiu sob o berço.

Não sentia dor, apenas contrações frequentes e uma certa cólica. Chegamos ao hospital em 20 minutos, abençoados pelas férias escolares e pelo horário. Demos entrada pela emergência. A médica me examinou e constatou 1 1/2 de dilatação. Já fiquei internada, recebendo soro para hidratar a veia. 

A dilatação foi evoluindo bem, e eu não sentia dor. Sozinha ali no soro (o Elliot teve que aguardar na espera neste momento) mentalizei paz e serenidade para a hora do parto. Chegou o momento, conversava com o Arthur para sairmos juntos e da melhor maneira possível.

As contrações aumentaram um pouco de intensidade, assim como a dor. As 4:30h passou a ser ministrada Ocitocina, hormônio que secretamos durante o parto, com intensão de acelerar o processo. Foi imediato, a enfermeira demorou a acreditar que eu já me contorcia de dor, mesmo assim chamou a médica que constatou dilatação quase total. Meu planejamento de paz e serenidade findou-se neste horário, dando lugar a gemidos e gritos inexprimíveis. De pronto me colocaram na cadeira de rodas a caminho da sala de parto, eu só chamava pelo Elliot.

Foi um corre corre de médico e enfermeira, não havia tempo para mais nada ! Me colocaram na mesa cirúrgica, eu pedia pela anestesia, uma pressão tomou conta do meu ventre ao mesmo tempo em que o grito saia pela minha boca e ecoava na lua. O Elliot o tempo todo segurando minha mão esquerda. "Força, Força, seu bebê já coroou!"; "Ajuda papai, empurra a barriga dela!"

O Arthur chegou às 5:48h do dia 04/01/2013, exatamente 2 horas após o soro de hidratação (o horário estava marcado no acesso, 3:48h). Foi tudo muito rápido e intenso. A anestesia não veio. Senti todas as dores de um parto. Além da falta de tempo, minha pressão sanguinea é baixa, tornando tal procedimento arriscado, pois poderia me perder na hora mais importante.

Perguntei pelo meu filho, queria ouvir seu choro, enquanto o obstetra massageava a região do meu umbigo em movimento horário. Achei que agora iria expelir o manual do 1° proprietário. Que decepção quando descobri que era a placenta...rs.

Em poucos segundos ouvi meu filhote. Enquanto ele era examinado, higienizado e preparado, eu passei a tremer de frio tal como em desenhos animados, apesar de toda a coberta que as enfermeiras colocaram sobre mim. Pressão no pé.

Vi meu filho, enrolado como um charuto, todo roxinho e também congelando. Tremia tanto que não consegui segurá-lo. Foi para o colo do pai e depois para o berçário, onde seria aquecido.

A equipe se surpreendeu com a rapidez do parto. O Elliot desceu com nossas coisas para o quarto e eu fiquei ali sozinha, tremendo de frio, para receber os 1°s atendimentos. Demorou um pouco para que eu pudesse descer pois minha pressão estava muito baixa. Fiquei no soro. Eu me sentia bem e lúcida, era só o cuidado por toda a maratona que havia percorrido até ali. Queria ter aproveitado essa hora para dormir, afinal passei a noite em claro, mas a cabeça estava a mil, em um misto de euforia, medo e emoção.

E foi ali sozinha que derramei minhas primeiras lágrimas de mãe...
Em sentido horário: dentro da sala de parto
e o bonitão já sorrindo nas 1°s horas de vida no berçário


39° semana - That's a Journey...

Quinta feira dia 03/01 foi o dia da consulta Pré Natal, no fim da tarde. Voltamos para casa, o Arthur ainda não estava encaixado, sua cabeça estava posicionada mas ainda "flutuando" conforme o termo médico.

Jantamos fora e comemos a sobremesa no shopping, deliciosos cupcakes da Original. Fizemos compras no sacolão e chegamos em casa cansados, quase 22h. Minha lombar reclamou de cansaço (depois percebi que não era bem isso), o Elliot fez massagem nos meus pés e trapézio e foi dormir, eu deitei pois o Arthur fazia seu ritual noturno de socos e pontapés pressionando minha região pélvica e me fazendo ir ao banheiro 72 vezes antes de conseguir dormir.

