quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Educação Financeira para Crianças

Ao aproximar-se do final do ano, festas, presentes e comemorações, a outra parte do 13°. Um alívio para o orçamento, gastar um pouco a mais, caprichar nos presentes e nas ceias de Natal e Reveillon. Uma boa viagem de férias, tantos planos.... mas a grana parece encurtar. Salvo a inflação, que abocanha boa parte de nosso rico dinheirinho. para tantos brasileiros, esse benefício já está comprometido. 
Educação Financeira para Crianças (imagem internet)

Em pesquisa recente, entre os brasileiros:

25,9% dos entrevistados disseram que não estão conseguindo pagar todas as contas. Em agosto de 2013, o índice era de 21,9%. Tem mais gente que não está conseguindo pagar.
- Por outro lado, diminuiu o número dos brasileiros que fazem a maior ginástica para manter as contas em dia. Neste ano, 44% estão se virando e dando conta. No ano passado, eram 49,3%.
- Já o número de pessoas que conseguem terminar o mês com as contas pagas e ainda com algum dinheiro sobrando, aumentou um pouco. Agora são 29,5%, contra 27,5%. (fonte: G1.globo.com/jornal-hoje).
Esse post estava programado há cerca de um mês... Em casa somos da 3° opção e gostamos disso. Aos poucos vamos introduzindo o conceito com Arthur, pois é de pequenino que se aprende, pelo exemplo e com treinamento. Erros, acertos, novas descobertas, fazem parte do mundo financeiro.

Controlar as finanças nos dá liberdade para tudo. Tem gente que não gosta de controlar os gastos, de anotar ou planilhar. Sem dúvida, o dinheiro não sobra, e se sobra, pode estar certo que poderia sobrar muito mais.

Falar abertamente sobre finanças com crianças poderá permitir um mundo de possibilidades, uma vez que com anos de treinamento, mais que nossa geração que aprendeu às duras penas, nossas crianças terão oportunidade de lidar muito bem com o dinheiro e serem melhores que nós (sonho de todo pai, não?).

Na teoria, lidar com o dinheiro é muito fácil. Se tem, pode gastar, se não tem, não gaste. E é essa a primeira lição. Portanto, se deseja que seu filho seja bem sucedido, coloque suas finanças em dia, e seja um exemplo, afinal, você é o maior modelo.

Não tente compensar ausências com presentes comprados. A ausência se compensa com a presença, física. Brincar com a criança, mesmo que seja rapidinho, é melhor que qualquer brinquedo. Ser humano precisa de contato, olho no olho, pele com pele. Desligue-se do mundo e concentre-se na criança. Mostre o quanto ela é importante para você mesmo, quando você precisa passar o dia todo fora, trabalhando estudando, mesmo viajando. Não compre, ou se comprar, não valorize o objeto. Valorize o tempo juntos. O brinquedo quebra, perde a graça, é doado. A relação interpessoal não!

Desde a mais tenra idade, brincadeiras como blocos de montar, já dão a noção de volume: Quanto mais blocos, maior a torre. Pode não parecer, mas isso já é um conceito financeiro. Todos os blocos para a criança formar uma grande torre ou construção. Dividir os blocos porque é importante que todos tenham suas torres (esse é do bebê, esse é da mamãe/papai). Viu só, em uma única brincadeira, além do momento juntos, a noção de "juntar" para formar algo maior e de dividir.

Por volta dos 2 anos, ao acompanhar os pais no mercado, evitar de abrir as embalagens também é um educativo financeiro: "Precisa pagar primeiro". Todos temos que esperar para obter aquilo que desejamos, mesmo que seja um biscoito. Claro, não vai levar a criança ao mercado no horário de pico, ou ela estando com fome para utilizar essa metodologia. A criança não terá maturidade para esperar, vai chorar, e a pedagogia toda vai por água abaixo.

Aos 3, aproximadamente, a criança já pode fazer sua listinha de compras, em casa, negociando com a família os itens fundamentais, os importantes e os supérfluos. Tudo tem seu espaço em um bom orçamento e deve ser compartilhado desde cedo com os pequenos. Nessa fase também tem as brincadeiras de caixa, de mercadinho e alguns jogos educativos.

