Pode até parecer ostentação, que é a palavra do momento, mas fico orgulhosa quando consigo influenciar pessoas, especialmente por minhas atitudes que, mais que minhas palavras, condizem com meu estilo de vida.
Tenho alunos na escola que levam as informações das aulas e praticam atividades com seus familiares. Tenho alunos que se formaram no ensino médio e foram cursar educação física na faculdade. Soube de desconhecidos que me viram correndo grávida, e perceberam que atividade física é para todos, pois mantive minha rotina até o 7° mês, e depois, devido a pubalgia, fiz hidroginástica e exercícios em casa. Fui recentemente abordada na rua por duas amigas que se comprometeram a praticar atividade física pois me viam correndo, empurrando o carrinho com Arthur ali sentado, e tantas outras vezes minha família corria completa: Elliot, Arthur, Mira e eu.
Agora, de que adianta tudo isso se dentro de minha própria casa não obtiver sucesso?? Com minha mãe tenho aquela pontinha de frustração, pois desde que iniciei a faculdade a incentivo a fazer atividade, como um remédio, mas antes da doença. Ela, como tantas outras pessoas, arrumam desculpas infinitas, inicia e interrompe. Uma pena! Mas com Arthur, sinto que o exemplo dentro de casa já faz toda a diferença!!
Há pouco tempo a Revista Crescer publicou uma matéria onde consta um estudo da CELAFISCS que comprovou que o rendimento físico das crianças de hoje está menor que as crianças de 10 anos atrás, e ainda outro estudo da Universidade do Sul da Austrália, em Adelaide, comprovou que as crianças estão 15% menos dispostas que a geração de seus pais. (leia a matéria da Revista Crescer). o que é muito triste, uma vez que as crianças estão em pleno vapor em questão de atividade física e desenvolvimento motor. Certamente essa geração terá surpresas desagradáveis cada vez mais cedo como diabetes, triglicérides, colesterol alto, hipertensão, e outras doenças ligadas ao sedentarismo.
Arthur tem em casa uma rotina de atividade física e alimentação saudável. Não impomos isso a ele, simplesmente vivemos assim. Ontem, 16/03/2014, na casa da vovó Cida, em Americana, saímos para jantar. O forte calor e um luar maravilhoso convidava a caminhada. Fomos então a pé, cerca de 1km de distância. Arthur recusou o colo, estávamos papai, vovó, vovô, biza e eu. Foi caminhando a passos rápidos para seu tamanho e idade, 1 ano e 2 meses. Detalhe: Em SUBIDA!!!
Isso muito nos alegrou e surpreendeu a todos. Quanta disposição, o que para ele foi uma brincadeira e um momento gostoso em família. Na volta queria novamente a pé, mas aceitou o colinho do papai, afinal já passava das 22h, e com isso o cansaço do dia todo de brincadeiras.
Deixo registrado aqui meu orgulho sim, de saber que meu filhote terá oportunidade de não ser sedentário por nosso exemplo e convido a você leitor que desde pequeno incentive seu filho a praticar atividade física, brincar, gastar energia. Na rua, no parque, na praça. Ao ar livre, não em shoppings, dentro de casa ou com os aplicativos do tablet, mas em sua companhia, se exercitando e descobrindo o quanto atividade física faz bem.