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Antigamente, lá nos idos de 77, como diria Elliot, muitas mamães não trabalhavam, ou aquelas que trabalhavam, deixavam o trabalho de lado para cuidar da casa e da cria. Naquele tempo, o divertimento era rádio ou tv. Visitar os parentes e amigos aos finais de semana. O pai, saia do trabalho, não pegava trânsito. Alguns paravam no boteco para botar o papo de macho em dia, chegavam em casa encontravam a janta pronta, casa cuidada, crianças arrumadas. Junta, a família tinha ali seus momentos a compartilhar: Como foi o trabalho, como estão na escola, o preço das coisas no mercado.
2013, a mulher conquistou mais que justo sua independência e sua "igualdade" no mercado de trabalho. Digo isso porque, sim, a mulher foi pro mercado de trabalho, mas as demandas da casa e da família parecem ainda ser de sua responsabilidade. Daí muitas vezes a culpa de preferir, por vontade ou necessidade, as demandas profissionais, deixando as do lar a cargo de outros.
Além disso tudo, a tecnologia chegou para agilizar as coisas. A máquina lava a roupa, só colocar tudo lá dentro e "play", por outro lado, a mesma tecnologia superlotou o tempo ocioso que antes era do tanque, mas que agora é da atualizar de como anda esse mundo globalizado, cambio, política, das redes sociais, aprender ou praticar uma língua estrangeira, ler um bom livro, o jornal e a revista. Visitar a família, rever os amigos, ir a academia, se antenar nos novos filmes, assistir ao seriado. Lavar a roupa, passar, levar o cão pra passear. Manter a pia em dia, fazer a compra da semana, dar um tapa na sujeira da casa. Namorar o marido, cuidar do filhote. Ah!! Isso tudo após o trabalho. E não pode esquecer de ter a pele limpa, bem maquiada, unhas feitas, depilação em dia, hidratar a pele e os cabelos, tentar relaxar um pouco.
Caramba! Parece que essa vida moderna tem sido um tanto injusta com a mulher. Aqui em casa não tenho ajuda do Elliot. Temos uma gestão compartilhada do lar, afinal, eu faço umas coisas, ele outras, unindo o que cada um tem de melhor para fazer nossa casa funcionar. Mas tem coisas que é só da mulher mesmo.
Por essas e outras, quando vem uma dúvida de como nossos pais faziam para dar conta de tudo enquanto eu fico aqui, perdida em mim mesmo, me esforço para respirar fundo e puxar na memória o quanto essa vida moderna aumentou nossas obrigações, conosco mesmo e com a sociedade em que vivemos.
Se isso é evolução, então evoluimos.