De um ano pra cá quanta coisa mudou. Fiz o teste de farmácia dia 18 de maio de 2012 e descobri que estava grávida. Na semana que antecedeu o teste, estava super desanimada, me sentindo meio depre... lembro que fiz um treino de perna pra exorcizar toda a preguiça que achava que havia tomado conta de mim, coloquei peso que nunca havia colocado antes, até porque, aquela altura estava em meu melhor corpo, mesmo sem ainda estar satisfeita, a barriga sequinha, quase aparecendo os sonhados gominhos, me agradava bastante, pernas quase riscando...
Constatada a gravidez, apesar da mudança hormonal inicial que me deixou bem mal humorada, mantive o treino até metade do 7 mes, quando a pubalgia me afastou da academia, não exagerei com a comida, apesar de deixar de fazer dieta e tomar suplementos (fiquei bastante enjoada com alguns alimentos). Simplesmente passei a me alimentar de forma balanceada, sem exageros, mas me permitia alguns agrados, coisa que habitualmente não faço. Engordei 13 kg. Por vaidade gostaria de ter engordado um pouquinho menos, mas meu corpo acumulou essa gordura, porque eu realmente não exagerei, também não fiquei inchada, e até me senti bem bonita.
Por conta do razoável ganho de peso e do meu histórico de treino, em 4 meses voltei ao peso inicial e também as minhas roupas. Quando o Arthur tinha 18 dias retomei alguns exercícios, principalmente por questão postural, mas nem de longe me alimentei como gostaria, cansaço, privação de sono e o bebê me solicitando 24 horas por dia, muitas vezes me entreguei as delicias, como pizza, esfiha, pastel, massas, bolos e doces, encontrando ali também algum conforto, como qualquer mortal. Caso tivesse mantido uma dieta limpa, talvez meu peso estivesse ainda menor hoje, pois a amamentação solicita uma grande quantidade de calorias, principalmente vindo da reserva de gordura da mamãe.
Desde semana passada, eu e o Elliot estamos nos alimentando com mais qualidade. Isso já ocorre naturalmente, pois os alimentos que gostamos já nos proporcionam tal qualidade, mas agora com atenção para eliminar as tais gordices, ou melhor, limitar.
Assim que ganhei o Arthur tirei fotos, e pretendia que assim o fosse ao menos a cada 15 dias, mas com toda correria, simplesmente o tempo passou e não tirei as fotos. Esses dias, tomando banho na academia, percebi que meu corpo até engana, se precisasse iria a praia sem passar vergonha. Tá certo que apresento certa flacidez, e sei que o % de gordura está mais alto que há 1 ano atras, nem sempre a balança é a melhor referência, mas o que vejo já me agrada.
Tenho ido de 4 a 6 vezes por semana a academia, fico 1 hora, até porque é um momento que tiro pra mim, uma higiene mental necessária para aguentar o pique do Arthur, que ainda não dorme a noite toda e me solicita bastante para mamar. Quase sempre estou com uma sensação de ressaca por conta das noites mal dormidas. Por vezes vamos os 3, eu e o Elliot nos revezamos a olhar o pequeno, que já está se acostumando com o ambiente. Treino intenso o quanto posso, mas com a preocupação de não ser tão forte a ponto de comprometer a amamentação com a liberação de acido lático no leite.
Mês que vem faço 36 anos. Me dei 1 ano para retornar ao corpo que estava antes da gravidez, digo com relação a % de gordura e flacidez, quem sabe consiga aproveitar essa máquina de queimar calorias chamada amamentação para dar um up na perda de gordura. Cada mamãe sabe de si, da demanda de sua casa, sua rotina e seu cansaço, mas estou feliz de ser prova para mim mesma que gravidez não significa necessariamente engorda definitiva, não preciso relaxar, posso sim voltar a ter um corpo bonito de se ver. Afinal, qual mulher não gosta de se ver bonita, elegante em suas roupas, confortável em qualquer situação.