Há um mês sem escrever....
O tempo tem passado muito rápido e tanta coisa tem acontecido. Neste mês de abril ficamos todos doentes. O Elliot foi o primeiro, uma semana com gripe de derrubar, mal teve coragem de pegar o Arthur, com medo de contaminar o menino. Semana seguinte foi minha vez, há muito tempo não tinha febre tão alta, e ainda por cima tendo que cuidar do pequeno durante o dia em que o Elliot trabalhou... foi duro, eu estive precisando de cuidados de tão fraca. Acho que mães deveriam ser imunes a doenças.... Foram 15 dias em que o Arthur ficou exposto ao virus da gripe e fiquei com medo de contaminá-lo, por sorte não. Teve um resfriado que acredito ter sido causado por conta do clima seco, em especial à queimada em Americana, quando fomos passar o final de semana na casa da vovó. Nariz entupido e tosse - tadinho! Mas não passou disso! Hidratamos com inalação e soro no nariz.
Depois disso, a impressão é que regredimos, o Arthur já não dorme como vinha dormindo. Geralmente umas 4 a 5 horas direto, acordava para mamar e dormia novamente, tudo bem que daí em diante o sono super leve, me levou a dormir no sofá com ele, sei que não é certo, mas ao menos sobrevivo, penso que um dia irei colocá-lo na cama e ele irá dormir 8, 10 horas direto. Mas recentemente voltamos ao pesadelo de fevereiro, acordando de 2 em 2 horas, às vezes menos. Sem contar durante o dia, que passa por cochilos de cerca de 30 minutos. Ficamos os dois um caco, pois o ideal é que os bebês durmam para que crescerem e também ficarem mais dispostos nos momentos em que estão acordados.
Ao que parece é mais uma daquelas
crises de desenvolvimento, mas dessa vez me sinto melhor preparada, sem aquele sentimento de culpa que senti da outra vez, como se estivesse fazendo algo errado que provocasse essa mudança no sono do meu bebê. Claro que também fico irritada, e se não fosse o Elliot, eu não me suportaria, privação de sono realmente não é comigo. E como o Arthurzinho não é daqueles bebês de comercial, não dorme nem durante o dia para que a mamãe possa dar uma descansada, ou levá-lo no carrinho para treinar na academia. Preciso mesmo da ajuda do papai, senão não consigo sequer tomar um banho. Durante o dia só dorme no colo mesmo, e bem pouquinho, deito com ele sobre mim no sofá e ali cochilamos.
Fora esses 15 dias de gripe total em casa, fui à academia. Iniciei uma nova periodização do treino, focada em perder gordura. Não consegui entrar em dieta, até porque muitas vezes como o que dá, e outras tantas como gostosuras para reconfortar minha "alma", como disse uma amiga, o chocolate não te faz perguntas.... Já cheguei ao meu peso de antes da gravidez, mas não estou conformada, pois ainda tem coisa balançando que não balançava antes, mas por outro lado, percebo algumas partes que melhoraram por incrível que pareça! Não estou obcecada pela balança, mas me agrada. O espelho também não está de todo mal. Sei que assim que tiver mais tempo e deixar de amamentar, terei coragem de voltar a perseguir o corpo que sempre sonhei.
Neste 3 mês do Arthur tenho aproveitado melhor, não me sinto mais brincando de boneco, uma vez que ele tem interagido bastante, falado pelos cotovelos, e se desenvolvendo demais. Brinca no tapete de atividades, sentadinho no sofá, ou no bebê conforto que deixo com brinquedos, até mesmo no berço, com o móbile, consigo lavar uma louça, passar um pano na casa, por vezes até almoçar mais tranquila. Enfim, a maratona que esperava está acontecendo e posso não ser uma queniana no quesito maternidade, mas também não estou no pelotão final. Tenho percorrido minha prova com mais segurança, cadenciando a passada.
A vida tão corrida, sinto saudade de ficar tranquila, sem ter hora para acordar, de poder assistir um bom filme, ler um bom livro, tomar um vinho e ficar com meu maridão, sem revesamento.... Não estou reclamando, em breve estaremos fazendo tudo isso novamente, em 3 pois a família aumentou, mas agora a demanda está grande.
Fora isso, a mamãe coruja aqui não pode deixar de registrar que o Arthur está cada dia mais lindo, com um sorriso banguela maravilhoso, falando pelos cotovelos e nos deixando emocionados a cada momento. É uma maratona mesmo, cansa, mas o prazer de ter esse bebê conosco é impagável.