A partir dos 4, muitos já podem lidar com o dinheiro propriamente dito. Pequenas "semanadas" já podem ser contabilizadas, uma vez que lidar com a mesada, oferece apenas 1 vez ao mês essa noção financeira, e a semanada são 4 lições mensais. Crianças não tem uma noção tão grande de tempo e tem pequenas ambições com a mesada. Já podem ter a brincadeira do cofrinho, com um objetivo maior. Os pais podem negociar caso o presente seja de grande valor: Junte X% e papai completa o restante, pode funcionar, sendo também um excelente educativo para investimento. Os jogos educativos ainda são de grande valia, uma vez que crianças nessa idade já tem boa noção de números, hoje em dia.

Tenho uma conhecida que dá a semanada conforme a idade do filho: 8 anos = R$ 8,00 semana. Pode ser interessante para a demanda conforme a idade. 

Ao falar com frequência sobre dinheiro, os pais perceberão quando essa mesada poderá virar quinzenada, pois se aproxima mais da realidade: se não economizar, o dinheiro acaba primeiro que o mês.

Não se incomode se em um primeiro momento a criança fizer escolhas "ruins" veja, ela está em aprendizado. Você e eu fazemos bobagens ainda, não queira que ela acerte logo de cara. Aproveite a escorregada para corrigir.

Oriente-a a anotar os objetivos e os gastos. Fazendo disso uma prática, não terá dificuldade na vida adulta. 

Lembre-se, os gastos pequenos são os que geralmente afundam o orçamento: "São só R$5" de 5 em 5 você não sabe pra onde foi o dinheiro.

Acima de tudo, e me perdoem ser repetitiva: Seja você o exemplo para sua criança. Se suas finanças andam desarrumadas, qualquer dia é dia para dar o primeiro passo. Aqui mesmo no blog já escrevi algumas vezes sobre esse assunto, não sou economista por formação, mas lidar com o próprio dinheiro é dever de cada um.




Educação Financeira para Crianças

Ao aproximar-se do final do ano, festas, presentes e comemorações, a outra parte do 13°. Um alívio para o orçamento, gastar um pouco a mais, caprichar nos presentes e nas ceias de Natal e Reveillon. Uma boa viagem de férias, tantos planos.... mas a grana parece encurtar. Salvo a inflação, que abocanha boa parte de nosso rico dinheirinho. para tantos brasileiros, esse benefício já está comprometido. 
Educação Financeira para Crianças (imagem internet)

Em pesquisa recente, entre os brasileiros:

25,9% dos entrevistados disseram que não estão conseguindo pagar todas as contas. Em agosto de 2013, o índice era de 21,9%. Tem mais gente que não está conseguindo pagar.
- Por outro lado, diminuiu o número dos brasileiros que fazem a maior ginástica para manter as contas em dia. Neste ano, 44% estão se virando e dando conta. No ano passado, eram 49,3%.
- Já o número de pessoas que conseguem terminar o mês com as contas pagas e ainda com algum dinheiro sobrando, aumentou um pouco. Agora são 29,5%, contra 27,5%. (fonte: G1.globo.com/jornal-hoje).
Esse post estava programado há cerca de um mês... Em casa somos da 3° opção e gostamos disso. Aos poucos vamos introduzindo o conceito com Arthur, pois é de pequenino que se aprende, pelo exemplo e com treinamento. Erros, acertos, novas descobertas, fazem parte do mundo financeiro.

Controlar as finanças nos dá liberdade para tudo. Tem gente que não gosta de controlar os gastos, de anotar ou planilhar. Sem dúvida, o dinheiro não sobra, e se sobra, pode estar certo que poderia sobrar muito mais.

Falar abertamente sobre finanças com crianças poderá permitir um mundo de possibilidades, uma vez que com anos de treinamento, mais que nossa geração que aprendeu às duras penas, nossas crianças terão oportunidade de lidar muito bem com o dinheiro e serem melhores que nós (sonho de todo pai, não?).