Por volta de 1:30h, já dia 04, voltei do banheiro, não tinha pregado o olho, e logo que deitei me senti molhada... mas eu não estava com incontinência... levantei com intenção de retornar ao banheiro mas o líquido branco, sem cheiro ou viscosidade, lentamente descia pelas pernas - a bolsa havia rompido!

Não senti euforia, medo ou ansiedade, pelo contrário, uma paz e serenidade tomou conta de mim. Acordei o Elliot "Acho que minha bolsa estourou". Ele confirmou.

De pronto nos trocamos, sem alarde. A Dani, ainda em casa passando férias, nem acreditou. A Mira pegou a guia e queria ir conosco. Fiquei sabendo depois que ela dormiu sob o berço.

Não sentia dor, apenas contrações frequentes e uma certa cólica. Chegamos ao hospital em 20 minutos, abençoados pelas férias escolares e pelo horário. Demos entrada pela emergência. A médica me examinou e constatou 1 1/2 de dilatação. Já fiquei internada, recebendo soro para hidratar a veia. 

A dilatação foi evoluindo bem, e eu não sentia dor. Sozinha ali no soro (o Elliot teve que aguardar na espera neste momento) mentalizei paz e serenidade para a hora do parto. Chegou o momento, conversava com o Arthur para sairmos juntos e da melhor maneira possível.

As contrações aumentaram um pouco de intensidade, assim como a dor. As 4:30h passou a ser ministrada Ocitocina, hormônio que secretamos durante o parto, com intensão de acelerar o processo. Foi imediato, a enfermeira demorou a acreditar que eu já me contorcia de dor, mesmo assim chamou a médica que constatou dilatação quase total. Meu planejamento de paz e serenidade findou-se neste horário, dando lugar a gemidos e gritos inexprimíveis. De pronto me colocaram na cadeira de rodas a caminho da sala de parto, eu só chamava pelo Elliot.

Foi um corre corre de médico e enfermeira, não havia tempo para mais nada ! Me colocaram na mesa cirúrgica, eu pedia pela anestesia, uma pressão tomou conta do meu ventre ao mesmo tempo em que o grito saia pela minha boca e ecoava na lua. O Elliot o tempo todo segurando minha mão esquerda. "Força, Força, seu bebê já coroou!"; "Ajuda papai, empurra a barriga dela!"

O Arthur chegou às 5:48h do dia 04/01/2013, exatamente 2 horas após o soro de hidratação (o horário estava marcado no acesso, 3:48h). Foi tudo muito rápido e intenso. A anestesia não veio. Senti todas as dores de um parto. Além da falta de tempo, minha pressão sanguinea é baixa, tornando tal procedimento arriscado, pois poderia me perder na hora mais importante.

Perguntei pelo meu filho, queria ouvir seu choro, enquanto o obstetra massageava a região do meu umbigo em movimento horário. Achei que agora iria expelir o manual do 1° proprietário. Que decepção quando descobri que era a placenta...rs.

Em poucos segundos ouvi meu filhote. Enquanto ele era examinado, higienizado e preparado, eu passei a tremer de frio tal como em desenhos animados, apesar de toda a coberta que as enfermeiras colocaram sobre mim. Pressão no pé.

Vi meu filho, enrolado como um charuto, todo roxinho e também congelando. Tremia tanto que não consegui segurá-lo. Foi para o colo do pai e depois para o berçário, onde seria aquecido.

A equipe se surpreendeu com a rapidez do parto. O Elliot desceu com nossas coisas para o quarto e eu fiquei ali sozinha, tremendo de frio, para receber os 1°s atendimentos. Demorou um pouco para que eu pudesse descer pois minha pressão estava muito baixa. Fiquei no soro. Eu me sentia bem e lúcida, era só o cuidado por toda a maratona que havia percorrido até ali. Queria ter aproveitado essa hora para dormir, afinal passei a noite em claro, mas a cabeça estava a mil, em um misto de euforia, medo e emoção.

E foi ali sozinha que derramei minhas primeiras lágrimas de mãe...
Em sentido horário: dentro da sala de parto
e o bonitão já sorrindo nas 1°s horas de vida no berçário


 
Real Time Web Analytics