Na teoria, lidar com o dinheiro é muito fácil. Se tem, pode gastar, se não tem, não gaste. E é essa a primeira lição. Portanto, se deseja que seu filho seja bem sucedido, coloque suas finanças em dia, e seja um exemplo, afinal, você é o maior modelo.

Não tente compensar ausências com presentes comprados. A ausência se compensa com a presença, física. Brincar com a criança, mesmo que seja rapidinho, é melhor que qualquer brinquedo. Ser humano precisa de contato, olho no olho, pele com pele. Desligue-se do mundo e concentre-se na criança. Mostre o quanto ela é importante para você mesmo, quando você precisa passar o dia todo fora, trabalhando estudando, mesmo viajando. Não compre, ou se comprar, não valorize o objeto. Valorize o tempo juntos. O brinquedo quebra, perde a graça, é doado. A relação interpessoal não!

Desde a mais tenra idade, brincadeiras como blocos de montar, já dão a noção de volume: Quanto mais blocos, maior a torre. Pode não parecer, mas isso já é um conceito financeiro. Todos os blocos para a criança formar uma grande torre ou construção. Dividir os blocos porque é importante que todos tenham suas torres (esse é do bebê, esse é da mamãe/papai). Viu só, em uma única brincadeira, além do momento juntos, a noção de "juntar" para formar algo maior e de dividir.

Por volta dos 2 anos, ao acompanhar os pais no mercado, evitar de abrir as embalagens também é um educativo financeiro: "Precisa pagar primeiro". Todos temos que esperar para obter aquilo que desejamos, mesmo que seja um biscoito. Claro, não vai levar a criança ao mercado no horário de pico, ou ela estando com fome para utilizar essa metodologia. A criança não terá maturidade para esperar, vai chorar, e a pedagogia toda vai por água abaixo.

Aos 3, aproximadamente, a criança já pode fazer sua listinha de compras, em casa, negociando com a família os itens fundamentais, os importantes e os supérfluos. Tudo tem seu espaço em um bom orçamento e deve ser compartilhado desde cedo com os pequenos. Nessa fase também tem as brincadeiras de caixa, de mercadinho e alguns jogos educativos.

A partir dos 4, muitos já podem lidar com o dinheiro propriamente dito. Pequenas "semanadas" já podem ser contabilizadas, uma vez que lidar com a mesada, oferece apenas 1 vez ao mês essa noção financeira, e a semanada são 4 lições mensais. Crianças não tem uma noção tão grande de tempo e tem pequenas ambições com a mesada. Já podem ter a brincadeira do cofrinho, com um objetivo maior. Os pais podem negociar caso o presente seja de grande valor: Junte X% e papai completa o restante, pode funcionar, sendo também um excelente educativo para investimento. Os jogos educativos ainda são de grande valia, uma vez que crianças nessa idade já tem boa noção de números, hoje em dia.

Tenho uma conhecida que dá a semanada conforme a idade do filho: 8 anos = R$ 8,00 semana. Pode ser interessante para a demanda conforme a idade. 

Ao falar com frequência sobre dinheiro, os pais perceberão quando essa mesada poderá virar quinzenada, pois se aproxima mais da realidade: se não economizar, o dinheiro acaba primeiro que o mês.

Não se incomode se em um primeiro momento a criança fizer escolhas "ruins" veja, ela está em aprendizado. Você e eu fazemos bobagens ainda, não queira que ela acerte logo de cara. Aproveite a escorregada para corrigir.

Oriente-a a anotar os objetivos e os gastos. Fazendo disso uma prática, não terá dificuldade na vida adulta. 

Lembre-se, os gastos pequenos são os que geralmente afundam o orçamento: "São só R$5" de 5 em 5 você não sabe pra onde foi o dinheiro.

Acima de tudo, e me perdoem ser repetitiva: Seja você o exemplo para sua criança. Se suas finanças andam desarrumadas, qualquer dia é dia para dar o primeiro passo. Aqui mesmo no blog já escrevi algumas vezes sobre esse assunto, não sou economista por formação, mas lidar com o próprio dinheiro é dever de cada um.




 
Real Time Web Analytics